“Porém Moisés suplicou ao Senhor, seu Deus, e disse: Por que se acende, Senhor, a tua ira contra o teu povo, que tiraste da terra do Egito com grande fortaleza e poderosa mão? Por que hão de dizer os egípcios: Com maus intentos os tirou, para matá-los nos montes e para consumi-los da face da terra? Torna-te do furor da tua ira e arrepende-te deste mal contra o teu povo. Lembra-te de Abraão, de Isaque e de Israel, teus servos, aos quais por ti mesmo tens jurado e lhes disseste: Multiplicarei a vossa descendência, como as estrelas do céu, e de toda esta terra de que tenho falado, dá-la-ei à vossa descendência, para que a possuam por herança eternamente. Então, se arrependeu o Senhor do mal que dissera havia de fazer ao povo”. (Êx 32:11-14)
Que texto sagrado
extraordinário! É como se o Deus Altíssimo, tirasse o Seu Manto de Glória, para
humanizar-se e se colocasse em pé de igualdade com Moisés e, podemos imaginar
esse diálogo: Deus: Moisés, não agüento mais esse povo! Vou acabar com
eles! Já lhe disse que prefiro fazer de você
uma grande nação! Moisés, respondendo:
De jeito nenhum! Onde já se viu isso? Já pensou no que os egípcios vão
comentar? Eles vão rir da nossa cara! Vão dizer que o Senhor tirou os
israelitas do Egito para destruí-los no deserto! E a promessa que o Senhor fez
a Abraão, Isaque e Israel (Jacó)? O Senhor nos prometeu uma terra que mana
leite e mel e é para lá que estamos indo! O Senhor disse também, que a nossa
descendência será como as estrelas do céu e que essa herança será perpétua, e
eu creio na Tua Palavra!
Pasmem! Não é que o Deus
Altíssimo ouviu e atendeu a intercessão do seu servo Moisés? Ah! Essa lição nós
precisamos aprender! Deus ouve a oração, súplica e intercessão de seus servos!
A oração move o coração do Senhor! Quantas vezes nos afligimos por acharmos que
não há mais jeito! Que tudo está perdido! Que não adianta insistir! Que Deus
não se comove com as nossas lágrimas! E, no entanto, Ele, o Senhor, está
ansioso para falar conosco, nos ouvir, Ele quer, até mesmo, discutir conosco,
saber o que sentimos, o que queremos e até que ponto amamos nosso semelhante!
E esta atitude do Senhor não
diminui em nada a Sua Soberania, a Sua Justiça, a Sua Santidade, os Seus
propósitos, a Sua Plenitude! Apenas, confirma o quanto Ele valoriza a nossa
participação, o nosso amor pelo próximo, a nossa dedicação e fidelidade por
fazermos parte de Sua grande Obra! Aliás, a humanidade de Cristo, prova o
quanto o Deus Altíssimo não abre mão de nós!
Isso significa que o Senhor
fechou os olhos para idolatria dos israelitas? Não, de jeito nenhum! Houve
conseqüências, punição e a sentença de que aquela geração não entraria na terra
prometida! Ficaram por quarenta anos no deserto, até que a nova geração,
comandada por Josué, conquistasse Canaã!
Aprendemos também que, assim
como Moisés foi o intercessor por excelência junto a Deus, em súplica pelo povo
israelita, assim também, Cristo se coloca, hoje, como nosso intercessor junto a
Deus Pai. “Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu, ou, antes, quem
ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós”. (Rm
8:34) Mais do que intercessor, Ele, Cristo, se apresenta como nosso Advogado!
“Filhinhos meus, estas cousas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia,
alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; e ele é a
propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda
pelos do mundo inteiro”. (I Jo 2:1-2)
E se alguém perguntar: E os
nossos pecados? Cristo mostrará Suas Mãos marcadas na Cruz: Eu os paguei!
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