“Então Nabucodonosor disse: Bendito seja o Deus
de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que enviou o seu anjo, e livrou os seus
servos, que confiaram nele, pois não quiseram cumprir a palavra do rei,
preferindo entregar os seus corpos, a servirem e adorarem a qualquer outro
deus, senão ao seu Deus. Por mim, pois, é feito um decreto, pelo qual todo
povo, nação e língua que disser blasfêmia contra o Deus de Sadraque, Mesaque e
Abede-Nego, seja despedaçado e as suas casas sejam feitas em monturo, pois não
há outro Deus que possa livrar como este.” (Dn 3:28-29)
Pelo texto acima, percebe-se que o rei
Nabucodonosor passou por uma transformação após a cena da fornalha ardente. Era
como se ele dissesse: - Eu vi com os meus próprios olhos a ação do Deus
Altíssimo livrando os seus servos da fornalha! Aliás, - Ele entrou na fornalha
também! Eu vi! Se eu juntasse todos os meus “deuses” num pacote só, eles nunca
fariam tal livramento! Aliás, já não tenho mais certeza se os meus “deuses”
seriam capazes de fazer alguma coisa!
Diante do decreto que Nabucodonosor fez, é
possível que alguém diga: - Um rei pagão se torna cristão! É um pouco
diferente, porque esse rei não vivenciou a era do cristianismo. Contudo,
Nabucodonosor teve grandes experiências com o Deus Altíssimo e, através de
Daniel, o profeta, ele teve o conhecimento de que Cristo viria a este mundo, e
pode identificar até o período em que esse acontecimento se concretizaria!
Isso, no entanto, não era garantia de que o rei
Nabucodonosor tivesse abandonado a prática da idolatria, ou mesmo, tivesse um
coração mais humilde, sem orgulho e prepotência. Constata-se que os imperadores
tinham a mania de determinar o que eles consideravam que era bom para eles,
teria que ser bom para os outros também, ainda que por força de decreto! Quando
Nabucodonosor fez aquela imagem de ouro, exigiu que todos os habitantes de seu
reino adorassem aquele ídolo!
Agora, convencido que estava de que havia
perdido tempo com seus ídolos, passou um novo decreto: O Deus de Sadraque,
Mesaque e Abede-Nego é o Deus verdadeiro e assim sendo, de hoje em diante,
decido por mim e pelo meu povo, que ninguém blasfeme contra esse Deus! Até aí,
muito bem! Nada a censurar! Mas, por que mandar despedaçar e transformar em
monturo as casas de quem não respeitasse o decreto? Nabucodonosor precisaria
mesmo conhecer as bases do cristianismo para poder entender que a violência não
faz parte delas!
Assim, a lição que aprendemos desse episódio
apresenta dois aspectos: O primeiro diz respeito à postura daqueles três jovens
príncipes de Judá, diante de um monarca pagão. Afinal, quando aqueles três
servos do Senhor foram lançados na fornalha, o desfecho deste acontecimento
fulminou com um testemunho maravilhoso, que modificou todo o império babilônico!
E tudo isso por quê? Porque três jovens, fiéis ao Deus Altíssimo, não fugiram
da fornalha!
Se desejarmos ganhar o mundo para Cristo,
precisamos mudar o nosso conceito de fé! Enquanto as igrejas, denominadas
“cristãs” estiverem lotadas de fiéis, interessados só em suplicar bênçãos para
si mesmos, o mundo vai continuar como está! O propósito de Deus em nos salvar
mediante o sacrifício de Cristo Jesus, sim, o propósito de Deus, é que
estejamos dispostos a enfrentar tantas fogueiras quantas necessárias, para
levar as Boas Novas de Salvação a todas as pessoas!
O outro aspecto a ser considerado é a mudança
que ocorre no coração das pessoas quando a luz do conhecimento do Deus
Altíssimo brilha em suas vidas! O rei Nabucodonosor, até então, idólatra, pagão,
prepotente, orgulhoso, depois do testemunho daqueles jovens naquela fornalha
ardente, curvou-se diante de Deus, reconhecendo que “não há outro Deus que
possa livrar como este”, além de ter ordenado a todo o povo, nação e língua,
que não blasfemasse contra o Deus de Israel! Os domínios de Nabucodonosor, ou
seja, o império babilônico, não poderá jamais usar como desculpa a falta de
oportunidade de conhecer ao Deus Altíssimo! Deus mesmo cuidou para que eles
tivessem todas as oportunidades! E você?
“Ora, aquele que é poderoso para vos guardar de
tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da sua glória,
ao único Deus, nosso Salvador, mediante Jesus Cristo, Senhor nosso, glória,
majestade, império e soberania, antes de todas as eras, e agora, e por todos os
séculos. Amém.” (Jd 1:24-25)
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