“E, voltando-se, desceu Moisés do monte com as duas tábuas do Testemunho nas mãos, tábuas escritas de ambas as bandas; de uma e de outra banda estavam escritas. As tábuas eram obra de Deus; também a escritura era a mesma escritura de Deus, esculpida nas tábuas. Ouvindo Josué a voz do povo que gritava, disse a Moisés: Há alarido de guerra no arraial. Respondeu-lhe Moisés: Não é alarido dos vencedores nem alarido dos vencidos, mas alarido dos que cantam é o que ouço. Logo que se aproximou do arraial, viu ele o bezerro e as danças; então, acendendo-se-lhe a ira, arrojou das mãos as tábuas e quebrou-as ao pé do monte; e, pegando no bezerro que tinham feito, queimou-o, e o reduziu a pó, que espalhou sobre a água, e deu de beber aos filhos de Israel”. (Êx 32:15-20)
Moisés havia ficado quarenta
dias e quarenta noites no monte Sinai, ouvindo diretamente do Deus Altíssimo,
todas as instruções que deveriam ser passadas para o povo israelita, além de
receber as tábuas do Testemunho, gravadas em pedra, escritas por Deus!
Maravilhoso! As Tábuas da Lei foram escritas e gravadas em pedra pelas mãos do
Senhor!
Por outro lado, lá no
arraial, Satanás se infiltrou no meio do povo que havia aprendido tudo sobre
idolatria, durante os quatrocentos e trinta anos que viveram subjugados no
Egito. Na verdade, dá para concluir que, em termos de religiosidade, os
israelitas pendiam mais para a idolatria egípcia do que para os mandamentos do
Deus Altíssimo!
Josué, descendo do Sinai, ao
lado de Moisés, para de repente e, como se dissesse: Que barulho é esse que vem
do arraial? Parece guerra! Moisés responde: Não! Não é barulho de guerra! É o
povo cantando! E você já vai ver o motivo! Quando Moisés e Josué chegam mais
perto do arraial, encontram o povo rodopiando, dançando, cantando e, como falou
Moisés, completamente desenfreado!
Povo desenfreado! Não é
difícil de deixar o povo desenfreado. Basta alguém gritar: Fogo! Pronto! A
confusão se completa! Imagine, então, um bailão! Lembre-se que os israelitas,
lá no deserto, comendo e bebendo, cantando, dançando e adorando um bezerro de
ouro, envenenados pela idolatria, em transe emocional, psicológico e afetados
por influências demoníacas, sim, porque, quem estava interessado em desviar o
povo de Deus? Satanás! Como você acha que o inimigo se sentia, sabendo que o
Deus Altíssimo, estava gravando com Suas próprias Mãos os Dez Mandamentos?
Não dá para estranhar a
reação de ira que Moisés sentiu! Quebrou as Tábuas do Testemunho ao pé do
monte, despedaçou o bezerro de ouro, queimou-o, reduzindo-o a pó, fez um “suco”
com esse pó e deu ao povo para que bebessem! E também, só faltou arrancar os
cabelos de Arão, quando assim perguntou: “Que te fez este povo, que trouxeste
sobre ele tamanho pecado?” (Êx 32:21-24)
E agora, o auge da revolta:
Colocou-se em pé à entrada do arraial e convocou: Quem não concorda com essa
festa de idolatria, e pertence de fato a Deus, venha aqui! Veio toda a tribo de
Levi junto a Moisés, aos quais disse: “Assim diz o Senhor, o Deus de Israel:
Cada um cinja a espada sobre o lado, passai e tornai a passar pelo arraial de
porta em porta, e mate cada um a seu irmão, cada um, a seu amigo, e cada um, a
seu vizinho. E fizeram os filhos de Levi segundo a palavra de Moisés; e caíram
do povo, naquele dia, uns três mil homens. Pois Moisés dissera: Consagrai-vos,
hoje, ao Senhor; cada um contra o seu filho e contra o seu irmão, para que ele
vos conceda, hoje, bênção”. (Êx 32:25-29)
“Assim, os inimigos do homem
serão os da sua própria casa. Quem ama seu pai ou a sua mãe mais do que a mim
não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é
digno de mim; e quem não toma a sua cruz e vem após mim não é digno de mim”.
(Mt 10:34-39) A lição aqui, não é incentivar a violência ou morte contra os que rejeitam a
Cristo, mas, isso sim, nos mostrar que o Amor de Cristo por nós, transcende os
laços afetivos de pai, mãe, irmãos, família, enfim!
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