domingo, 14 de novembro de 2021

A PRESSA É AMIGA DA ...

 


“Mas, vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão e lhe disse: Levanta-te, faze-nos deuses que vão adiante de nós; pois, quanto a este Moisés, o homem que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe terá sucedido. Disse-lhes Arão: Tirai as argolas de ouro das orelhas de vossas mulheres, vossos filhos e vossas filhas e trazei-mas. Então, todo o povo tirou das orelhas as argolas e as trouxe a Arão. Este, recebendo-as das suas mãos, trabalhou o ouro com buril e fez dele um bezerro fundido. Então, disseram: São estes, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito. Arão, vendo isso, edificou um altar diante dele e, apregoando, disse: Amanhã, será festa ao Senhor. No dia seguinte, madrugaram, e ofereceram holocaustos, e trouxeram ofertas pacíficas; e o povo assentou-se para comer e beber e levantou-se para divertir-se”. (Êx 32:1-6)

 

Lendo o texto sagrado acima, ficamos atordoados e sem saber o que pensar. Mas, o que é isso? Como é que pode tal atitude, tanto do lado do povo, quanto do lado de Arão que, naquele momento, era o líder de Israel! Preste atenção: ao que parece os israelitas viram Moisés subindo ao monte Sinai, uma nuvem cobriu o cenário e ele, Moisés, ficou lá quarenta dias e quarenta noites. Nesse período, o Senhor deu a ele as Tábuas da Lei e todas as ordenanças que deveriam ser ensinadas ao povo. A multidão só olhava o sol nascer e ao final do dia, desaparecer e... nada de Moisés retornar... um dia, outro dia, uma semana, outra semana, um mês e mais dez dias e “cadê” Moisés?

 

O povo cansou e, para variar, reclamou com Arão: Não agüentamos mais! Chega de espera! Não queremos ficar aqui parados! Queremos ação! E já! Nem sabemos o que aconteceu com Moisés? Arão, acho que com medo de uma revolta, muito sem convicção, como se dissesse: Ok! Tragam todo o ouro que vocês têm! Vou elaborar, fundir um “bezerro de ouro”, obra de artista, uma belezinha e vou entregá-lo a vocês! Haverá uma festa! Com comes e bebes! Muita alegria! Ah! Vou edificar um altar diante dele e, em tom solene: Amanhã, será festa ao Senhor.

 

Percebeu a confusão na cabeça de Arão? Agora, diante de um bezerro de ouro, ele ainda tinha a coragem de dizer “Festa ao Senhor”? E aonde eles pensavam que iriam? Voltar ao Egito: O que diriam ao chegar lá? Pessoal! O passeio acabou! Moisés subiu e sumiu no monte Sinai! E cá estamos! Podemos ficar? A questão não era ficar no deserto ou voltar ao Egito! A questão era a IDOLATRIA! Dá mesmo para afirmar: A pressa é amiga da idolatria!

 

O Deus Altíssimo, sabedor do que estava acontecendo, falou a Moisés: “Vai, desce; porque o teu povo, que fizeste sair do Egito, se corrompeu e depressa se desviou do caminho que lhe havia eu ordenado; fez para si um bezerro fundido, e o adorou, e lhe sacrificou, e diz: São estes, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito. Disse mais o Senhor a Moisés: Tenho visto este povo, e eis que é povo de dura cerviz. Agora, pois, deixa-me, para que se acenda contra eles o meu furor, e eu os consuma; e de ti farei uma grande nação”. (Êx 32:7-10)

 

“Ora, quais os que, tendo ouvido, se rebelaram? Não foram, de fato, todos os que saíram do Egito por intermédio de Moisés? E contra quem se indignou por quarenta anos? Não foi contra os que pecaram, cujos cadáveres caíram no deserto? E contra quem jurou que não entrariam no seu descanso, senão contra os que foram desobedientes? Vemos, pois, que não puderam entrar por causa da incredulidade”. (Hb 3:16-19)

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