“Mas, vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão e lhe disse: Levanta-te, faze-nos deuses que vão adiante de nós; pois, quanto a este Moisés, o homem que nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe terá sucedido. Disse-lhes Arão: Tirai as argolas de ouro das orelhas de vossas mulheres, vossos filhos e vossas filhas e trazei-mas. Então, todo o povo tirou das orelhas as argolas e as trouxe a Arão. Este, recebendo-as das suas mãos, trabalhou o ouro com buril e fez dele um bezerro fundido. Então, disseram: São estes, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra do Egito. Arão, vendo isso, edificou um altar diante dele e, apregoando, disse: Amanhã, será festa ao Senhor. No dia seguinte, madrugaram, e ofereceram holocaustos, e trouxeram ofertas pacíficas; e o povo assentou-se para comer e beber e levantou-se para divertir-se”. (Êx 32:1-6)
Lendo o texto sagrado acima,
ficamos atordoados e sem saber o que pensar. Mas, o que é isso? Como é que pode
tal atitude, tanto do lado do povo, quanto do lado de Arão que, naquele
momento, era o líder de Israel! Preste atenção: ao que parece os israelitas
viram Moisés subindo ao monte Sinai, uma nuvem cobriu o cenário e ele, Moisés,
ficou lá quarenta dias e quarenta noites. Nesse período, o Senhor deu a ele as
Tábuas da Lei e todas as ordenanças que deveriam ser ensinadas ao povo. A
multidão só olhava o sol nascer e ao final do dia, desaparecer e... nada de
Moisés retornar... um dia, outro dia, uma semana, outra semana, um mês e mais
dez dias e “cadê” Moisés?
O povo cansou e, para
variar, reclamou com Arão: Não agüentamos mais! Chega de espera! Não queremos
ficar aqui parados! Queremos ação! E já! Nem sabemos o que aconteceu com
Moisés? Arão, acho que com medo de uma revolta, muito sem convicção, como se
dissesse: Ok! Tragam todo o ouro que vocês têm! Vou elaborar, fundir um
“bezerro de ouro”, obra de artista, uma belezinha e vou entregá-lo a vocês!
Haverá uma festa! Com comes e bebes! Muita alegria! Ah! Vou edificar um altar
diante dele e, em tom solene: Amanhã, será festa ao Senhor.
Percebeu a confusão na
cabeça de Arão? Agora, diante de um bezerro de ouro, ele ainda tinha a coragem
de dizer “Festa ao Senhor”? E aonde eles pensavam que iriam? Voltar ao Egito: O
que diriam ao chegar lá? Pessoal! O passeio acabou! Moisés subiu e sumiu no
monte Sinai! E cá estamos! Podemos ficar? A questão não era ficar no deserto ou
voltar ao Egito! A questão era a IDOLATRIA! Dá mesmo para afirmar: A pressa é
amiga da idolatria!
O Deus Altíssimo, sabedor do
que estava acontecendo, falou a Moisés: “Vai, desce; porque o teu povo, que
fizeste sair do Egito, se corrompeu e depressa se desviou do caminho que lhe
havia eu ordenado; fez para si um bezerro fundido, e o adorou, e lhe
sacrificou, e diz: São estes, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram da terra
do Egito. Disse mais o Senhor a Moisés: Tenho visto este povo, e eis que é povo
de dura cerviz. Agora, pois, deixa-me, para que se acenda contra eles o meu
furor, e eu os consuma; e de ti farei uma grande nação”. (Êx 32:7-10)
“Ora, quais os que, tendo
ouvido, se rebelaram? Não foram, de fato, todos os que saíram do Egito por
intermédio de Moisés? E contra quem se indignou por quarenta anos? Não foi
contra os que pecaram, cujos cadáveres caíram no deserto? E contra quem jurou
que não entrariam no seu descanso, senão contra os que foram desobedientes?
Vemos, pois, que não puderam entrar por causa da incredulidade”. (Hb 3:16-19)
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