“Então, disse o Senhor a Moisés: Estende a mão para o céu, e virão trevas sobre a terra do Egito, trevas que se possam apalpar. Estendeu, pois, Moisés a mão para o céu, e houve trevas espessas sobre toda a terra do Egito por três dias; não viram uns aos outros, e ninguém se levantou do seu lugar por três dias; porém todos os filhos de Israel tinham luz nas suas habitações. Então, Faraó chamou a Moisés e lhe disse: Ide, servi ao Senhor. Fiquem os vossos rebanhos e o vosso gado; as vossas crianças irão também convosco. Respondeu Moisés: Também tu nos tens de dar em nossas mãos sacrifícios e holocaustos, que ofereçamos ao Senhor nosso Deus. [...] O Senhor, porém, endureceu o coração de Faraó, e este não quis deixá-los ir. Disse, pois, Faraó a Moisés: Retira-te de mim e guarda-te que não mais vejas o meu rosto; porque, no dia em que vires o meu rosto, morrerás. Respondeu-lhe Moisés: Bem disseste; nunca mais tornarei eu a ver o teu rosto. (Êx 10:21-29)
A nona praga que caiu sobre
o Egito foi: Trevas! Mas não foi uma escuridão qualquer! Veja as descrições:
“trevas que se possam apalpar”, “trevas espessas”, e conseqüências: “não viram
uns aos outros” e ninguém se levantou do seu lugar por três dias”, consegue
dimensionar isso? E mais, todos os egípcios olhavam na direção de Gósen e viam
espantados que lá havia luz, claridade sobre os hebreus! Vamos até lá? Como? Impossível!
Pois não conseguiam sair do seu lugar porque as densas trevas os impediam!
Agora faz sentido o que Cristo afirmou para os que nEle crêem: “Eu sou a luz do
mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da
vida”. (Jo 8:12)
Diante dessas trevas que
chegavam a imobilizar as pessoas, Faraó chama Moisés e tenta uma negociação:
Pode ir embora com o seu povo adorar ao seu Deus! Mas, os vossos bens ficam!
Moisés: Não senhor, seu Faraó, nem uma unha ficará! Levaremos tudo, nossos
rebanhos e nosso gado! Sem negociação! Deus endureceu o coração de Faraó de tal
forma, que ele expulsou Moisés e o ameaçou de morte, dizendo “... no dia em que
vires o meu rosto, morrerás”. Moisés retrucou: “Bem disseste; nunca mais
tornarei eu a ver o teu rosto”.
Percebeu? Não existe mesmo
comunhão entre a Luz e as Trevas! Essa história de “venha tomar um cafezinho”,
“tudo se arranja”, “uma boa negociação”, nada disso! Nem com as dez pragas
Faraó se convenceu! O Deus Altíssimo retirou o Seu povo do Egito por decisão
dEle mesmo! Só ficou ouvindo “a conversa mole” de Faraó, porque o Senhor fazia
questão de completar, bem completadinho todos os “protocolos” que Ele mesmo
determinara. E sem faltar nenhuma praga! Todas com propósitos divinos!
Agora vamos fazer um
paralelo entre a nona praga do Egito antigo, ou seja, trevas, com as Trevas
previstas no Apocalipse no apagar das luzes! “O quarto anjo tocou a trombeta, e
foi ferida a terça parte do sol, da lua e das estrelas, para que a terça parte
deles escurecesse e, na sua terça parte, não brilhasse, tanto o dia como também
a noite”. (Ap 8:12) Aqui, ainda não é escuridão total, pois apenas a terça
parte dos astros é afetada! É como se fosse uma greve dos astros! Porém, o
suficiente para mostrar que o Deus Altíssimo não está brincando! É o Julgamento
Final já em andamento!
Outro texto: “Derramou o
quinto (anjo) a sua taça (da cólera de Deus) sobre o trono da besta, cujo reino
se tornou em trevas, e os homens remordiam a língua por causa da dor que
sentiam e blasfemaram o Deus do céu por causa das angústias e das úlceras que
sofriam; e não se arrependeram de suas obras”. (Ap 16:10-11)
Para os remidos por Cristo:
“Então, já não haverá noite, nem precisam eles de luz de candeia, nem da luz do
sol, porque o Senhor Deus brilhará sobre eles, e reinarão pelos séculos dos
séculos”. (Ap 22:5)
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