“Depois destes acontecimentos, veio a palavra do Senhor a Abrão, numa visão, e disse: Não temas, Abrão, eu sou o teu escudo, e teu galardão será sobremodo grande. [...] Então, conduziu-o até fora e disse: Olha para os céus e conta as estrelas, se é que o podes. E lhe disse: Será assim a tua posteridade. Disse-lhe mais: Eu sou o Senhor que te tirei de Ur dos caldeus, para dar-te por herança esta terra. [...] Ao pôr-do-sol, caiu profundo sono sobre Abrão, e grande pavor e cerradas trevas o acometeram; então, lhe foi dito: Sabe, com certeza, que a tua posteridade será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e será afligida por quatrocentos anos”. (Gn 15:1-13)
Quando você lê o relato do
livro sagrado Gênesis, é possível perceber que o Deus Altíssimo fez alianças
com seus servos, sendo Abrão, Isaque, Jacó e José, alguns deles. O objetivo
principal era enfatizar a conquista de Canaã, cuja caminhada deveria estar
sempre no coração e mente deles e do povo também.
Alguns contatos e
experiências em Canaã já haviam acontecido com Abrão, Isaque e Jacó, porém, não
na condição de um povo, e sim, individualmente, pois a nação de Israel ainda
não existia. O que chama a atenção é que todos os patriarcas, sabedores que
Canaã era o território prometido pelo Deus Altíssimo a Israel, fizeram questão
de serem sepultados lá. Abrão comprou uma área em Canaã, que utilizou para
sepultar sua esposa Sara, depois, ele próprio foi sepultado nesse lugar, Isaque
também e, Jacó, mesmo estando no Egito, já em seu leito de morte, pediu a José
que o sepultasse junto aos seus. Finalmente, José, na impossibilidade de ser
sepultado em Canaã, pediu aos seus irmãos que quando o Deus Altíssimo os
tirasse do Egito, levassem seus ossos para Canaã.
Qual a importância de tudo
isso? É saber que a ida dos hebreus para o Egito não foi um passeio turístico!
Fazia parte de um plano divino, no qual o Egito estava envolvido. Apesar das
cebolas do Egito serem saborosas a ponto de fazer os hebreus suspirarem na
caminhada... saudades das cebolas do Egito; ainda assim, o rumo era Canaã!
No texto bíblico citado
acima, você nota que o Deus Altíssimo faz revelações a Abrão a respeito da
terra prometida e mostra que nem tudo seria flores! É como se dissesse: Abrão,
meu servo, vou lhe dizer com antecedência: “Sabe, com certeza, que tua
posteridade será peregrina em terra alheia, e será reduzida à escravidão, e
será afligida por quatrocentos anos”. Isso aconteceu? Sim! Por que você acha
que José foi parar no Egito? Só para livrar o povo da fome? Nos bons tempos (?)
de José lá no Egito, o Faraó da época gostava tanto de José que fez questão que
ele fosse buscar Jacó e todos os seus irmãos e familiares para morarem no bom e
melhor do Egito, e foi por isso que eles lá ficaram durante quatrocentos anos,
sofrendo nas mãos de outros Faraós, como escravos! Primeiro, o mel; depois, o
fel!
Assim, não pense na vida de
José no Egito, apenas como instrumento para resolver uma crise de fome naquele
país, porém, entenda também como os propósitos do Deus Altíssimo se cumprem,
ainda que muitas vezes não conseguimos compreender. Ao lermos o livro sagrado
Êxodo, entenderemos outras revelações igualmente preciosas, lições que o Senhor
quer nos conceder!
“Pela fé, Abraão, quando
chamado, obedeceu, a fim de ir para um lugar que deveria receber por herança; e
partiu sem saber aonde ia. Pela fé, peregrinou na terra da promessa como em
terra alheia, habitando em tendas com Isaque e Jacó, herdeiros com ele da mesma
promessa, porque aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o
arquiteto e edificador”. (Hb 11:8-10)
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