“Mas os filhos de Israel foram fecundos, e aumentaram muito, e se multiplicaram, e grandemente se fortaleceram, de maneira que a terra se encheu deles. Entrementes, se levantou novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José. Ele disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é mais numeroso e mais forte do que nós. Eia, usemos de astúcia para com ele, para que não se multiplique, e seja o caso que, vindo guerra, ele se ajunte com os nossos inimigos, peleje contra nós e saia da terra. E os egípcios puseram sobre eles feitores de obras, para os afligirem com as suas cargas. E os israelitas edificaram a Faraó as cidades-celeiros, Pitom e Ramessés. Mas, quanto mais os afligiam, tanto mais se multiplicavam e tanto mais se espalhavam; de maneira que se inquietavam por causa dos filhos de Israel;” (Êx 1: 7-12)
Entendo que se o Deus
Altíssimo não permitisse uma mudança no modo de vida dos israelitas lá no
Egito, eles nunca haveriam de concordar em sair daquele País. Pois até então,
eles tinham uma vida boa, tão boa que multiplicaram-se grandemente e ficaram
até mais numerosos e fortes que o povo egípcio! O rei do Egito percebeu isso e
ficou preocupado! O quê? Vamos acabar perdendo essa mão-de-obra gratuita que
temos! Acabou a moleza! Daqui em diante, tudo vai ser diferente! Trabalho
pesado pra cima deles!
E a situação mudou! Chegou a
tirania, sofrimentos, perseguições, castigos e lamentos! Mas, os israelitas
continuavam aumentando!!! Vieram dois decretos: O primeiro foi ordenado às parteiras
egípcias que fizessem o grande favor patriótico de matar os bebês do sexo
masculino das mulheres hebréias! Meninas podiam viver; meninos, não! Não deu
certo! As parteiras não obedeceram! Veio o segundo decreto: O povo egípcio foi
conclamado a prestar o belíssimo trabalho de jogar no rio Nilo, todos os
meninos das mães hebréias!
Nessas três situações, o
cenário começou a mudar e os israelitas perceberam que não dava mais para
cantar... “daqui não saio, daqui ninguém me tira...”, apesar de que sentiriam
falta das cebolas apetitosas que comiam no Egito! Além do que, o cenário de
meninos israelitas boiando nas águas do Nilo, indicava também, que o “cestinho
de Moisés” já estava sendo preparado, pois o grande libertador, servo do Deus
Altíssimo já estava a caminho!
É impressionante como as
situações necessitam ser modificadas para que nossos pensamentos, sentimentos e
decisões sejam adequadas aos planos do Deus Altíssimo! Situações e mudanças que
Ele permite, pois é Soberano e Seus propósitos prevalecem, independente das
decisões humanas!
Muitas vezes ficamos
perplexos diante de acontecimentos que simplesmente não entendemos! Com apenas
setenta pessoas, quando ainda os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó
limitavam-se a uma família que foi convidada a morar no Egito, lá se
estabeleceu, cresceu assustadoramente e se fortaleceu, precisava agora ser
sacudida, provada e preparada para sair de lá! Era uma nação que explodia:
Israel! Doze tribos! Rumo a Canaã! Tribo de Judá! O descendente: Cristo! Bênção
para todas as famílias terra!
“Pela fé, Jacó, quando
estava para morrer, abençoou cada um dos filhos de José e, apoiado sobre a
extremidade do seu bordão, adorou. Pela fé, José, próximo do seu fim, fez
menção do êxodo dos filhos de Israel, bem como deu ordens quanto aos seus
próprios ossos. Pela fé, Moisés, apenas nascido, foi ocultado por seus pais,
durante três meses, porque viram que a criança era formosa; também não ficaram
amedrontados pelo decreto do rei. Pela fé, Moisés, quando já homem feito,
recusou ser chamado filho da filha de Faraó, preferindo ser maltratado junto
com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado; porquanto
considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do
Egito, porque contemplava o galardão”. (Hb 11:21-26)
Nenhum comentário:
Postar um comentário