terça-feira, 30 de março de 2021

NÃO QUERO SAIR DAQUI

 


“Mas os filhos de Israel foram fecundos, e aumentaram muito, e se multiplicaram, e grandemente se fortaleceram, de maneira que a terra se encheu deles. Entrementes, se levantou novo rei sobre o Egito, que não conhecera a José. Ele disse ao seu povo: Eis que o povo dos filhos de Israel é mais numeroso e mais forte do que nós. Eia, usemos de astúcia para com ele, para que não se multiplique, e seja o caso que, vindo guerra, ele se ajunte com os nossos inimigos, peleje contra nós e saia da terra. E os egípcios puseram sobre eles feitores de obras, para os afligirem com as suas cargas. E os israelitas edificaram a Faraó as cidades-celeiros, Pitom e Ramessés. Mas, quanto mais os afligiam, tanto mais se multiplicavam e tanto mais se espalhavam; de maneira que se inquietavam por causa dos filhos de Israel;” (Êx 1: 7-12)

 

Entendo que se o Deus Altíssimo não permitisse uma mudança no modo de vida dos israelitas lá no Egito, eles nunca haveriam de concordar em sair daquele País. Pois até então, eles tinham uma vida boa, tão boa que multiplicaram-se grandemente e ficaram até mais numerosos e fortes que o povo egípcio! O rei do Egito percebeu isso e ficou preocupado! O quê? Vamos acabar perdendo essa mão-de-obra gratuita que temos! Acabou a moleza! Daqui em diante, tudo vai ser diferente! Trabalho pesado pra cima deles!

 

E a situação mudou! Chegou a tirania, sofrimentos, perseguições, castigos e lamentos! Mas, os israelitas continuavam aumentando!!! Vieram dois decretos: O primeiro foi ordenado às parteiras egípcias que fizessem o grande favor patriótico de matar os bebês do sexo masculino das mulheres hebréias! Meninas podiam viver; meninos, não! Não deu certo! As parteiras não obedeceram! Veio o segundo decreto: O povo egípcio foi conclamado a prestar o belíssimo trabalho de jogar no rio Nilo, todos os meninos das mães hebréias!

 

Nessas três situações, o cenário começou a mudar e os israelitas perceberam que não dava mais para cantar... “daqui não saio, daqui ninguém me tira...”, apesar de que sentiriam falta das cebolas apetitosas que comiam no Egito! Além do que, o cenário de meninos israelitas boiando nas águas do Nilo, indicava também, que o “cestinho de Moisés” já estava sendo preparado, pois o grande libertador, servo do Deus Altíssimo já estava a caminho!

 

É impressionante como as situações necessitam ser modificadas para que nossos pensamentos, sentimentos e decisões sejam adequadas aos planos do Deus Altíssimo! Situações e mudanças que Ele permite, pois é Soberano e Seus propósitos prevalecem, independente das decisões humanas!

 

Muitas vezes ficamos perplexos diante de acontecimentos que simplesmente não entendemos! Com apenas setenta pessoas, quando ainda os descendentes de Abraão, Isaque e Jacó limitavam-se a uma família que foi convidada a morar no Egito, lá se estabeleceu, cresceu assustadoramente e se fortaleceu, precisava agora ser sacudida, provada e preparada para sair de lá! Era uma nação que explodia: Israel! Doze tribos! Rumo a Canaã! Tribo de Judá! O descendente: Cristo! Bênção para todas as famílias terra!

 

“Pela fé, Jacó, quando estava para morrer, abençoou cada um dos filhos de José e, apoiado sobre a extremidade do seu bordão, adorou. Pela fé, José, próximo do seu fim, fez menção do êxodo dos filhos de Israel, bem como deu ordens quanto aos seus próprios ossos. Pela fé, Moisés, apenas nascido, foi ocultado por seus pais, durante três meses, porque viram que a criança era formosa; também não ficaram amedrontados pelo decreto do rei. Pela fé, Moisés, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus a usufruir prazeres transitórios do pecado; porquanto considerou o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egito, porque contemplava o galardão”. (Hb 11:21-26)

           

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