“Vendo os irmãos de José que seu pai já era morto, disseram: É o caso de José nos perseguir e nos retribuir certamente o mal todo que lhe fizemos. Portanto, mandaram dizer a José: Teu pai ordenou, antes da sua morte, dizendo: Assim direis a José: Perdoa, pois, a transgressão de teus irmãos e o seu pecado, porque te fizeram mal; agora, te rogamos que perdoes a transgressão dos servos do Deus de teu pai. José chorou enquanto lhe falavam. Depois, vieram também seus irmãos, prostraram-se diante dele e disseram: Eis-nos aqui por teus servos. Respondeu-lhes José: Não temais; acaso estou eu em lugar de Deus? Vós, na verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, que se conserve muita gente em vida. Não temais, pois; eu vos sustentarei a vós outros e a vossos filhos. Assim, os consolou e lhes falou ao coração”. (Gn 50:15-21)
Ao ler este relato sagrado,
muitos chegam a exclamar: Que maravilha! No final, tudo dá certo! Como nos
livros de romance que terminam a história afirmando... e foram felizes para sempre! Mas, seria isso
mesmo? Quer dizer então que os irmãos de José, quando ele ainda era
adolescente, praticaram vários atos de pura maldade, a maioria deles, queria
mesmo era tirar a vida do garoto, por inveja, por maldade, por se sentirem
inferiores a José, acataram em suas mentes e corações as insinuações malignas
de Satanás, para se concluir no final que tudo acaba bem?
Não entendo dessa maneira!
Desde o Jardim do Éden fica bem claro a forma como o Deus Altíssimo age. Não
afaga o pecado! Mesmo diante das desculpas dos envolvidos, o Senhor declara a
sentença de cada um deles! Leia o texto e preste atenção! O que se percebe,
isso sim, é que o maligno tinha a intenção clara de destruir os planos de Deus.
A raça humana, representada naquele momento por Adão e Eva, aliou-se ao inimigo
e, a humanidade é hoje o que é!
Entretanto, o Deus
Altíssimo, frustrou as intenções malignas e com um ato só, realizado na Cruz do
Calvário, através de Cristo, condenou o pecado, juntamente com o império das
trevas e conquistou para aqueles que nEle crêem, a redenção eterna! Porém, as
conseqüências do pecado no mundo, aí estão para que todos saibam que aquilo que
semeiam, colhem!
Em se tratando dos irmãos
(?) de José, o que eles fizeram foi uma tentativa de, incentivados pelo
maligno, sabotarem os planos de Deus! É isso que vem acontecendo em todo o
transcorrer da história humana. E eles tinham consciência disso, sim! Tanto
que, diante da aspereza e rigor que sentiram por parte de José, mesmo sem o
reconhecer, tiveram certeza que estavam sendo punidos pelo mal que causaram ao
irmão mais novo. (Gn 42:21-22)
Observe também que, na
ocasião em que Jacó, pressentindo que estava para morrer, chamou todos os
filhos para despedir-se e abençoá-los. No entanto, excetuando Judá
e José, os demais receberam palavras duras e até de repreensão pelos seus atos.
Nada indica que houvesse concordância por parte de Jacó em relação às atitudes
dos irmãos de José! Se nem Jacó conseguia engolir essas delinqüências, quanto
mais Deus?
Assim, é necessário que os
cristãos tenham discernimento e muito cuidado quando afirmam que o Deus
Altíssimo é aquilo que Ele mesmo abomina! Principalmente no que diz respeito à
Justiça! O Senhor aceitou Abel e rejeitou Caim, aceitou Jacó, rejeitou a Esaú,
estabeleceu Davi como rei e rejeitou Saul! Leia os textos e analise os porquês!
Lembre-se que no momento da crucificação de Cristo, dois malfeitores ao lado do
Senhor, um à direita, outro à esquerda, um escarnecendo, outro arrependido.
Duas sentenças!
Precisamos prestar muita
atenção para percebermos e não cairmos nas armadilhas satânicas. O discurso
dele é sempre o mesmo: Faça o que quiser que no fim dá tudo certo! Luz e
trevas, amor e ódio, justiça e injustiça, certo e errado aceitável ou não, tudo
dá no mesmo! Não é o que constatamos na atitude do Deus Altíssimo! De tal forma
Ele abomina o pecado que o condenou em Seu Filho Unigênito, Jesus Cristo!
“Ai dos que ao mal chamam
bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o
amargo por doce e o doce, por amargo!” (Is 50:20)
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