“Então, veio a palavra do Senhor a Jeremias, em
Tafnes, dizendo: Toma contigo pedras grandes, encaixa-as na argamassa do
pavimento que está à entrada da casa de Faraó, em Tafnes, à vista de homens
judeus, e dize-lhes: Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Eis
que eu mandarei vir a Nabucodonosor, rei da Babilônia, meu servo, e porei o seu
trono sobre estas pedras que encaixei; ele estenderá o seu baldaquino real
sobre elas. Virá e ferirá a terra do Egito; quem é para a morte, para a morte;
quem é para o cativeiro, para o cativeiro; e quem é para a espada, para a
espada. Lançará fogo às casas dos deuses do Egito e as queimará; levará cativos
os ídolos e despiolhará a terra do Egito, como o pastor despiolha a sua própria
veste; e sairá dali em paz. Quebrará as colunas de Bete-Semes na terra do Egito
e queimará as casas dos deuses do Egito”. (Jr 43:8-13)
Há três questões bem interessantes no relato
bíblico acima: A primeira refere-se ao “papelão” que o remanescente do povo
judeu fez quando procurou abrigo junto ao Egito, para escapar de Nabucodonosor
e do exílio em Babilônia. O Deus Altíssimo já tinha orientado os restantes de
Israel que não fossem ao Egito. Pediu que permanecessem em Israel, mesmo com tudo
destruído por Nabucodonosor. Garantiu que cuidaria deles. Mas eles
desobedeceram e foram assim mesmo.
Mal chegaram lá, em Tafnes, o Senhor foi atrás
deles e falou através do profeta Jeremias, e era como se dissesse: De que
adiantou vocês virem para o Egito? Sabem quem está vindo para cá e por ordem
Minha? Nabucodonosor, de quem vocês têm tanto medo! E sabem o que ele vai
fazer? Eu conto para vocês! Ele vai dominar e destruir o Egito também! Haverá
morte, cativeiro e aqueles que tentarem resistir morrerão à espada!
Perceba no texto que o Deus Altíssimo chama
Nabucodonosor de “meu servo”. Por quê? Porque está muito claro nas Escrituras
Sagradas, que o Senhor dos Exércitos é soberano e usa como instrumentos até
mesmo Seus inimigos para fazerem exatamente a vontade dEle! Assim foi com Faraó
no Egito, por ocasião da libertação do povo judeu, através de Moisés. Você
pergunta: Mas de que forma Faraó foi útil a Deus? Resposta: Por ser cabeçudo,
teimoso e incrédulo, além de idólatra!
Quando Faraó achava-se poderoso, negando a
saída dos judeus, na verdade, era a oportunidade para o Deus Altíssimo
manifestar a todo o Egito os Seus sinais, milagres e poder. Aliás, esta é a
segunda questão que o texto ressalta. Os povos idólatras se autodestroem!
Afinal, Nabucodonosor era tão idólatra quanto Faraó; entendeu? É só conhecer um
pouco da História Antiga e você perceberá que os povos idolatravam tantos
deuses, e até os levavam para as batalhas. No caso de vitória, o vencedor
levava não só os vencidos como escravos, como também os seus “deuses”. Neste
caso, consideravam os “deuses vencidos” como mais fracos que “os deuses
vencedores”.
E agora, a terceira questão que aparece no
texto: Quando Nabucodonosor invadiu o Egito, ele incendiou as casas dos deuses
egípcios, levou todos os ídolos e quebrou as colunas de Bete-Semes,
provavelmente os locais de cerimônias pagãs. Perceba: Nabucodonosor prestou,
mesmo sem ter consciência disso, um belo favor ao Senhor! Imagino o Deus
Altíssimo batendo palmas e dizendo: Isso, isso, isso! O que não quer dizer que,
no tempo certo, os ídolos de Babilônia tiveram o mesmo fim! Afinal, a
ignorância que acompanha a idolatria traça esse caminho!
A humanidade precisa despertar para o perigo da
idolatria! As nações precisam entender que o Deus Altíssimo não divide Sua
glória com ídolos! Não é apenas uma questão de folclore, cultura, expressão
artística ou qualquer outra definição que queiram dar! Quando alguém se prostra
e adora um ídolo, ou um astro, ou qualquer outro objeto, essa pessoa está
despertando a ira do Senhor!
“Por meio destes três flagelos, a saber, pelo
fogo, pela fumaça e pelo enxofre que saíam da sua boca, foi morta a terça parte
dos homens; [...] Os outros homens, aqueles que não foram mortos por esses
flagelos, não se arrependeram das obras das suas mãos, deixando de adorar os
demônios e os ídolos de ouro, de prata, de cobre, de pedra e de pau, que nem
podem ver, nem ouvir, nem andar; nem ainda se arrependeram dos seus
assassínios, nem das suas feitiçarias, nem da sua prostituição, nem dos seus
furtos”. (Ap 9:18, 20-21)
Nenhum comentário:
Postar um comentário