“Então o rei engrandeceu a Daniel, e lhe deu
muitas e grandes dádivas, e o pôs por governador de toda a província de
Babilônia, como também o fez chefe supremo de todos os sábios de Babilônia. A
pedido de Daniel, constituiu o rei a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego sobre os
negócios da província de Babilônia; Daniel, porém, permaneceu na corte de rei.”
(Dn 2:48-49)
Então, vejam só que formidável! Os príncipes de
Judá, que foram trazidos de Jerusalém para Babilônia como cativos, agora são
promovidos a governador e superintendentes, cargos importantíssimos na
província de Babilônia. Será que esses jovens, quando estavam a caminho do
exílio, tinham alguma ideia de que isso acabaria acontecendo? Creio que não,
porque dá para notar que o rei só se lembrou deles, depois de ter consultado o
seu “congresso de adivinhos” e perceber que eles falharam. Isto quer dizer que,
se os assessores do rei tivessem conseguido resolver o problema dele, é bem
provável que os príncipes de Judá ficariam no esquecimento.
Acontece que o Deus Altíssimo preparou uma
situação especial para Nabucodonosor, tão especial, que deixou aquele rei
idólatra, perdido, confuso, desiludido com os seus “sábios”, e assim ficou
disposto a aceitar a ajuda do profeta Daniel – “Danielzinho, meu jovem, você á
a minha última esperança!” O rei ficou tão agradecido, que além de reconhecer
que o Deus de Israel é o único Senhor, ainda decidiu promover Daniel e seus
amigos aos cargos políticos mais importantes em seu império.
Agora, então, a responsabilidade dos príncipes
de Judá aumentou, não só em termos políticos. Afinal, esses jovens eram
preparados e capazes. Tinham recebido sabedoria de Deus! Mas a questão era: E a
fé? E o testemunho que eles deveriam manter diante de uma nação pagã? Um povo
que não tinha o conhecimento do Deus Altíssimo? Pessoas dominadas por
feitiçaria, prática de adivinhação e fascinados por astrologia?
Na qualidade de líderes políticos, não seria
melhor aderir aos costumes e tradição daquela gente? Será que a fidelidade a
Deus não colocaria em risco os cargos que acabaram de receber? E, então, o que
seria mais importante? Manter firme o testemunho de fé? Ou sucumbir ao fascínio
do poder? Veremos nos próximos capítulos o preço alto que esses jovens pagaram para
permanecerem fiéis ao Senhor!
E nós, que nos dizemos cristãos, passamos
também por situações semelhantes? O mundo, hoje, está repleto de cristãos
ocupando posições de destaque na sociedade, nos negócios, na política, no
governo. Será que todos estão dispostos a manter firme o propósito de brilhar
por Cristo, testemunhando, através de suas atitudes, mostrando fé inabalável,
preocupados em desempenhar o seu papel de cristão, dentro da “sua Babilônia”?
Sim, cada cristão tem a “sua Babilônia”
particular. E é nesse lugar, ou situação, ou circunstância que o Deus Altíssimo
coloca você numa posição de destaque, com o propósito de, através de você,
atrair os demais para Cristo, alcançando-os com a Sua graça. Porém, se você
pensa que conquistou a sua promoção por obra e graça de sua própria
competência, só porque você é fantástico, então, o mundo continuará carente de
ouvir as Boas Novas de salvação em Cristo!
“Assim brilhe também a vossa luz diante dos
homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está
nos céus.” (Mt 5:16)
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