“O rei Nabucodonosor fez uma imagem de ouro que
tinha sessenta côvados de alto e seis de largo; levantou-a no campo de Dura, na
província de Babilônia. Nisto o arauto apregoava em alta voz: Ordena-se a vós
outros, ó povos, nações e homens de todas as línguas: No momento em que
ouvirdes o som da trombeta, do pífaro, da harpa, da cítara, do saltério, da
gaita de foles, e de toda sorte de música, vos prostrareis, e adorareis a
imagem de ouro que o rei Nabucodonosor levantou. Qualquer que se não prostrar e
não a adorar, será no mesmo instante lançado na fornalha de fogo ardente.” (Dn
3:1, 4-6)
Até parece que falar em Nabucodonosor é o mesmo
que falar em estátuas, pois esse imperador vivia envolvido com isso! Primeiro,
ele sonhou com uma estátua. E foi aquela confusão! Depois que a situação se
acalmou, graças ao ministério de Daniel, o profeta do Senhor, por alguma razão,
o rei decidiu fazer uma estátua. Toda em ouro! Mais de trinta metros de altura!
Escolheram um local bem espaçoso para levantar aquela imagem – era o campo de
Dura.
Ninguém me tira da cabeça que Nabucodonosor se
inspirou na estátua do sonho que ele tivera, para mandar fazer a imagem de
ouro, com uma diferença: não haveria espaço para nenhum outro império! Só o império
babilônico contava! - O que? Ser representado só pela cabeça de ouro? De jeito
nenhum! Quero ser a estátua toda! Inteirinha de ouro! Não tem pra mais ninguém!
Ele ficou sabendo que, após o seu domínio,
viriam outros três, de menor poderio, é claro! Mas, a ideia de que seu império
teria fim, não agradava muito. Então, que tal fazer uma estátua toda em ouro
que lembrasse para sempre o império babilônico? Isso vai ser espetacular! O
fato é que Nabucodonosor levantou uma estátua, e ficou tão entusiasmado com a
sua obra-prima, que resolveu promover a estátua a “deus” e, assim, decidiu que
todos os povos de seu reino deveriam adorar aquela imagem dourada!
Outra razão que poderia explicar essa atitude
de Nabucodonosor seria uma armadilha preparada pelos seus assessores, com a
intenção de eliminar os jovens príncipes de Judá que estavam ocupando os mais
altos cargos políticos do império. Você acha que os políticos da época ficaram
contentes em ver “estrangeiros” mandando neles? É claro que eles ficaram se remordendo
de inveja e não perderiam uma chance de derrubá-los! E agora, com aquela
estátua toda reluzente, a oportunidade chegou!
Certamente, eles comentavam baixinho entre si:
“Vamos dar um jeito de transformar essa imagem em “deus” e exigir que todos do reino,
sem distinção, se ajoelhem e adorem a estátua! É nesse ponto que esses
príncipes de Judá vão cair! Pois é certo que eles não vão trair a sua fé! E
assim nos livraremos deles! Uau! Que legal vê-los torradinhos na fornalha
ardente.”
E assim, resolveram fazer uma grande festa de
inauguração! Imagine só! Um “deus” que precisa ser inaugurado! É como se a
imagem pudesse dizer: “A partir desta data eu sou “deus”, entenderam?”
Ordenaram-se os preparativos para a cerimônia – com “Orquestra Sinfônica Babilônica”
e tudo! Os músicos ensaiaram, afinaram seus instrumentos e foram para o local
onde estava a estátua dourada, cintilando idolatria!
Pois bem, não é surpresa para nenhum cristão
que Nabucodonosor e todo o seu império eram idólatras, pagãos, e adoravam ídolos
com tanta naturalidade que se prostrar e adorar aquela imagem gigantesca, feita
em ouro, para agradar ao imperador, era coisa fácil, simples, sem mistério.
Ainda mais, ouvindo aqueles instrumentos musicais - era mesmo um convite à
idolatria! Além do mais, e a fornalha ardente? Quem seria o doido de querer
virar churrasquinho?
Aquela gente não tinha como entender a atitude
dos jovens príncipes de Judá! Só mesmo quem conhece as Escrituras, sabe o
sentido do mandamento divino: “Não terás outros deuses diante de mim. Não farás
para ti imagem de escultura, nem semelhança alguma do que há em cima nos céus,
nem embaixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. Não as adorarás, nem lhes
darás culto, porque eu sou o Senhor teu Deus, Deus zeloso [...]” (Êx 20:3-5)
“Eu sou o Senhor, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a
outrem, nem a minha honra às imagens de escultura.” (Is 42:8)
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