“Então o rei Nabucodonosor se inclinou e se
prostrou rosto em terra perante Daniel, e ordenou que lhe fizessem oferta de
manjares e suaves perfumes. Disse o rei a Daniel: Certamente, o vosso Deus é
Deus dos deuses, e o Senhor dos reis, e o revelador de mistérios, pois pudeste
revelar este mistério. Então o rei engrandeceu a Daniel, e lhe deu muitos e
grandes presentes, e o pôs como governador de toda a província de Babilônia,
como também o fez chefe supremo de todos os sábios de Babilônia. A pedido de
Daniel, constituiu o rei a Sadraque, Mesaque e Abede-Nego sobre os negócios da
província de Babilônia; Daniel, porém, permaneceu na corte do rei.” (Dn
2:46-49)
Se todos os cristãos causassem no mundo
incrédulo o mesmo impacto que Daniel causou no império babilônico, todos os
habitantes da terra já teriam se convertido a Cristo! Será que algum cristão,
hoje, aqui no Brasil ou em outro país, teria coragem de testemunhar do Senhor
Jesus ao presidente de sua nação? Haveria algum cristão disposto a testificar
de sua fé perante as autoridades governamentais?
Infelizmente, percebo que já não existem mais
cristãos como Daniel, no mundo de hoje. Veja que a fé de um só homem conseguiu
influenciar um império todo! E por onde Daniel andou, deixou as marcas da fé no
Deus Altíssimo! Alguém diria que modificar um império, mergulhado na idolatria,
na feitiçaria, na superstição, seria humanamente impossível. Porém, Daniel
mostrou que quando se tem fé suficiente e fidelidade a Deus, a influência que
essa fé pode causar, e o impacto que ela pode provocar são suficientes para
abalar, sacudir e modificar os rumos de uma nação!
Foi o que aconteceu em Babilônia. Quantos fiéis
havia em Babilônia? Fiéis ao Deus Altíssimo - entenda-se. Que tenhamos
conhecimento, além de Daniel e seus três amigos, havia também, parte do povo de
Israel, levados todos como cativos. Porém, a pessoa que causou maior impacto no
reino babilônico, certamente foi Daniel, o profeta. Que fé! Que ousadia! Que
fidelidade a Deus!
Se não houvesse nenhuma outra finalidade para o
exílio do povo judeu lá na Babilônia, essa já seria suficiente: a do
reconhecimento do rei Nabucodonosor quanto à soberania do Deus Altíssimo!
Lembre-se de que esse imperador era pagão. Todo o povo babilônico era pagão!
Tanto o rei como o povo não tinham conhecimento de Deus! Adoravam ouro, prata,
pedra, madeira, e tinham verdadeira paixão por magos, adivinhos, feiticeiros,
astrologia e, convém lembrar, eram impressionados por sonhos e seus
significados!
Então, para sacudir tanta “religiosidade
inútil”, o Deus Altíssimo permitiu uma tal situação dentro do palácio do rei,
que acabou levando Nabucodonosor a se curvar, a se humilhar e a reconhecer que
todo o poder pertence somente a Deus! O imperador, afinal, sucumbiu: Olhou para
os seus “deuses” e os considerou como nada! Perceba o que o rei, ajoelhado,
disse: “Certamente, o vosso Deus é Deus dos deuses, e o Senhor dos reis
[...]”(Dn 2:47)
Então, nós os cristãos, necessitamos
dimensionar o valor de um testemunho de fé! Enquanto os cristãos verdadeiros
permanecerem neste mundo, pesará sobre nós a responsabilidade de sacudirmos
esta sociedade, este sistema, a tal ponto que a nossa fé em Cristo incomode as
pessoas, mas, entenda, no sentido de transformá-las e conduzi-las a Cristo!
“Fazei tudo sem murmurações nem contendas; para
que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio
de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no
mundo.” (Fp 2:14-15)
Nenhum comentário:
Postar um comentário