“Então Daniel foi para casa, e fez saber o caso
a Hananias, Misael e Azarias, seus companheiros, para que pedissem misericórdia
ao Deus do céu, sobre este mistério, a fim de que Daniel e seus companheiros
não perecessem, com o resto dos sábios de Babilônia. Então foi revelado o
mistério a Daniel numa visão de noite, pelo que Daniel louvou o Deus do céu.
Disse Daniel: Seja bendito o nome de Deus para todo o sempre, porque dele é a
sabedoria e a força; é ele quem muda os tempos e as horas, remove reis e
estabelece reis; ele dá sabedoria aos sábios e conhecimento aos entendidos. Ele
revela o profundo e o escondido; conhece o que está em trevas, e com ele mora a
luz. Ó Deus de meus pais, eu te louvo e celebro porque me deste sabedoria e
força; agora me fizeste saber o que te pedimos, porque nos fizeste saber este
assunto do rei.” (Dn 2:17-23)
Daniel e seus amigos viveram uma situação em
que, pelo menos por um momento, eles desejaram não ser considerados sábios. Era
preferível fazer parte do grupo dos ignorantes, iletrados e, quem sabe, até dos
analfabetos. Por quê? Porque o rei Nabucodonosor havia decretado a morte de
todos os sábios do reino. E porque motivo? Porque, no conceito do rei, sábio
era aquele que conseguisse adivinhar o sonho que ele tivera, e que não conseguia
se lembrar de jeito nenhum!
Daniel e seus companheiros tinham sido
considerados pelo rei, dez vezes mais sábios que todos os magos, encantadores,
feiticeiros, e adivinhos que havia em todo o seu reino. Portanto, eles seriam os
primeiros da lista para morrer! É bem provável que eles pensassem: “Quem mandou
a gente mostrar tanta sabedoria assim? Melhor seria fazer o papel de “bobo da
corte”.
Observe, então, que quando Daniel propôs aos
seus amigos de fé uma vigília em oração, quem sabe até com jejum, era porque
eles estavam passando por uma situação de “vida ou morte”! Não se tratava de um
espetáculo para mostrarem o quanto eles eram capazes de interpretar o sonho de
Nabucodonosor. Aliás, eles não se sentiam aptos para isso! Tanto, que
recorreram a Deus em oração, clamando por misericórdia!
Daniel não tinha uma bola de cristal, não! Não
tinha cartas, nem tarô, nem búzios, muito menos, mapa astrológico - aliás, disso
ele não entendia nada! Daniel e seus amigos não foram considerados sábios por
entender essas práticas! Eles tinham a fé no Deus Altíssimo como escudo, e a
oração como arma! A vida deles estava em jogo. Era uma questão de vida ou
morte!
Diante deste fato, você que é cristão, precisa
reconhecer que o importante neste episódio, não é sair por aí, dizendo: “Ah!
Então é possível Deus me revelar alguma coisa através de sonhos?” Mas, sim,
fazer como Daniel e seus amigos. E o que eles fizeram? Buscaram a Deus em
oração! O que foi que eles pediram a Deus? Pediram misericórdia! Para quê? Para que eles não perecessem com os “sábios”
de Babilônia.
Daniel não armou nenhuma “barraquinha” com o
intuito de interpretar sonhos! O mistério que o Senhor revelou a Daniel tem a
ver com o destino da humanidade, tem a ver com a vinda de Cristo ao mundo, cuja
vinda foi para resolver uma “questão de vida e morte”. Morte para Ele na cruz!
Vida para aquele que nEle crê!
“Por isso quem crê no Filho tem a vida eterna;
o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele
permanece a ira de Deus.” (Jo 3:36)
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