“Respondeu o rei a Daniel, cujo nome era
Beltessazar: Podes tu fazer-me saber o sonho que tive e a sua interpretação?
Respondeu Daniel na presença do rei: O mistério que o rei requer, nem sábios,
nem encantadores, nem magos, nem adivinhos o podem descobrir ao rei, mas há um
Deus nos céus, o qual revela mistérios; ele fez saber ao rei Nabucodonosor o
que há de ser no fim dos dias. O teu sonho e as visões da tua cabeça na tua
cama são estas: Estando tu, ó rei, na tua cama, subiram os teus pensamentos ao
que há de ser depois disto. Aquele que revela mistérios te fez saber o que há
de ser. Quanto a mim, me foi revelado este mistério, não porque eu tenha mais
sabedoria do que todos os viventes, mas para que a interpretação se fizesse
saber ao rei, e para que entendesses os pensamentos do teu coração.” (Dn
2:26-30)
Estas palavras ditas por Daniel ao rei
Nabucodonosor, deixa todos os “adivinhos do mundo” um tanto decepcionados. Sim,
porque eles adorariam que Daniel chefiasse os magos, encantadores, feiticeiros,
astrólogos, dizendo mais ou menos assim: - Sim, ó majestade (dando rodopios),
eu sou capaz de desvendar os vossos sonhos - e começasse a fazer um teatro
diante do rei, para impressioná-lo, é claro!
No entanto, Daniel admitiu com humildade e
firmeza: - Eu não posso, mas Deus pode! E assim, caem por terra todas as
filosofias ligadas à prática de adivinhação. Está muito claro, neste episódio,
que Daniel não se considerava interpretador de sonhos. Na verdade, ele não
estava preocupado com essa arte. Perceba como ele reconheceu que Deus revelou o
mistério a ele, não porque ele fosse mais sábio que os “adivinhos” do rei, mas
para que se cumprisse o propósito de Deus em fazer Nabucodonosor entender os
acontecimentos no fim dos dias.
Portanto, aprendemos com Daniel, alguns
princípios básicos que servirão para nos alertar dos perigos que algumas
pessoas estão sujeitas, quando se deixam arrastar pelo magnetismo dos
“adivinhos” que circulam por aí. Primeiro: Daniel não tinha nenhum poder
sobrenatural para interpretar sonhos! Ele disse: “Mas há um Deus nos céus, o
qual revela mistérios”. Então: Deus sim, Daniel não! Segundo: Ele não atribuiu
a si a glória que pertence a Deus! Terceiro: Não há indícios de que Daniel
tenha procurado tirar proveito financeiro às custas dos sonhos dos outros!
Então, se alguém pensa que Daniel estivesse
interessado em abrir um “consultório”, com um luminoso bem chamativo na porta,
com o seguinte anúncio: “Interpretação de sonhos – Cem reais a consulta”, essa
pessoa estaria completamente enganada. Daniel era profeta do Deus Altíssimo, e
estava comprometido apenas com a Palavra do Senhor!
Assim, o que vemos acontecer com frequência por
aí, a pretexto de sonhos e seus significados, não tem nada a ver com o ensino
das Escrituras. São pessoas que se vangloriam por se julgarem com poderes
sobrenaturais, e o que é pior, tirando vantagens econômicas daqueles que sentem
prazer em sonhar e sair à cata de interpretação.
Talvez você sinta necessidade de confiar seus
temores, insegurança, ansiedade, medo, dúvidas e não sabe onde depositar o seu
fardo. Neste caso, o único capaz de resolver a sua situação é o Senhor Jesus
Cristo. Eis o convite que Ele faz a todos os cansados e oprimidos: “Vinde a mim
todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre
vós o meu jugo, e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e
achareis descanso para as vossas almas. Porque o meu jugo é suave e o meu fardo
é leve.” (Mt 11:28-30)
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