quarta-feira, 9 de abril de 2014

NABUCODONOSOR E OS ADIVINHOS

Nabucodonosor teve um sonho e, sem saber que era da parte de Deus, convocou os magos, os encantadores, os feiticeiros e os astrólogos de Babilônia, para que lhe revelassem o que ele tinha sonhado, bem como o significado do sonho. Diante dessa convocação, todo o “congresso de adivinhos” do rei ficou em polvorosa. Mas o que é isso? Nunca ninguém exigiu tal coisa! Quando alguém se lembra do que sonhou, é fácil. Mas o imperador não consegue se lembrar de nada!

Acontece que Nabucodonosor sonhou de verdade, ele tinha certeza disso, mas assim que acordou, não conseguia se lembrar do sonho. Porém, na qualidade de rei, achava-se no direito de exigir que o seu “congresso de adivinhadores” soubesse o que ele havia sonhado. Afinal, eles não eram adivinhos? Então, que adivinhassem. Ora! Podemos imaginar a cena:

O rei, vermelho de furioso: “Quero que me revelem qual foi o sonho que eu tive esta noite.” Os magos, tímidos: “Se o rei nos contar o sonho, nós diremos.” O rei, mais nervoso ainda: “Esqueci o sonho! Não me lembro de jeito nenhum!” Os magos, encabulados e já tremendo de medo: “Assim é impossível! Como é que nós vamos saber?” O rei, roxo de raiva: “Mas vocês não são adivinhos? Pra que servem os adivinhos?” Os magos, quase desmaiando de terror: “Mas, se nem vossa majestade sabe o que sonhou, como saberemos nós?” O rei, dando pinotes de desespero: “Eu sempre desconfiei de tudo o que vocês falam! Sabem o que mais? Vocês só falam mentiras! E já que vocês não servem nem para adivinhar, então, morram todos! De hoje em diante não quero ver mais nenhum mago, encantador, feiticeiro e astrólogo no meu reino! Nenhum! Não servem pra nada!"

O rei havia se cercado de todos os meios possíveis, conhecidos na época, para estar por dentro de todos os acontecimentos, no presente e no futuro, e na hora que ele mais precisou, todos foram ineficientes. Podemos imaginar que o “congresso de adivinhos” do palácio, era uma espécie de “serviço de inteligência” do rei. Nabucodonosor, por ser um monarca pagão, idólatra, não tinha o conhecimento de que essas práticas de adivinhação são condenadas pelo Deus Altíssimo. (Confira em Dt 18:9-14)

Mas o rei continuava cabisbaixo, “encucado”: “Eu tenho certeza de que sonhei alguma coisa importante! O que será?” Quem poderia imaginar que um sonho fosse capaz de fechar o congresso? Pois, fechou! O que chama a atenção neste relato é o fato de Deus ter dado sonhos ao rei Nabucodonosor, com a finalidade de mostrar-lhe os acontecimentos que envolveriam o seu reino, bem como, outros três grandes impérios que viriam após o império babilônico.

Afinal, qual era a importância para Nabucodonosor saber com antecedência quais impérios surgiriam após o dele? Na verdade, o importante mesmo, é que o Deus Altíssimo já estava preparando o caminho para a vinda do Rei dos reis ao mundo: Jesus Cristo! E foi durante o império romano, o último, da série de visões concedidas ao rei, que Cristo nasceu!

As profecias referentes à vinda do Messias estavam por se cumprir e o Deus Altíssimo fez saber a Nabucodonosor que, independente de qualquer império existente, prevalece o que Deus determinou! Assim, o Senhor já estava apontando para a estrela de Belém, anunciando a vinda do Salvador ao mundo!

 Perceba que o conteúdo das revelações dadas por Deus a Nabucodonosor, tem a ver com a pessoa do Senhor Jesus Cristo. Não se tratava, de modo algum, de acontecimentos cotidianos, de interesse de um monarca que adorava sonhar e sair correndo atrás dos adivinhos para saber significados de sonhos!


Concluindo, o mistério envolvendo as revelações dadas por Deus a Nabuconodosor, já foi plenamente desvendado. O nascimento de Cristo, a vinda do Salvador ao mundo centraliza o propósito do Senhor: “E desvendou-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, na dispensação da plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céus como as que estão na terra.” (Ef 1:9-10)  

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