quarta-feira, 19 de junho de 2013

ABRÃO - O GUERREIRO

“Então saíram os reis de Sodoma, de Gomorra, de Admá, de Zeboim e de Belá (esta é Zoar), e se ordenaram e levantaram batalha contra eles no vale de Sidim, contra Quedorlaomer, rei de Elão, contra Tidal, rei de Goim, contra Anrafel, rei de Sinear, contra Arioque, rei de Elasar: quatro reis contra cinco. Tomaram, pois, todos os bens de Sodoma e de Gomorra, e todo o seu mantimento, e se foram. Apossaram-se também de Ló, filho do irmão de Abrão, que morava em Sodoma, e dos seus bens, e partiram. Porém veio um, que escapara, e o contou a Abrão, o hebreu; (...) Ouvindo Abrão que seu sobrinho estava preso, fez sair trezentos e dezoito homens dos mais capazes, nascidos em sua casa, e os perseguiu até Dã. E, repartidos contra eles de noite, ele e os seus homens, feriu-os e os perseguiu até Hobá, que fica à esquerda de Damasco. Trouxe de novo todos os bens, e também a Ló, seu sobrinho, os bens dele, e ainda as mulheres e o povo.” (Gn 14:8-16)

Este texto sagrado, que apresenta pessoas, reis e lugares, com nomes tão estranhos para nós, tem a finalidade de nos mostrar uma qualidade de Abrão, o servo do Senhor, qualidade essa, até então desconhecida para nós. Sim, porque estamos habituados a ver Abrão sempre fugindo de brigas, evitando desentendimentos, cedendo na maioria das vezes, como homem pacífico que era. Assim, fica difícil imaginar o pacífico Abrão, comandando uma perseguição para libertar o seu sobrinho Ló.

Houve uma guerra de quatro reis contra cinco. Abrão não tinha nada a ver com essa guerra, até o momento em que ele soube que seu sobrinho Ló havia sido levado como prisioneiro. Abrão, então, reúne o seu pequeno exército, de trezentos e dezoito homens treinados, nascidos em sua casa, e perseguiu os reis briguentos até Dã. Abrão deu uma bela surra neles e trouxe de volta o seu sobrinho, são e salvo, bem como todos os bens que haviam sido roubados e, principalmente, as pessoas. Imagino o nosso querido Abrão, retornando da batalha, vitorioso! Grande Abrão! Guerreiro valoroso!

E aqui então, fica uma grande lição para nós, cristãos! Ser cristão, não significa ser covarde. Muito menos, sujeitar-se às tiranias. Essa ideia de que o cristão precisa apanhar de todo mundo e ficar bem quietinho, por conta de um bom testemunho, não combina com as características do povo de Deus, apontadas nas Escrituras. Os mártires quando morreram, eles o fizeram em testemunho da fé. Mas, não há nenhum caso de mártir que tenha arriscado a vida por motivo fútil, ou só para mostrar como é gostoso apanhar!

Ser cristão não é ser masoquista! O mesmo Cristo que suportou a cruz, por causa dos nossos pecados, expulsou com ousadia os mercadores no templo, em defesa à santidade de Deus Pai! O cristão não pode acovardar-se diante das injustiças do mundo. O cristão não pode calar-se diante da opressão! Não pode conformar-se com a violência. É necessário que tenhamos um perfeito discernimento do nosso papel na sociedade!

Mediocridade, timidez, omissão, depreciação, sujeição às tiranias, decididamente, não fazem parte do caráter cristão! Assim, quando o grande servo de Deus, Abrão, perseguiu, valorosamente, os inimigos que tinham aprisionado seu sobrinho Ló, e lutou bravamente em defesa dos mais fracos, com certeza, ele honrou a sua fé.


Assim, nós também, como cristãos, vivemos de tal forma que, dependendo de nossas atitudes, o mundo poderá ser melhor ou pior. Se escondermos a nossa fé, agindo covardemente, o mundo será pior. Se vivenciarmos a nossa fé, com ousadia e confiança no Senhor, o mundo será influenciado por essa fé! “Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação.” (II Tm 1:7)   

Nenhum comentário:

Postar um comentário