“Nos dias em que julgavam os juízes, houve fome na terra; e um homem de Belém de Judá saiu a habitar na terra de Moabe, com sua mulher e seus dois filhos. Este homem se chamava Elimeleque, e sua mulher, Noemi; os filhos se chamavam Malom e Quiliom, efrateus, de Belém de Judá; vieram à terra de Moabe e ficaram ali. Morreu Elimeleque, marido de Noemi; e ficou ela com seus dois filhos, os quais casaram com mulheres moabitas; era o nome duma Orfa, e o nome da outra, Rute; e ficaram ali quase dez anos. Morreram também ambos, Malom e Quiliom, ficando, assim, a mulher desamparada de seus dois filhos e de seu marido. Então, se dispôs ela com as suas noras e voltou da terra de Moabe, porquanto, nesta, ouviu que o Senhor se lembrara do seu povo, dando-lhe pão”. (Rt 1:1-6)
De todos os personagens descritos no episódio bíblico acima, o mais importante é a jovem chamada Rute! Tanto que o livro traz o seu nome no título! Por quê? Você pergunta! Porque a origem de Rute retrata todos nós! Ela era moabita. Você se lembra da forma como surgiram os moabitas? Há críticos, céticos e maldosos que condenam o fato de que uma jovem moabita tenha sido chamada pelo Deus Altíssimo para fazer parte da genealogia de Cristo! Mas não é justamente esse o propósito maravilhoso do Senhor em resgatar a humanidade?
Quando Ló, sobrinho de Abraão, foi arrancado de Sodoma e Gomorra pelos anjos vingadores, enviados para julgar essas cidades, destruindo-as com fogo e enxofre, apenas três pessoas escaparam da destruição: Ló e suas duas filhas que acabaram isolados num lugar quase inabitável! Nesse clima, as filhas decidiram gerar do próprio pai, cada uma o seu descendente para que o nome deles não desaparecesse da terra! Foi incesto? Foi. Mas foi também mais uma tentativa de Satanás procurar impedir que Aquele (Cristo) que esmagaria sua cabeça viesse ao mundo! Podemos aqui imaginar a alegria dos infernos, o regozijo do maligno, criando uma situação que pudesse evitar o Nascimento de Cristo!
E foi assim que a filha primogênita de Ló concebeu e deu à luz um filho a quem deu o nome de Moabe, origem dos moabitas, de cujo povo, Rute pertencia! (Leia todo registro em Gênesis capítulo dezenove) Podemos imaginar também o Deus Altíssimo, olhando nos Seus registros eternos, já preparando a linda História da Redenção e comentando: Sabem aonde vou buscar uma linda jovem que fará parte da genealogia do Meu Filho Amado? Lá em Moabe! Rute, esse é o nome da moça! E esse fato retrata muito bem a essência da Graça de Deus! E vemos também, a forma como o Deus Altíssimo detona as armadilhas satânicas!
Por acaso você está assim meio confuso devido a esses fatos? Não deveria! Ora, eu e você estávamos na mesma situação de Rute! Pecadores, indignos, mergulhados no lamaçal de pecados, já condenados, caminhando rapidamente e de forma definitiva para a sentença “banidos da face de Deus". E eis que o Deus Altíssimo, em Sua Graça Redentora, estende a Sua Mão, dissipa as trevas, e prepara o caminho para a redenção humana! Satanás sempre se equivocou quando achou que induziria a humanidade a pecar tanto, tanto, mas tanto, que isso, por si só, tornaria impossível que o Senhor nos alcançasse com a Sua Graça. Entretanto, veja o que o registro sagrado diz: “... mas onde abundou o pecado, superabundou a graça, a fim de que, como o pecado reinou pela morte, assim também reinasse a graça pela justiça para a vida eterna, mediante Jesus Cristo, nosso Senhor”. (Rm 5:20-21)
Também é fundamental entendermos que a manifestação da graça de Deus, não significa que Ele fez qualquer tipo de acordo com o pecado! Não! De maneira nenhuma! Isso afetaria a Justiça e Santidade do Senhor! Assim, quando Cristo, o Redentor e Salvador veio a este mundo, dirigiu-se à Cruz e ali, recebeu sobre Si, todos os pecados da humanidade, fato testificado por João Batista quando afirmou: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. (Jo 1:29) Assim, Cristo expiou nossos pecados, por isso Deus Pai pode nos receber! O Deus Altíssimo abre Seus braços para os pecadores lavados e purificados no sangue de Cristo, porque nossos pecados foram expiados na cruz de Cristo! Pecadores arrependidos, sim! Pecados, não!
“... tendo em vista a manifestação da sua justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele que tem fé em Jesus”. (Rm 3:26)
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