“Saíram todos os filhos de Israel, e a congregação se ajuntou perante o Senhor em Mispa, como se fora um só homem, desde Dã até Berseba, como também a terra de Gileade. Os príncipes de todo o povo e todas as tribos de Israel se apresentaram na congregação do povo de Deus. Havia quatrocentos mil homens de pé que puxavam da espada. [...] Assim, se ajuntaram contra esta cidade todos os homens de Israel, unidos como um só homem. As tribos de Israel enviaram homens por toda a tribo de Benjamim, para lhe dizerem: Que maldade é essa que se fez entre vós? Dai-nos, agora, os homens, filhos de Belial, que estão em Gibeá, para que os matemos e tiremos de Israel o mal; porém Benjamim não quis ouvir a voz de seus irmãos, os filhos de Israel. Antes, os filhos de Benjamim se ajuntaram, vindos das cidades em Gibeá, para saírem a pelejar contra os filhos de Israel”. (Jz 20:1-14)
O relato bíblico acima, nos mostra a reação e o desejo de justiça que se acendeu no coração das onze tribos de Israel, diante do ultraje cometido contra o levita e sua concubina quando buscaram hospedagem nas cidades de Benjamim, que também fazia parte de Israel (doze tribos). O que, afinal, aconteceu com os benjamitas? Eram também israelitas ou não? Entendo que, nessa ocasião, eles se sentiram mais egípcios do que israelitas! Vamos lembrar que Benjamim foi filho de Jacó, que o escolheu para fazer parte das tribos de Israel. Ele, Benjamim, irmão mais novo de José foi criado sob influência egípcia, aliás, como todos os filhos de Jacó. Entendo que essa amizade e convivência com povos pagãos, influenciavam o comportamento dos israelitas!
Observe que os israelitas pediram a seus irmãos benjamitas, apenas os “homens de Belial” para fazerem justiça! Não estavam interessados numa guerra contra toda a tribo de Benjamim! Porém, seus irmãos benjamitas aliaram-se aos inimigos para pelejaram contra Israel! Todo o exército de Israel contava com quatrocentos mil soldados! Já o exército de Benjamim, apenas vinte e seis mil e setecentos homens de guerra! Ou seja, se Israel usasse todo o seu potencial de uma só vez, fariam “bifinhos” do exército benjamita, não é?
Entretanto, o Deus Altíssimo não permitiu o uso desproporcional de força. Foram três ataques e só no terceiro embate, Israel venceu a ponto de dizimar a tribo de Benjamim! Penso que “os homens de Belial” estivessem entre os mortos. Na seqüência, quando os israelitas perceberam que haviam eliminado uma de suas tribos, isso pesou no coração, incomodou a tal ponto que, do restante que sobrou (seiscentos benjamitas), decidiram ajudá-los a reconstruir sua tribo.
Diante de toda essa situação, pergunto: Por que Israel esperou acontecer toda essa tragédia que resultou em ultraje, guerra, mortes, destruição e julgamento, para só depois tomar uma atitude condizente ao povo de Deus? É necessário vigilância! Os cristãos precisam aprender a zelar pelos ensinos e obediência das Escrituras enquanto é tempo! Não permitir que “os filhos de Belial” influenciem ou submetam o povo de Deus a seus costumes malignos! Cristo já nos alertou sobre esta questão! Sabe como o joio apareceu no meio do trigo? Enquanto os semeadores dormiam! O texto diz: “Outra parábola lhes propôs, dizendo: O reino dos céus é semelhante a um homem que semeou boa semente no seu campo; mas, enquanto os homens dormiam, veio o inimigo dele, semeou o joio no meio do trigo e retirou-se. E, quando a erva cresceu e produziu fruto, apareceu também o joio”. (Mt 13:24-30)
Após as tribos de Israel terem sido sacudidas pelo ultraje cometido contra “o levita e sua concubina”, as onze tribos uniram-se como um só homem e apresentaram-se para a batalha! Entendo que não é sábio deixar o mal acontecer primeiro, por negligência e, só depois da tragédia, tomar uma atitude! Entretanto, a reação do povo israelita me surpreende! Gostei! O que eu não aprovo é quando os cristãos assumem posicionamento de omissão, timidez e “deixa como está pra ver como é que fica”, enquanto os “filhos de Belial” ficam soltos, achando que são os donos da situação e impondo terror àqueles que lhes são contrários! Não devemos esquecer que o Deus Altíssimo é o Senhor dos Exércitos! Somos convocados para vigiar, não dormir!
“Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia, mas de poder, de amor e de moderação”. (I Tm 1:7)
“A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela”. (Jo 1:5)
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