“Quando desceu Moisés do monte Sinai, tendo nas mãos as duas tábuas do Testemunho, sim, quando desceu do monte, não sabia Moisés que a pele do seu rosto resplandecia, depois de haver Deus falado com ele. Olhando Arão e todos os filhos de Israel para Moisés, eis que resplandecia a pele do seu rosto; e temeram chegar-se a ele. Então, Moisés os chamou; Arão e todos os príncipes da congregação tornaram a ele, e Moisés lhes falou. Depois, vieram também todos os filhos de Israel, aos quais ordenou ele tudo o que o Senhor lhe falara no monte Sinai. Tendo Moisés acabado de falar com eles, pôs um véu sobre o rosto. Porém, vindo Moisés perante o Senhor para falar-lhe, removia o véu até sair; e, saindo, dizia aos filhos de Israel tudo o que lhe tinha sido ordenado”. (Êx 34:29-34)
Este relato sagrado acima, mostra-nos como era um culto de adoração e exposição da palavra do Deus Altíssimo ao povo, por ocasião da peregrinação dos filhos de Israel no deserto. Hoje, temos o seguinte: uma construção de igreja física, um púlpito, um pastor ou padre, um público que se faz presente para ouvir, respeitosamente, o “sermão”! Imagine se, este pastor ou padre aparecesse e dissesse: Acabei de falar com Deus e Ele me disse para transmitir Suas palavras a vocês, meus irmãos! E, eis que cada um de nós olhássemos para rosto deles, e ohhhhhhhh!... Seus rostos estivessem resplandecentes! Conclusão: Diríamos, “diante desse espetáculo, dá para ter certeza de que Deus falou com ele de verdade”.
Por que hoje não é assim? Resposta: Porque “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do Unigênito do Pai”. (Jo 1:14) “Porque a Palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração. E não há criatura que não seja manifesta na sua presença; pelo contrário, todas as cousas estão descobertas e patentes aos olhos daquele a quem temos de prestar contas”. (Hb 4:12-13)
Alguém talvez pense: “Mas seria bom se o rosto dos pregadores resplandecesse”! Algumas considerações sobre isso: Primeiro, o rosto de Moisés resplandecia, “depois de haver Deus falado com ele”. Então, o brilho é do Deus Altíssimo, não de Moisés! Segundo, quando Moisés se retirava da presença do Senhor, o brilho, aos poucos, se desvanecia, era transitório. Terceiro, Moisés colocava um véu sobre o rosto porque o povo e até os líderes tinham medo de se aproximar dele. Quarto, todos os ensinamentos a respeito desse assunto, estão claramente expostos em II Coríntios 3:1-18) É importante ler, pois o texto explica que, hoje, os que crêem em Cristo, recebem o Espírito Santo que é presença permanente em nossas vidas e faz resplandecer em nós a glória do Deus Altíssimo!
Sem desmerecer a experiência gloriosa que Moisés, o servo do Deus Altíssimo, vivenciou em seu ministério, chama-me a atenção o descaso de alguns “cristãos” no que diz respeito à função que Cristo nos outorgou de sermos “a luz do mundo”! Vivemos numa sociedade que grita, sofre e vive em trevas, precisando da Luz de Cristo, e somos nós os transmissores dessa luz; pois foi o próprio Cristo que nos ordenou “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura”. (Mc 16:15) E mais: “... para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo”. (Fp 2:15) E mais ainda: “ Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus”. (Mt 5:16)
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