“Disse o Senhor a Moisés: Dize a Arão: Estende a tua vara e fere o pó da terra, para que se torne em piolhos por toda a terra do Egito. Fizeram assim; Arão estendeu a mão com sua vara e feriu o pó da terra, e houve muitos piolhos nos homens e no gado; todo o pó da terra se tornou em piolhos por toda a terra do Egito. E fizeram os magos o mesmo com suas ciências ocultas para produzirem piolhos, porém não o puderam; e havia piolhos nos homens e no gado. Então, disseram os magos a Faraó: Isso é o dedo de Deus. Porém o coração de Faraó se endureceu, e não os ouviu, como o Senhor tinha dito”. (Êx 8:16-19)
Esta terceira praga, a dos
piolhos, tem algumas características diferentes das duas primeiras: Faraó não
foi avisado com antecedência, o cajado de Arão foi direcionado ao pó da terra e
não às águas como nas outras, os magos com suas ciências ocultas não
conseguiram “fabricar” piolhos, acabaram por reconhecer e avisaram Faraó,
afirmando: Isso é o dedo de Deus, além do que, Faraó preferiu “ficar se
coçando” desesperadamente, do que pedir socorro ao Senhor! E não deixou os
hebreus partirem!
Então, era como se o Deus
Altíssimo preparasse outro dardo – ah é? Faraó, Faraó, você está teimando
ainda? Espere para ver! Perceba que os próprios magos, operadores de sinais com
suas ciências ocultas, obras satânicas e das trevas, reconheceram que não
podiam lutar contra o Senhor e disseram: Isso é o dedo de Deus. Era como se
dissessem: Imagine o que virá depois! Porém, nesse momento, Faraó não deu
ouvidos aos seus prestativos magos e teimou sozinho: Não deixo, não deixo e não
deixo!
Penso o quanto deve ter sido
incomodativo para o povo egípcio e até para os animais, assim como, para o
próprio Faraó e seus oficiais, ficarem sob o comando dos piolhos, sabe-se lá
por quantos dias, tomando banho o tempo todo, quem sabe até nas águas do rio,
passando repelentes (se houvesse na época) ou usando poções de ervas, coçando
aqui, coçando ali, não conseguiam nem conversar direito, muito menos, se
alimentar, pois corriam o risco de engolir alguns piolhinhos. Insuportável!
E tudo por quê? Porque Faraó
achava que podia muito bem enfrentar o Deus Altíssimo! É como se dissesse: O
quê? Ficar sem meus escravos hebreus? Eles já estão conosco há mais de
quatrocentos anos! Nossa mão-de-obra gratuita! Quem vai trabalhar para nós?
Vamos ter que pegar em ferramentas, enxadas, foices, cutelos e sabe-se mais o
quê? Minhas mãos calejadas? Não, não e não!
É necessário entender que a
humanidade, ou parte dela, coloca-se diante do Deus Altíssimo, comportando-se
exatamente como Faraó! Querem teimar com Deus! Acham que sabem mais que o
Senhor! Rejeitam o que Ele estabelece! Pensam que o Senhor até entende de
várias coisas, porém, de governo, leis e como se aproveitar dos outros,
escravizar os povos, promover injustiças, acolher orgulho, inveja, prepotência,
dessas coisas Ele não entende nada! É assunto nosso e só os políticos, reis e
magistrados que devem cuidar de como se aproveitar dos mais fracos! Naturalmente
que o mal, injustiça e toda forma de orgulho e opressão são abomináveis ao
Senhor!
Faraó era tão religioso, mas
tão religioso que não se contentava com um só deus! Ele tinha muitos deuses!
Idolatria para ele era o alimento diário! Por isso, o Deus Altíssimo arregaçou
as mangas e foi encarar Faraó, bem decidido: Era como se dissesse: Mas nem que
Eu tenha que derramar dez pragas sobre esse “cabeçudo” ele vai ter que me
engolir! Pena que o povo egípcio e os animais sofriam juntos! Os povos, como
rebanhos, sofrem quando os que os conduzem não obedecem ao Deus Altíssimo!
“A tua destra, ó Senhor, é
gloriosa em poder; a tua destra, ó Senhor, despedaça o inimigo. Na grandeza da
tua excelência, derribas os que se levantam contra ti; envias o teu furor, que
os consome como restolho. Ó Senhor, quem é como tu entre os deuses? Quem é como
tu, glorificado em santidade, terrível em feitos gloriosos, que operas
maravilhas?”. (Êx 15:6, 7,11)
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