quarta-feira, 12 de agosto de 2020

FILHO ÚNICO

 

“Depois dessas cousas, pôs Deus Abraão à prova e lhe disse: Abraão! Este lhe respondeu: Eis-me aqui! Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei”. (Gn 22:1-2)

 

Este relato bíblico apresenta um acontecimento envolvendo Abraão e seu filho único, Isaque, numa cena que faz doer o coração de quem lê o texto. É difícil, pesado, humanamente incompreensível, pois todos sabemos a história de Abraão, a luta que foi aguardar o cumprimento da promessa que lhe foi feita pelo Deus Altíssimo!

 

Qual foi a promessa? Que de Abraão, do seu descendente, o Deus Altíssimo faria uma grande nação, Israel, e que essa nação seria uma bênção para todos os povos! Abraão tinha cem anos quando Isaque nasceu! A promessa se cumpriu, nasceu o menino, cresceu, ficou adolescente e Abraão sentia-se feliz, realizado quando ouvia as gargalhadas do menino se desenvolvendo maravilhosamente!

 

Eis que então, assim, como se quisesse jogar um balde de água fria na felicidade de Abraão, o Deus Altíssimo decide colocá-lo à prova e determina que: Quero que você vá a Moriá e num dos montes do lugar, prepare um altar, e ofereça-me seu único filho em holocausto, vou lhe mostrar qual o monte; e ainda faz questão de salientar “Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas...”

 

Humanamente falando, fica difícil entender e aceitar tal determinação! Muitos comentários são feitos, críticas, censuras e, sobretudo os céticos aproveitam a situação para ironizar os cristãos e todos os que seguem as Escrituras Sagradas. É como se dissessem: Estão vendo só o absurdo?

 

Acontece, que somente quem tem o entendimento espiritual e o conhecimento profundo dos registros sagrados é que consegue ver nesse episódio a revelação mais significativa dos propósitos do Deus Altíssimo! É bom lembrar que no momento crucial, quando Abraão estava levantando o cutelo para imolar o próprio e único filho, houve o brado divino: Pare! Não faça isso! Agora conheço a sua fé!

 

Este acontecimento está diretamente ligado à Cruz de Cristo! Ali, Deus Pai está oferecendo Seu amado Filho Unigênito como Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo! Único Filho sendo oferecido como holocausto em expiação pelos pecados da humanidade! E não houve brado nenhum, nem no céu, nem na terra, que pudesse impedir que tal sacrifício fosse executado!

 

Onde está agora a argumentação dos céticos, incrédulos e zombadores? Qual é a resposta que explica tal gesto do Deus Altíssimo? Eis a resposta: Amor! “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. (Jo 3:16)

 

Até podemos ler, nas entrelinhas, como se o Deus Altíssimo conversasse com Abraão: Meu querido servo, não é você quem vai sacrificar seu único filho! Essa tarefa é Minha! Só quero que você entenda que é desse sacrifício que todas as nações serão abençoadas! Meu Filho vencerá a morte! E todos os que nEle crêem, vencerão também!

 

“Porquanto há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus” (I Tm 2:5)

 

 

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