“Depois dessas cousas, pôs Deus Abraão à prova e lhe disse: Abraão! Este lhe respondeu: Eis-me aqui! Acrescentou Deus: Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá; oferece-o ali em holocausto, sobre um dos montes, que eu te mostrarei”. (Gn 22:1-2)
Este relato bíblico
apresenta um acontecimento envolvendo Abraão e seu filho único, Isaque, numa
cena que faz doer o coração de quem lê o texto. É difícil, pesado, humanamente
incompreensível, pois todos sabemos a história de Abraão, a luta que foi
aguardar o cumprimento da promessa que lhe foi feita pelo Deus Altíssimo!
Qual foi a promessa? Que de
Abraão, do seu descendente, o Deus Altíssimo faria uma grande nação, Israel, e
que essa nação seria uma bênção para todos os povos! Abraão tinha cem anos
quando Isaque nasceu! A promessa se cumpriu, nasceu o menino, cresceu, ficou
adolescente e Abraão sentia-se feliz, realizado quando ouvia as gargalhadas do
menino se desenvolvendo maravilhosamente!
Eis que então, assim, como
se quisesse jogar um balde de água fria na felicidade de Abraão, o Deus
Altíssimo decide colocá-lo à prova e determina que: Quero que você vá a Moriá e
num dos montes do lugar, prepare um altar, e ofereça-me seu único filho em
holocausto, vou lhe mostrar qual o monte; e ainda faz questão de salientar
“Toma teu filho, teu único filho, Isaque, a quem amas...”
Humanamente falando, fica
difícil entender e aceitar tal determinação! Muitos comentários são feitos,
críticas, censuras e, sobretudo os céticos aproveitam a situação para ironizar
os cristãos e todos os que seguem as Escrituras Sagradas. É como se dissessem:
Estão vendo só o absurdo?
Acontece, que somente quem
tem o entendimento espiritual e o conhecimento profundo dos registros sagrados
é que consegue ver nesse episódio a revelação mais significativa dos propósitos
do Deus Altíssimo! É bom lembrar que no momento crucial, quando Abraão estava
levantando o cutelo para imolar o próprio e único filho, houve o brado divino: Pare!
Não faça isso! Agora conheço a sua fé!
Este acontecimento está
diretamente ligado à Cruz de Cristo! Ali, Deus Pai está oferecendo Seu amado
Filho Unigênito como Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo! Único Filho
sendo oferecido como holocausto em expiação pelos pecados da humanidade! E não
houve brado nenhum, nem no céu, nem na terra, que pudesse impedir que tal
sacrifício fosse executado!
Onde está agora a
argumentação dos céticos, incrédulos e zombadores? Qual é a resposta que
explica tal gesto do Deus Altíssimo? Eis a resposta: Amor! “Porque Deus amou ao
mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele
crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. (Jo 3:16)
Até podemos ler, nas
entrelinhas, como se o Deus Altíssimo conversasse com Abraão: Meu querido
servo, não é você quem vai sacrificar seu único filho! Essa tarefa é Minha! Só
quero que você entenda que é desse sacrifício que todas as nações serão
abençoadas! Meu Filho vencerá a morte! E todos os que nEle crêem, vencerão
também!
“Porquanto há um só Deus e
um só mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus” (I Tm 2:5)
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