“Quando atingiu Abrão a
idade de noventa e nove anos, apareceu-lhe o Senhor e disse-lhe: Eu sou o Deus
Todo Poderoso; anda na minha presença e sê perfeito, farei uma aliança entre
mim e ti e te multiplicarei extraordinariamente.
Prostrou-se Abrão, rosto em
terra, e Deus lhe falou: Quanto a mim, será contigo a minha aliança; serás pai
de numerosas nações. Abrão já não será o teu nome e sim Abraão; porque por pai
de numerosas nações te constituí. Far-te-ei fecundo extraordinariamente, de ti
farei nações, e reis procederão de ti. Estabelecerei a minha aliança entre mim
e ti e a tua descendência no decurso das suas gerações, aliança perpétua, para
ser o teu Deus e da tua descendência. Dar-te-ei e à tua descendência a terra
das tuas peregrinações, toda a terra de Canaã, em possessão perpétua, e serei o
seu Deus”. (Gn 17:1-8)
Você deve ler o capítulo
todo do texto bíblico indicado acima, pois você notará que o Deus Altíssimo fez
uma aliança perpétua com Abraão, envolvendo vários pontos. Temos, pelo menos,
treze promessas, entre admoestações, orientações e ritos. Faremos um destaque
na instituição da prática da circuncisão, pois foi a primeira providência que
Abraão tomou, logo após as instruções divinas.
Ele reuniu todos os machos
incluindo meninos, adolescentes, escravos e os homens adultos. Todos foram
circuncidados, inclusive o próprio Abraão e seu filho Ismael, o que se tornou
prática em Israel a partir do oitavo dia do nascimento dos meninos, como sinal
da aliança firmada entre o Deus Altíssimo e Abraão.
Resta entendermos qual é a importância de tal
ordenança para o povo judeu e o que essa prática representa para o cristão, hoje.
Para os judeus, o sentido está claro. É o sinal do Concerto Abraâmico. Servia
também, como identificação da sua origem judaica. Era um sinal físico, real,
que por seu significado, seria sempre lembrado.
Mas, há também o sentido
espiritual, claramente exposto em Atos 7:51: ”Homens de dura cerviz e
incircuncisos de coração e de ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito Santo;
assim como fizeram vossos pais, também vós o fazeis”. Aqui, há uma clara evidência de que a prática
da circuncisão apenas no aspecto físico, perde o seu sentido.
Perceba também, em vários
textos sagrados, principalmente no Novo Testamento, como as orientações
vinculadas a esse tema, focalizam as obras da carne como: “Nele (Cristo),
também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do
corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo”. “Fazei, pois,
morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva,
desejo maligno e a avareza, que é idolatria [...] e vos revestistes do novo
homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o
criou; no qual não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão,
bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos”. (Cl 2:11; 5:10-11)
Assim, fica bem claro o
propósito do Deus Altíssimo, condição fundamental para termos comunhão com Ele:
Santidade, pureza, pois, para isso, Cristo nos Libertou!
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