quarta-feira, 10 de junho de 2020

PACTO DE SANTIFICAÇÃO


                                   
“Quando atingiu Abrão a idade de noventa e nove anos, apareceu-lhe o Senhor e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo Poderoso; anda na minha presença e sê perfeito, farei uma aliança entre mim e ti e te multiplicarei extraordinariamente.
Prostrou-se Abrão, rosto em terra, e Deus lhe falou: Quanto a mim, será contigo a minha aliança; serás pai de numerosas nações. Abrão já não será o teu nome e sim Abraão; porque por pai de numerosas nações te constituí. Far-te-ei fecundo extraordinariamente, de ti farei nações, e reis procederão de ti. Estabelecerei a minha aliança entre mim e ti e a tua descendência no decurso das suas gerações, aliança perpétua, para ser o teu Deus e da tua descendência. Dar-te-ei e à tua descendência a terra das tuas peregrinações, toda a terra de Canaã, em possessão perpétua, e serei o seu Deus”. (Gn 17:1-8)

Você deve ler o capítulo todo do texto bíblico indicado acima, pois você notará que o Deus Altíssimo fez uma aliança perpétua com Abraão, envolvendo vários pontos. Temos, pelo menos, treze promessas, entre admoestações, orientações e ritos. Faremos um destaque na instituição da prática da circuncisão, pois foi a primeira providência que Abraão tomou, logo após as instruções divinas.

Ele reuniu todos os machos incluindo meninos, adolescentes, escravos e os homens adultos. Todos foram circuncidados, inclusive o próprio Abraão e seu filho Ismael, o que se tornou prática em Israel a partir do oitavo dia do nascimento dos meninos, como sinal da aliança firmada entre o Deus Altíssimo e Abraão.

 Resta entendermos qual é a importância de tal ordenança para o povo judeu e o que essa prática representa para o cristão, hoje. Para os judeus, o sentido está claro. É o sinal do Concerto Abraâmico. Servia também, como identificação da sua origem judaica. Era um sinal físico, real, que por seu significado, seria sempre lembrado.

Mas, há também o sentido espiritual, claramente exposto em Atos 7:51: ”Homens de dura cerviz e incircuncisos de coração e de ouvidos, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim como fizeram vossos pais, também vós o fazeis”.  Aqui, há uma clara evidência de que a prática da circuncisão apenas no aspecto físico, perde o seu sentido.

Perceba também, em vários textos sagrados, principalmente no Novo Testamento, como as orientações vinculadas a esse tema, focalizam as obras da carne como: “Nele (Cristo), também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo”. “Fazei,  pois,  morrer a vossa natureza terrena: prostituição, impureza, paixão lasciva, desejo maligno e a avareza, que é idolatria [...] e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou; no qual não pode haver grego nem judeu, circuncisão nem incircuncisão, bárbaro, cita, escravo, livre; porém Cristo é tudo em todos”. (Cl 2:11; 5:10-11)

Assim, fica bem claro o propósito do Deus Altíssimo, condição fundamental para termos comunhão com Ele: Santidade, pureza, pois, para isso, Cristo nos Libertou!




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