“Apareceu o Senhor a Abraão nos carvalhais de Manre, quando
ele estava assentado à entrada da tenda, no maior calor do dia. Levantou ele os
olhos, olhou, e eis três homens de pé em frente dele. Vendo-os, correu da porta
da tenda ao seu encontro, prostrou-se em terra e disse: Senhor meu, se acho
mercê em tua presença, rogo-te que não passes do teu servo; traga-se um pouco
de água, lavai os pés e repousai debaixo desta árvore; trarei um bocado de pão;
refazei as vossas forças, visto que chegastes até vosso servo; depois,
seguireis avante. Responderam: Faze como disseste. Apressou-se, pois, Abraão
para a tenda de Sara e lhe disse: Amassa depressa três medidas de flor de
farinha e faze pão assado ao borralho. Abraão, por sua vez, correu ao gado,
tomou um novilho, tenro e bom, e deu-o ao criado, que se apressou em
prepará-lo. Tomou também coalhada e leite e o novilho que mandara preparar e
pôs tudo diante deles; e permaneceu de pé junto a eles debaixo da árvore; e
eles comeram”. (Gn 18:1-8)
No texto sagrado acima, aparecem, pelo menos três questões
importantes e profundas para entendermos e sermos abençoados por elas: A
primeira é a forma que o Deus Altíssimo usou para fazer uma visita a Abraão. Abraão viu três homens de pé em frente dele.
Eram homens ou anjos? Pelo que lemos em Hebreus 13:2, eram anjos: “Não
negligencieis a hospitalidade, pois alguns, praticando-a, sem o saber acolheram
anjos”. Porém, em forma de homens!
Teofania, é a expressão usada para explicar as várias formas
ou maneiras usadas pelo Deus Altíssimo para se manifestar aos homens. Você
encontrará nas Escrituras inúmeras delas! Mas, a mais importante é: “E o verbo
se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua
glória, glória como do unigênito do Pai”. (Jo 1:14) Ou seja: Cristo Jesus!
A segunda questão é que Abraão teve o discernimento
necessário para identificar aqueles três homens como a presença do Deus
Altíssimo! Ele correu ao encontro deles e se prostrou, dizendo: Senhor meu... ,
na sequência você percebe um diálogo entre o Senhor e Abraão.
Porém, a terceira questão é a que mais impressiona, pois
apresenta um verdadeiro corre-corre entre Abraão, Sara e o criado, no sentido
de preparar uma refeição para os hóspedes divinos. Mas, Deus precisa de comida?
Podemos imaginar Abraão dizendo: Sara, faça pães assados na brasa enquanto eu
vou escolher um novilho dos bons e o meu criado vai prepará-lo no capricho e
quero também coalhada e leite e, por favor, rápido.
Aqui está água fresquinha, lavem os pés e as mãos,
refresquem-se, sentem-se debaixo desta árvore, aproveitem a sombra e vamos
conversar enquanto a comida fica pronta, certo? E finalmente, é como se
ouvíssemos Abraão dizer: O almoço está pronto! Sirvam-se! E o texto completa:
...e eles comeram!
Eu fico muito contente com este fato! Não sei por que, mas
temos uma mania de pensar que comida é coisa só aqui deste mundo! E pronto!
Morreu? Acabou a comida. Imaginamos multidões andando por ruas floridas,
levando palmas nas mãos, cantando aleluia sem parar, sorrindo umas para as
outras, mas, almoço, jantar, lanche que é bom, nada!
Será que é isso? Alguns argumentam: Seremos seres
espirituais, pra que comida? A é? E a ressurreição? Teremos corpos à semelhança
do corpo do Cristo ressurreto, lembra? Quando Cristo, já ressuscitado apareceu
para os discípulos e vendo a incredulidade deles, perguntou: “...Tendes aqui
alguma coisa que comer? Então, eles lhe apresentaram um pedaço de peixe assado
e um favo de mel. E ele comeu na presença deles”. (Lc 24:41-43) Isso prova que
é possível sim, apreciarmos uma boa refeição, mesmo na eternidade e com corpos
glorificados à semelhança de Cristo!
Bem, eu não sei o que você acha disso, mas, particularmente,
entendo que as coisas preciosas e gostosas que o Deus Altíssimo preparou para
nós, são eternas!
“Então, me falou o anjo: Escreve: Bem-aventurados aqueles que
são chamados
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