“Veio, pois, a palavra do Senhor a Jeremias, da
parte do Senhor, dizendo: Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Eu fiz aliança
com vossos pais, no dia em que os tirei da terra do Egito, da casa da servidão,
dizendo: Ao fim de sete anos, libertareis cada um a seu irmão hebreu, que te
for vendido a ti e te houver servido seis anos, e despedi-lo-ás forro; mas
vossos pais não me obedeceram, nem inclinaram os ouvidos a mim. [...] Portanto,
assim diz o Senhor: Vós não me obedecestes, para apregoardes a liberdade, cada
um a seu irmão e cada um ao seu próximo; pois eis que eu vos apregoo a
liberdade, diz o Senhor, para a espada, para a peste e para a fome; farei que
sejais um espetáculo horrendo para todos os reinos da terra”. (Jr 34:12-14 e
17)
A humanidade levou muito tempo para reconhecer
que a escravidão deveria ser abolida. Na verdade, em certo sentido, a
escravidão nunca acabou. O ser humano continua a ser dividido entre dois
grupos: Dominador ou Subjugado! Senhor ou Servo! Opressor ou Oprimido! Portanto,
a humanidade vive um dilema: por um lado, todos desejam a justiça, igualdade e
liberdade, mas, por outro lado, o próprio ser humano não perde a oportunidade
de dominar de alguma maneira os mais fracos.
É necessário e fundamental para a sobrevivência
da própria espécie humana, que haja conhecimento oriundo das Escrituras a
respeito do que o Deus Altíssimo ensina sobre essa questão. O povo de Israel
recebeu de Deus orientações bem claras no sentido de não escravizar seus
próprios irmãos, nem oprimir aos estrangeiros que habitavam no meio deles. Afinal,
os judeus conheciam muito bem os horrores da escravidão, pois passaram por essa
experiência no Egito, quando lá peregrinaram como estrangeiros e serviram como
escravos por quatrocentos anos.
Ninguém gosta de viver essa experiência de ser
subordinado a alguém, principalmente com injustiça e humilhação. Por que,
então, existe essa tendência de oprimir ao próximo? Perceba que existe em nós a
ganância, a ambição, a vontade de exercer o poder e o domínio sobre os demais.
O que leva o ser humano a se tornar tão desumano assim?
E a resposta é: Quando as pessoas se afastam de
Deus e de Seus ensinamentos, esse afastamento abre as portas para tornar o
convívio humano uma verdadeira guerra, onde todos perdem! A Palavra do Senhor
ensina que o trabalhador é digno de seu salário! Portanto, é necessário que
haja trabalho e também salário! Ambos precisam ser valorizados. Neste contexto,
o patrão que gera o emprego, também precisa ser respeitado e valorizado. O
patrão precisa do empregado tanto quanto este precisa daquele! A sociedade
aprendeu essa lição ainda que por força de Lei e Fiscalização! Mas o cristão
aprendeu essa lição com o Deus Altíssimo.
Importante é também reconhecer que existe a
escravidão espiritual. Esta é a mais perigosa, pois escraviza o ser humano ao
pecado, às trevas e à condenação eterna. Porém, graças ao Deus Altíssimo, essa
escravidão foi abolida na Cruz do Calvário, onde Cristo rompeu os grilhões do
pecado, levando sobre Si as nossas culpas, transgressões e assim pode nos
garantir: “Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo
do pecado. [...] Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis
livres”. (Jo 8:34, 36)
“Agora, porém, libertados do pecado, transformados
em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida
eterna; porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a
vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”. (Rm 6:22-23)
Assim, só será possível ao ser humano amar a
liberdade, viver a liberdade e promover a liberdade, se conhecer a liberdade
que Cristo oferece e ser libertado por Ele!
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