terça-feira, 16 de outubro de 2018

DOMINADOR OU SUBJUGADO


“Veio, pois, a palavra do Senhor a Jeremias, da parte do Senhor, dizendo: Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Eu fiz aliança com vossos pais, no dia em que os tirei da terra do Egito, da casa da servidão, dizendo: Ao fim de sete anos, libertareis cada um a seu irmão hebreu, que te for vendido a ti e te houver servido seis anos, e despedi-lo-ás forro; mas vossos pais não me obedeceram, nem inclinaram os ouvidos a mim. [...] Portanto, assim diz o Senhor: Vós não me obedecestes, para apregoardes a liberdade, cada um a seu irmão e cada um ao seu próximo; pois eis que eu vos apregoo a liberdade, diz o Senhor, para a espada, para a peste e para a fome; farei que sejais um espetáculo horrendo para todos os reinos da terra”. (Jr 34:12-14 e 17)

A humanidade levou muito tempo para reconhecer que a escravidão deveria ser abolida. Na verdade, em certo sentido, a escravidão nunca acabou. O ser humano continua a ser dividido entre dois grupos: Dominador ou Subjugado! Senhor ou Servo! Opressor ou Oprimido! Portanto, a humanidade vive um dilema: por um lado, todos desejam a justiça, igualdade e liberdade, mas, por outro lado, o próprio ser humano não perde a oportunidade de dominar de alguma maneira os mais fracos.

É necessário e fundamental para a sobrevivência da própria espécie humana, que haja conhecimento oriundo das Escrituras a respeito do que o Deus Altíssimo ensina sobre essa questão. O povo de Israel recebeu de Deus orientações bem claras no sentido de não escravizar seus próprios irmãos, nem oprimir aos estrangeiros que habitavam no meio deles. Afinal, os judeus conheciam muito bem os horrores da escravidão, pois passaram por essa experiência no Egito, quando lá peregrinaram como estrangeiros e serviram como escravos por quatrocentos anos.

Ninguém gosta de viver essa experiência de ser subordinado a alguém, principalmente com injustiça e humilhação. Por que, então, existe essa tendência de oprimir ao próximo? Perceba que existe em nós a ganância, a ambição, a vontade de exercer o poder e o domínio sobre os demais. O que leva o ser humano a se tornar tão desumano assim?

E a resposta é: Quando as pessoas se afastam de Deus e de Seus ensinamentos, esse afastamento abre as portas para tornar o convívio humano uma verdadeira guerra, onde todos perdem! A Palavra do Senhor ensina que o trabalhador é digno de seu salário! Portanto, é necessário que haja trabalho e também salário! Ambos precisam ser valorizados. Neste contexto, o patrão que gera o emprego, também precisa ser respeitado e valorizado. O patrão precisa do empregado tanto quanto este precisa daquele! A sociedade aprendeu essa lição ainda que por força de Lei e Fiscalização! Mas o cristão aprendeu essa lição com o Deus Altíssimo.

Importante é também reconhecer que existe a escravidão espiritual. Esta é a mais perigosa, pois escraviza o ser humano ao pecado, às trevas e à condenação eterna. Porém, graças ao Deus Altíssimo, essa escravidão foi abolida na Cruz do Calvário, onde Cristo rompeu os grilhões do pecado, levando sobre Si as nossas culpas, transgressões e assim pode nos garantir: “Em verdade, em verdade vos digo: todo o que comete pecado é escravo do pecado. [...] Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres”. (Jo 8:34, 36)

“Agora, porém, libertados do pecado, transformados em servos de Deus, tendes o vosso fruto para a santificação e, por fim, a vida eterna; porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”. (Rm 6:22-23)

Assim, só será possível ao ser humano amar a liberdade, viver a liberdade e promover a liberdade, se conhecer a liberdade que Cristo oferece e ser libertado por Ele!


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