“No princípio do reinado de Zedequias, filho de
Josias, rei de Judá, veio da parte do Senhor esta palavra a Jeremias: Assim me
disse o Senhor: Faze brochas e canzis, e põe-nos ao teu pescoço. E envia outros
ao rei de Edom, ao rei de Moabe, ao rei dos filhos de Amom, ao rei de Tiro, e
ao rei de Sidom, por intermédio dos mensageiros que vieram a Jerusalém ter com
Zedequias, rei de Judá. Ordena-lhes que digam aos seus senhores: Assim diz o
Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Assim direis a vossos senhores: Eu fiz
a terra, o homem e os animais que estão sobre a face da terra, com o meu grande
poder e com o meu braço estendido, e a dou àquele que for justo. Agora eu
entregarei todas estas terras ao poder de Nabucodonosor, rei de Babilônia, meu
servo; e também lhe dei os animais do campo para que o sirvam. Todas as nações
o servirão a ele, a seu filho e ao filho de seu filho, até que também chegue a
vez da sua própria terra, quando muitas nações e grandes reis o farão seu
escravo”. (Jr 27:1-7)
Achou difícil de entender o relato bíblico
acima? Sim, eu também. Mas com calma e paciência veremos que não é tão
complicado assim. As nações daquela época estavam em polvorosa! Uma ameaça
terrível estava se aproximando! Um tal de Nabucodonosor estava dominando todas
as nações daqueles continentes! E já estava perto! Numa tentativa de achar
alguma solução para evitar o domínio estrangeiro, eis que cinco reis enviaram
uma comitiva de mensageiros para um encontro com o rei Zedequias, de Judá.
Vamos participar da reunião: - O que vossa
majestade acha que vai acontecer? Seremos todos dominados por Nabucodonosor?
Será que se uníssemos nossos exércitos, teríamos chance de vencê-lo? Enquanto
isso, o Deus Altíssimo, que não havia sido convidado para aquele congresso e
até o profeta Jeremias, que também tinha sido ignorado, sim, o Senhor, Deus dos
Exércitos, deu uma tarefa e um recado para o profeta levar aos políticos
reunidos no palácio do rei Zedequias.
Que tarefa era essa e qual a mensagem enviada?
Muito simples: Jeremias deveria confeccionar alguns adereços, entendidos aqui
como “brochas” e “canzis” e pendurá-los ao pescoço e fazer outros cinco iguais
para entregá-los aos representantes das nações em questão. Eles teriam que
levá-los aos seus reis com a mensagem do Deus Altíssimo. Num primeiro momento,
talvez pensassem que teriam boas novas! Só que não!
Em primeiro lugar, o Senhor apresenta-se como
Criador da terra, do homem e dos animais e usou para isso o Seu grande poder e
o Seu braço estendido, e no momento em que Ele quiser, concede o domínio de
todas as coisas àquele que for justo. Então, era como se dissesse: Vocês estão
achando que Nabucodonosor está com essa “bola toda”? Quem vocês pensam que está
entregando todo esse poder nas mãos dele? Eu, o Deus Altíssimo!
Vocês querem saber se ele, Nabucodonosor, vai
conquistar seus povos? Vai sim! Porque Eu determinei isso! Tenho Meus motivos!
Note que o Deus Altíssimo chama o rei
Nabucodonosor de “meu servo”. Naquela ocasião, o Senhor achou por bem utilizar Nabucodonosor
como instrumento para cumprir todos os Seus propósitos. E esse domínio vai
durar muito? Vai sim! “Todas as nações o servirão a ele, a seu filho e ao filho
de seu filho” está bom para vocês?
Por certo, em algum momento, aquela comitiva
argumentou: Mas o Senhor vai permitir que o inimigo invada Judá também? E o
templo? E vai deixar que os inimigos levem os utensílios sagrados? “[...] Sim,
isso diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel, acerca dos utensílios que
ficaram na casa do Senhor, e na casa do rei de Judá, e em Jerusalém, à
Babilônia serão levados, onde ficarão até ao dia em que eu atentar para eles,
diz o Senhor; então os farei trazer e os devolverei a este lugar”. (Jr
27:21-22)
A lição preciosa que aprendemos desses fatos é
que o Deus Altíssimo está no comando de todas as coisas! Não são os governos
humanos nem os poderes estabelecidos por eles. Às vezes, olhamos para o rumo
que as nações estão tomando e nos assustamos. Não se desespere! Quem está no
comando é o Senhor dos Exércitos!
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