“Palavra que veio a Jeremias da parte do
Senhor, quando o rei Zedequias lhe enviou Pasur, filho de Malquias, e o
sacerdote Zefanias, filho de Maaséia, dizendo: Pergunta agora por nós ao
Senhor, por que Nabucodonosor, rei de Babilônia, guerreia contra nós; bem pode
ser que o Senhor nos trate segundo todas as suas maravilhas, e o faça
retirar-se de nós”. (Jr 21:1-2)
Perceba no texto sagrado acima, que o rei
Zedequias entregou uma missão a dois de seus conselheiros de confiança, sendo
um deles sacerdote, autoridade religiosa (ao que tudo indica – falso
sacerdote), cuja tarefa era pedir que o profeta Jeremias intercedesse pelo rei
e pelo povo, junto ao trono do Deus Altíssimo! Oh! Que lindo! Você deve estar
pensando... Mas, verá mais adiante que nem tudo é tão lindo assim!
Por que? Você vai entender se procurar
inteirar-se do contexto, pois verá que inúmeras vezes o profeta Jeremias havia
alertado, não só ao rei, mas a todo o povo, de que consequências tristes viriam
sobre a nação, se não houvesse arrependimento e mudança nas atitudes de todos,
porquanto estavam afastados dos caminhos do Senhor. Entretanto, o profeta não
era ouvido, ao contrário, zombavam dele, e o perseguiam. O resultado chegou! O
rei Nabucodonosor veio com ímpeto contra eles e os dominou!
Agora então, assustados, apavorados, chegaram
diante de Jeremias, imagino-os com o semblante pálido, dizendo mais ou menos
isso: Oh! Querido profeta Jeremias! Viemos pedir socorro ao Deus Altíssimo! Por
favor, imploramos, interceda por nós! Diga lá pro Papai do Céu que faça esse
Nabucodonosor se afastar de nós! Com certeza algumas lágrimas e algumas "fungadinhas” para impressionar.
Sabe o que foi que o Deus Altíssimo lhes
respondeu? Observe: “Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: [...] Pelejarei eu
mesmo contra vós outros com braço estendido e mão poderosa, com ira, com
indignação e grande furor. Ferirei os habitantes desta cidade, assim os homens
como os animais; de grande pestilência morrerão. [...] Pois voltei o meu rosto
contra esta cidade, para mal, e não para bem, diz o Senhor; ela será entregue
nas mãos do rei de Babilônia, e este a queimará a fogo”. (Jr 21:5,6,10)
Imagino que você deve estar agora com os
cabelos arrepiados de medo! Como isso é possível? Não é assim que eu imagino a Pessoa
de Deus! Sempre pensei em Deus como sendo infinitamente misericordioso... Mas,
percebo neste registro bíblico que nem sempre é assim. Pois é! Se você ler o
livro sagrado do Apocalipse, você verá que por ocasião do julgamento final,
este mundo receberá a sentença divina que não poupará a incredulidade e a
rejeição da humanidade ímpia, principalmente porque tiveram todas as
oportunidades possíveis e, no entanto, rejeitaram e crucificaram o Filho de
Deus – Jesus Cristo!
Perceba também que, Nabucodonosor foi apenas o
instrumento do juízo de Deus. Lembre-se de que o Deus Altíssimo deixou bem
claro: “Pelejarei eu mesmo contra vós outros...”. Assim, não se trata de
poderio humano, mas sim, da soberania de Deus! É, pois, necessário compreender,
nas Escrituras, que o caráter de Deus não permite associação com o pecado! Deus
é Santo! Santíssimo! É amor também! É graça! É Misericórdia! E tudo isso se
concretizou na Cruz de Cristo! Ali, o Senhor se revelou justo e justificador!
Justo, porque condenou o pecado em Seu Filho Unigênito – Jesus Cristo! E
justificador porque concede perdão e justificação para todo aquele que crê!
“[...]
sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em
Cristo Jesus; a quem Deus propôs, no seu sangue, como propiciação, mediante a
fé, para manifestar a sua justiça, [...] tendo em vista a manifestação da sua
justiça no tempo presente, para ele mesmo ser justo e o justificador daquele
que tem fé em Jesus”. (Rm 3:24-26)
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