“Porque assim diz o Senhor: Não entres na casa
do luto, não vás a lamentá-los, nem te compadeças deles; porque deste povo
retirei a minha paz, diz o Senhor, a benignidade e a misericórdia”. (Jr 16:5)
As palavras acima foram ditas pelo Deus
Altíssimo ao profeta Jeremias e faziam referência ao povo de Israel. Se você
desejar entender o real sentido delas, é necessário conhecer todo o contexto
que envolvia a vida do povo naquela época e o ministério que o profeta Jeremias
exercia entre eles. Não é muito fácil a compreensão desse cenário e em alguns
momentos ficamos perplexos.
Sim, porque o profeta é orientado por Deus a
não se sensibilizar pelos acontecimentos que viriam sobre o povo, como
consequência da rebeldia deles para com as leis do Senhor. Assim, Jeremias não
deveria ir ao velório daqueles que morressem e nem mesmo chorar por eles!
Estranho, não? Aliás, as pessoas demonstravam ignorância total dos mandamentos
de Deus. Note: “Quando anunciares a este povo todas estas palavras e eles te
disserem: Por que nos ameaça o Senhor com todo este grande mal? Qual é a nossa
iniquidade, qual é o nosso pecado, que cometemos contra o Senhor, nosso Deus?”.
(Jr 16:10)
Perceba que a indagação do povo revela que eles
não tinham nenhuma consciência sobre o que de errado estavam fazendo. Era como
se dissessem: O que foi que fizemos? “Então, lhes responderás: Porque vossos
pais me deixaram, diz o Senhor, e se foram após outros deuses, e os serviram, e
os adoraram, mas a mim me deixaram e a minha lei não guardaram. Vós fizestes
pior do que vossos pais; pois eis que cada um de vós anda segundo a dureza do
seu coração maligno, para não me dar ouvidos a mim”. (Jr 16:11-12)
É impressionante que não foi por falta de
“religião” que o povo desagradou ao Deus Altíssimo! O problema é que era uma
religião falsa, apresentada por falsos profetas, e que direcionavam as pessoas
à prática da idolatria, adorando a falsos deuses, deuses dos povos pagãos!
Ídolos, ídolos e mais ídolos! Por esta razão o Senhor sentenciou: Porque deste
povo retirei a minha paz, a benignidade e a misericórdia!
Pois bem, o retrato dos nossos dias mostra uma
realidade muito semelhante a esta vivida pelo povo de Israel no passado. Não é
por falta de “religião” ou “religiosidade” que o mundo é o que é! As sociedades
humanas criaram tantas “igrejas” e “filosofias religiosas” espalhadas pela
terra que fica muito difícil identificar e separar o joio do trigo! Entretanto,
o Deus Altíssimo conhece e distingue perfeitamente os Seus verdadeiros
adoradores!
E assim, para os falsos, para os idólatras, a
sentença é: falta de paz, benignidade e misericórdia! Por esta razão, vivemos
num mundo em que as pessoas (apesar de tanta religiosidade equivocada) estão
angustiadas, aflitas, oprimidas e sem paz! Não existem laços de afeto, de amor,
de misericórdia no trato de uns para com os outros! É cada um por si! Parecem
atacados pela raiva! Por qualquer motivo a animosidade floresce! Surgem os
confrontos! As rixas!
Este é o resultado do afastamento do ser humano
do Deus Altíssimo! Preste bem atenção: Não foi Deus que se afastou das pessoas
– o ser humano é que se afastou de Deus! E por isso perdeu a paz! A boa notícia
para aqueles que querem a paz é que, num dia memorável, o Príncipe da Paz –
Jesus Cristo - foi imolado na cruz do Calvário, levando sobre Si as nossas
culpas e transgressões e agora concede para aqueles que nEle creem, o perdão, a
justificação e a paz!
“Justificados, pois, mediante a fé, temos paz
com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; [...] Mas Deus prova o seu
próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós
ainda pecadores”. (Rm 5:1-8)
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