“Disse Daniel: Na minha visão da noite eu
estava olhando, e vi que os quatro ventos do céu agitavam o Mar Grande”. (Dn
7:2)
As visões proféticas de Daniel são, até certo
ponto, de fácil entendimento, porém, a partir do momento em que o profeta
apresenta fatos relacionados à eternidade, começam as dificuldades. Na verdade,
o motivo que leva alguns cristãos a abandonar ou deixar de lado o estudo
profético é, justamente, devido às opiniões e entendimentos diferenciados entre
os pesquisadores do registro sagrado.
Não acho correta a existência de discussões
inúteis sobre alguma interpretação profética, nem se justifica a ocorrência de
atritos entre grupos distintos. Sinceramente, não há o menor motivo para os
cristãos se “rolarem no tapa”, só porque há divergências no entendimento sobre
a questão profética. Entretanto, se as discussões, atritos e ressentimentos são
perniciosos ao crescimento espiritual do cristão, o abandono do estudo das
profecias bíblicas é mais prejudicial ainda!
Não foi exatamente isso o que aconteceu quando
as profecias sobre o nascimento do Messias se cumpriram? O menino Deus nasceu
em Belém de Judá, e enquanto a profecia mais memorável acontecia, Jerusalém em
peso, dormia no desconhecimento dos registros proféticos! É bem possível que o
povo judeu tenha passado por uma situação semelhante à dos cristãos, hoje!
Provavelmente, os diversos grupos religiosos
cansaram de discutir quando, onde e como deveria nascer o Messias. Os escribas
achavam assim, os fariseus diziam não, os saduceus afirmavam diferentemente e,
para evitar confusão, abandonaram tudo! Resultado: Cristo nasceu e ninguém
sabia de nada! Passaram pela vergonha de serem superados até pelos magos do
Oriente! Apenas um velhinho, chamado Simeão, aguardava o Messias e foi ao seu
encontro lá no templo.
Pergunto: - Israel lucrou com esta atitude de
descaso aos registros proféticos? Claro que não! O Rei chegou e não foi
reconhecido pelo seu próprio povo! Se o povo judeu, em massa, soubesse
detalhadamente todos os acontecimentos relacionados ao nascimento do Messias,
será que ainda assim, O teriam rejeitado? Trabalhar com suposições agora não
vem ao caso, e não esclarece nada, porém, a cegueira do povo judeu aconteceu
devido ao desconhecimento dos fatos revelados aos profetas pelo Deus Altíssimo!
Assim também, hoje os cristãos estão repetindo
o mesmo erro do passado: Ignorando a revelação profética das Escrituras!
Afastam-se do discernimento profético e caminham às escuras! É significativo o
fato de Cristo ter nos alertado a respeito de Sua vinda nos pegar de surpresa
ou despreparados. Vamos cometer o mesmo erro dos judeus? Vamos deixar o fato se
repetir? Vamos deixar o azeite terminar e ficar no escuro? (ver a Parábola das 10 virgens - Mt 25)
Vamos deixar que os acontecimentos nos
surpreendam? Vamos permitir que os céticos nos procurem assustados, como
Herodes, e nos indaguem sobre acontecimentos proféticos e fiquem sem resposta?
Aliás, é o que já está acontecendo! O mundo está repleto de falsos profetas,
gurus, astrólogos, cartomantes, feiticeiros, encantadores, adivinhadores, todos
peritos na arte de prever os acontecimentos, e por quê?
Porque
as pessoas querem saber o que vai acontecer! E se os cristãos não conhecem o
que as Escrituras Sagradas estabelecem, sim, se não somos capazes de dizer o
que é, os enganadores chegam e dizem o que não é! E assim, passamos a ser
responsáveis pelas pessoas que caminham em busca de esclarecimentos e não
encontram o que procuram. E o que é pior: são enganadas pelos falsos profetas!
No texto bíblico acima, o profeta Daniel fala
que “os quatro ventos do céu agitavam o Mar Grande”. Que mar é esse? Observando
nos mapas, trata-se do Mar Mediterrâneo, o mar que costeia Israel.
Significativo, não acha? O nosso planeta tem uma porção de Oceanos e Mares, mas
os ventos escolheram para agitar justamente o mar que passa por Israel. Este é
o primeiro destaque a se fazer quando o assunto é profecias bíblicas! Preste
atenção em Israel!
“Então lhes disse Jesus: Ó néscios, e tardos de
coração para crer tudo o que os profetas disseram! Porventura não convinha que
o Cristo padecesse e entrasse na sua glória? E começando por Moisés,
discorrendo por todos os profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava
em todas as Escrituras. (Lc 24:25-27)
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