“No Monte das Oliveiras, achava-se Jesus
assentado, quando se aproximaram dele os discípulos, em particular, e lhe
pediram: Dize-nos quando sucederão estas coisas, e que sinal haverá da tua vinda
e da consumação do século”. (Mt 24:3)
A pergunta que os discípulos fizeram a Jesus,
desejando saber que sinal haverá como indicativo da volta dEle, revela o mesmo
anseio de cada cristão, ou seja: - Como seria bom saber com segurança e poder
afirmar – está chegando a hora! Porém, na resposta de Jesus, Ele deixou bem
claro que, o dia e a hora, ninguém sabe, a não ser o Pai.
“Mas a respeito daquele dia e hora ninguém
sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai”. (Mt 24:36) E,
alertou: “Portanto, vigiai”! E foi só isso? Nada mais? Devemos continuar
andando, fazendo círculos intermináveis, esperando que algo importante
acontecerá, mas não sabemos quando? Preste bem atenção que os discípulos
perguntaram “quando” e “que sinal” haverá da Tua vinda.
Quando uma dona de casa prepara um bolo e o
coloca no forno para assar, ela tem inúmeras maneiras de saber se o bolo já
está assado ou não. Uma delas é a própria receita, que dá uma previsão do tempo
que levará para assar o bolo. Geralmente em torno de trinta minutos, dependendo
do forno, não é? Mas, na falta da receita, ou se o forno está sendo usado pela
primeira vez, ainda resta o recurso do “cheiro de bolo assado”. Todos sabem
identificar o cheiro de bolo assado, às vezes, cheiro de bolo queimado!
Assim também, com respeito ao retorno de
Cristo, mesmo que não saibamos o dia e hora desse acontecimento, em compensação
temos não apenas um sinal, mas vários, inúmeros sinais indicativos que o
próprio Cristo relatou e que funcionam como indícios seguros de que a Sua volta
se aproxima! Então, a primeira coisa que um cristão deve fazer para entender o
desenrolar dos acontecimentos proféticos é conhecer as Escrituras.
Na verdade, desde o Antigo Testamento, já
encontramos relatos dos fatos que antecederão ao reino de Cristo aqui na terra.
Quase todos os profetas, principalmente Daniel, receberam de Deus revelações
proféticas que marcarão a volta de Cristo! Você vai perceber que grande parte
do registro profético aponta para Israel. O centro dos acontecimentos que se
relacionam com a volta de Cristo é Israel. Por quê?
Porque os judeus são os detentores da promessa
feita pelo Deus Altíssimo, que daria um reino eterno a Israel. Cristo é o
Messias prometido ao povo judeu, mas que foi rejeitado por eles na Sua primeira
vinda. E você acha que essa rejeição pegou o Senhor Jesus Cristo de surpresa?
Não. O próprio Cristo afirmou: “Ó néscios, e tardos de coração para crer tudo o
que os profetas disseram! Porventura não convinha que o Cristo padecesse e
entrasse na sua glória? E, começando por Moisés, discorrendo por todos os
profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras”.
(Lc 24:25-27)
Assim, perceba como os judeus que vivenciaram o
nascimento de Cristo tiveram dificuldade para entender como que um Rei pudesse
nascer pobre e humilde e, principalmente, tivesse que se dirigir à cruz! Para
eles, a crucificação era símbolo de derrota, fraqueza e vergonha! Não, não era
isso que eles esperavam! Não era isso que eles queriam! E essa atitude do povo
que deveria acolher o menino Jesus, revela o quê? Revela o total
desconhecimento dos registros proféticos!
Se tivessem estudado com interesse e dedicação
os registros do profeta Isaías, por exemplo, saberiam que: “Como pasmaram
muitos à vista dele, pois o seu aspecto estava mui desfigurado, mais do que o
de outro qualquer [...] não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas
nenhuma beleza havia que nos agradasse. Era desprezado, e o mais rejeitado
entre os homens; homem de dores e que sabe o que é padecer [...] Mas ele foi
traspassado pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniquidades; o
castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos
sarados”. (Is 52:14 e Is 53:2-5)
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