“Não é esta a grande Babilônia que eu edifiquei
para a casa real, com a força do meu poder, e para glória da minha majestade?
Ainda estava a palavra na boca do rei, quando desceu uma voz do céu: A ti se
diz, ó rei Nabucodonosor: Passou de ti o reino. Serás tirado dentre os homens, e
a tua morada será com os animais do campo; far-te-ão comer erva como os bois, e
passar-se-ão sete tempos sobre ti, até que conheças que o Altíssimo tem domínio
sobre o reino dos homens, e o dá a quem quer. Na mesma hora se cumpriu a
palavra sobre Nabucodonosor, e foi tirado dentre os homens, e comia erva como
os bois, e o seu corpo foi molhado do orvalho do céu, até que lhe cresceu o
cabelo como as penas da águia, e as suas unhas como as das aves.” (Dn 4:30-33)
Antes que alguém argumente sobre o que aconteceu
com o rei Nabucodonosor, dizendo ser algo pesado demais, inaceitável ou, quem
sabe, até injusto, é bom que se analise o relato bíblico, com muita atenção, e
se perceba que a sentença de Deus se cumpriu doze meses após esse rei ter sido
admoestado pelo profeta Daniel. Nabucodonosor foi avisado sim, e com um ano de
antecedência, tempo suficiente para ele se arrepender de seus pecados, tirar o
orgulho do coração, humilhar-se diante do Deus Altíssimo e, como disse o
profeta, “[...] e talvez se prolongue a tua tranquilidade.” (Dn 4:27)
Entretanto, o que se vê na atitude do rei, foi
justamente o contrário. Nabucodonosor insistiu em seu orgulho e vaidade, e até
parece que ele gostaria de acrescentar: - Eu sou o cara! Sendo assim, a palavra
do Deus Altíssimo se cumpriu. Não demorou muito e o rei começou a sentir
vontade de comer capim! Provavelmente, pelas janelas de seu palácio, ele olhava
os animais pastando no campo, a relva verdinha, e ficava se lambendo de vontade de saborear um
“capinzinho”!
É possível que seus assessores tentaram
segurá-lo por algum tempo, mas não conseguindo mais impedir, soltaram o rei, e
assim ele foi em disparada disputar o pasto com os bois! O registro sagrado diz
que os cabelos dele cresceram como as penas da águia, e as unhas como as das
aves! Já imaginou? Este relato bíblico tem sido evitado pela maioria dos
pregadores. Poucos se arriscam em preparar um sermão com base neste episódio.
Pode assustar mulheres e crianças!
Até parece que eles não leem os jornais
diariamente! O que se lê nas manchetes? É de assustar ou não? É compreensível a
violência registrada nos jornais? Quem as comete? Os animais? Não é o próprio
ser humano? Assim, seria bom que todos os “poderosos” olhassem o retrato de
Nabucodonosor, principalmente depois que ele passou a se comportar como animal,
e procurassem descobrir o porquê desse comportamento.
O registro sagrado revela que estas coisas
aconteceram a Nabucodonosor porque ele alimentou o orgulho e a soberba no
coração. Sentia-se o todo poderoso! Achava que nada poderia derrubá-lo! Pensava
que estava seguro com as suas riquezas! Via-se como o melhor e o mais
fantástico de todos os homens! Imaginava-se com todo o domínio e poder nas
mãos! Tantas oportunidades ele teve para abandonar as práticas de adivinhação!
Vivia cercado por adivinhos, magos, astrólogos, feiticeiros! Quantas vezes o
Deus Altíssimo, através do profeta Daniel, enviou mensagens ao rei avisando-o,
alertando-o, e esperando que houvesse arrependimento!
Na verdade, Nabucodonosor deveria até agradecer
ao Deus Altíssimo por ter-lhe dado tantas oportunidades de reconhecer a
soberania do Senhor. Deus poderia simplesmente ignorá-lo. Nabucodonosor era
pagão, idólatra? Sim, era! E, daí? O prejuízo não era dele mesmo? Se ele
morresse na idolatria, ele ficaria afastado de Deus para sempre! Quem perderia
com isso? Deus ou Nabucodonosor? Nabucodonosor, é claro! Então, o fato do Deus
Altíssimo ter insistido tanto com esse monarca, não era um gesto de misericórdia
da parte de Deus?
Finalmente, Nabucodonosor se deu por vencido e
declarou: “Agora, pois, eu, Nabucodonosor, louvo, exalto e glorifico ao Rei do
céu, porque todas as suas obras são verdade, e o seus caminhos justos, e pode
humilhar aos que andam na soberba.” (Dn 4:37) Espero que você não seja assim,
tão cabeça-dura como foi Nabucodonosor e não espere que o Deus Altíssimo tenha
que sacudi-lo até que você se renda diante dEle! Talvez você esteja
pensando: - Mas Deus faz tanta questão assim de mim? Sim, Ele faz! Alguém que
entrega o Seu próprio Filho por nós, para ser crucificado por nós e pagar o
preço da nossa redenção, sim, na cruz vemos do que Deus foi capaz para nos
resgatar!
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