“Responderam Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, ao
rei Nabucodonosor: Não necessitamos de te responder sobre este negócio. Se
formos lançados na fornalha de fogo ardente, o nosso Deus, a quem nós servimos,
pode livrar-nos dela, e ele nos livrará da tua mão, ó rei. Se não, fica
sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a estátua de
ouro que levantaste.” (Dn 3:16-18)
Que resposta, hem? É como se eles dissessem:
Nem perca tempo ensaiando essa orquestra! Não vamos servir a teus deuses, nem
vamos adorar a estátua de ouro que levantaste e ponto final! A resposta segura
dos três jovens príncipes de Judá demonstra fé inabalável no Deus Altíssimo! O
rei Nabucodonosor, com certeza, não esperava esta atitude deles. Não é de
admirar que esse monarca tenha ficado furioso!
- Onde já se viu alguém não ficar apavorado com
a minha terrível fornalha ardente? Que fé é essa? Que Deus é esse? Imagine como
seria a sociedade, hoje, se Cristo não tivesse vindo para dar outro rumo à
humanidade? Quantos “nabucodonosores” estariam por aí, semeando idolatria e
acendendo fornalhas para quem se recusasse a obedecê-los? Observe a reação do
rei: “Então Nabucodonosor se encheu de fúria, e, transtornado o aspecto do seu
rosto contra [...]” (Dn 3:19)
Já notou como o semblante das pessoas fica alterado
e muda de cor quando elas ficam com muita raiva? Algumas ficam vermelhas,
outras brancas, alguns ficam cinzentos, outros, verdinhos... mas,
Nabucodonosor, com certeza, ficou com todas as cores do arco-íris! Ele estava
“tinindo” de ódio! Ora! Todos revelam pavor, medo, covardia diante da minha
fornalha! Por que esses jovens, não? O rei achava mesmo que fé nenhuma
resistiria a uma fornalha ardente!
A sociedade incrédula, hoje, também pensa
assim: Que fé resiste a uma fornalha ardente? Aqui, convém fazer uma definição
de fé. Mas não em teoria; fé, na prática! Todo cristão que tem fé em Deus, que
crê em Cristo e que tantas vezes é observado pelos incrédulos – ansiosos por
armar uma fogueira - só para testar até aonde vai a nossa fé, sim, todo
cristão, em algum momento de sua vida, vai se confrontar com uma situação tal, que servirá para
mostrar qual é a base de sua fé. Se ela está edificada na rocha (Cristo) ou na areia!
Na resposta daqueles jovens, vemos uma atitude
de fé sem par! Eles sabiam que ali estava a oportunidade certa para eles
provarem, não somente ao rei, mas a todo o império babilônico, que o Deus
Altíssimo está acima de todos os acontecimentos, e diante dEle aquela estátua
de ouro nada era, o rei nada era e nem mesmo aquela fornalha de fogo ardente,
assustava! Aliás, foi a presença de Deus naquela fornalha que a transformou
numa “sauninha” bem confortável!
Pois bem, esta é a verdadeira fé! Talvez você
esteja pensando: Fé tão grande assim, eu não tenho! A verdade é que,
possivelmente, quase todos os cristãos se sintam assim! Pessoas de pouca fé!
Porém, o que Cristo falou a respeito disso? Ele disse: “Pois em verdade vos
digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: Passa
daqui para acolá e ele passará. Nada vos será impossível.” (Mt 17:20) Ao dizer
estas palavras, Cristo deixa bem claro que não é o tamanho da fé que opera
maravilhas, mas sim, Aquele que é o fundamento e a garantia dessa fé!
“Ora, a fé a certeza de coisas que se esperam,
a convicção de fatos que se não veem. Pois, pela fé, os antigos obtiveram bom
testemunho. Pela fé entendemos que foi o universo formado pela palavra de Deus,
de maneira que o visível veio a existir das coisas que não aparecem [...] E que
mais direi ainda? Certamente me faltará o tempo necessário para referir o que
há a respeito de Gideão, de Baraque, de Sansão, de Jefté, de Davi, de
Samuel e dos profetas, os quais, por
meio da fé, subjugaram reinos, praticaram a justiça, obtiveram promessas,
fecharam bocas de leões, extinguiram a violência do fogo [...] “ (Hb 11:1-34)
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