quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

PROVADOS E APROVADOS

“Determinou-lhes o rei a ração diária, das finas iguarias da mesa real, e do vinho que ele bebia, e que assim fossem mantidos por três anos, ao cabo dos quais assistiriam diante do rei.” (Dn 1:5)

A ideia que fazemos de um prisioneiro é a de uma pessoa sofrida, sendo maltratada, perseguida e, algumas vezes, condenada à morte. Hoje, a situação mudou bastante, houve um avanço no modo como os prisioneiros devem ser tratados - os defensores dos “direitos humanos” estão atentos para que não aconteçam abusos.

O que vemos muito em filmes é a imagem de prisioneiros em condições precárias, morando em celas gélidas, com goteiras, baratas e outros insetos, além de ratos fazendo-lhes companhia. Quanto à alimentação mostram uma “gororoba”, espécie de lavagem; imagino cascas de batata cozidas com milho duro!

Entretanto, no caso de Daniel e seus amigos, tudo foi bem diferente! No lugar de uma cela, eles foram morar no palácio do rei Nabucodonosor! E as refeições? Nada de “marmitex”! Eles deveriam comer da mesma comida que o rei comia! Teriam aulas durante três anos para aprender a língua, cultura e costumes dos caldeus.

Assim, com tudo do bom e do melhor, alguém poderia achar que ser prisioneiro nessas condições, qualquer um gostaria! Levar uma vida de rei? Resta perguntar se esses jovens estavam felizes. E a resposta é: Não. Não poderiam estar felizes, pois foram arrancados de seu país, do seu povo, da sua gente e queriam afastá-los também do seu Deus!

Esses jovens, príncipes de Judá, tinham consciência de que tudo o que o rei de Babilônia queria deles era usar a sabedoria, o preparo, as aptidões em benefício do império babilônico. Ainda que eles estivessem dispostos a cumprir seu papel em proveito do rei, porém, felizes eles não estavam.

É significativo lembrar que Daniel e seus amigos, apesar de todo o preparo que eles tinham e ainda que possuíssem costumes, hábitos e postura de príncipes, isso não mudava o fato de que se sentiam prisioneiros, cativos, levados para uma terra estranha, forçados a conviver com pessoas de índole pagã, costumes devassos, prática de feitiçarias, magia, adivinhação e toda espécie de ações condenadas pelo Deus Altíssimo.

Agora, você deve ter mudado de ideia: “O quê? Ser príncipe nessas condições, nem pensar! O melhor é fazer parte do “povão”. O que eu quero é ser povo! Mais sensato e mais seguro é misturar-se com a multidão, vestir-se como eles, falar gírias, igualzinho ao povo, discutir política com a turma e defender o time de futebol que tenha a maior torcida!”

De que adianta ser príncipe? Vai que alguém queira sequestrar você só porque você é um príncipe? E se decidirem cozinhar você em óleo ardente? Talvez você esteja achando engraçado tudo isso, mas o que tem de cristão vivendo assim! Escondendo o fato de ser um príncipe!

Na verdade, alguns cristãos não têm consciência de que são filhos do Rei. A conduta deles, o modo de falar, a postura e, às vezes, até mesmo as atitudes, não revelam que pertencem à linhagem real! É bom ressaltar que ser príncipes de Deus, num mundo pecaminoso, não significa adotarmos atitude de desprezo com o semelhante, mas sim, uma postura que honre ao Senhor Jesus!

“... exortamos, consolamos e admoestamos, para viverdes por modo digno de Deus, que vos chama para o seu reino e glória.” ( I Tes 2:12) 


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