“Naquele
mesmo dia fez o Senhor uma aliança com Abrão, dizendo: À tua descendência dei
esta terra, desde o rio do Egito até o grande rio Eufrates; o queneu, o
quenezeu, o cadmoneu, o heteu, o ferezeu, os refains, o amorreu, o cananeu, o
girgaseu e o jebuseu.” (Gn 15:18)
Preste bem
atenção neste texto sagrado, e veja como o Senhor Deus está traçando limites
geográficos que determinariam quais regiões deste planeta pertenceriam ao reino
de Israel. Deus fala de dois rios que serviriam como limites territoriais: o
rio do Egito até o grande rio Eufrates. Em seguida, Deus menciona quais os
povos que seriam retirados daquelas regiões, expulsos, talvez eliminados das
terras que pertenceriam ao povo judeu, os descendentes de Abrão.
É sempre
bom lembrar que o Deus Altíssimo usou o povo judeu como instrumento de juízo
para desapossar aquelas nações, e isto, não porque aqueles povos fossem
“feinhos” e os judeus “bonitinhos”, mas porque aqueles povos eram idólatras e
ofendiam grandemente a Deus. No relato bíblico, você percebe facilmente,
quantos reinos foram destruídos, quantos povos foram eliminados, porque
ofendiam a Deus, e não percebiam que um dia sofreriam as consequências de seus
atos.
Como são
estabelecidos os limites geográficos de uma nação? A história humana é uma
sucessão de atritos envolvendo a posse da terra. E, na verdade, os povos têm
conquistado seus limites geográficos, criando cada qual a sua própria história,
geralmente recheada de guerras, lutas intermináveis, conquistas narradas em
livros com requintes de coragem e heroísmo! E não parece que Deus tenha
interferido nessa questão! Isso foi tarefa de que o próprio homem se
encarregou.
Contudo, há
um povo, uma nação, cujos limites geográficos foram estabelecidos por Deus!
Este povo é o povo judeu. Esta nação é Israel. Descendentes de Abrão. Formada
por doze tribos. Uma delas, a tribo de Judá, da qual descendeu o Cristo! Os
limites geográficos do país onde Cristo nasceu foram determinados por Deus! Ele
disse a Abrão: “À tua descendência dei esta terra, desde o rio do Egito até o
grande rio Eufrates...” Elas foram dadas ao povo judeu com o qual Deus fez uma
aliança eterna!
Qual é a
importância de tratarmos desse assunto? A primeira é reconhecermos que o Deus
Altíssimo é Soberano, e detém o domínio sobre todos os reinos da terra. Houve
um imperador, Nabucodonosor, que por ter acolhido o orgulho em seu coração, foi
destronado por Deus e ouviu sua sentença pela boca do profeta Daniel, que
disse: “... este é o decreto do Altíssimo, que virá contra o rei, meu senhor:
serás expulso de entre os homens, e a tua morada será com os animais do campo
[...] até que conheças que o Altíssimo tem domínio sobre o reino dos homens, e
o dá a que quer.” (Dn 4:25)
Em segundo
lugar, é preciso reconhecer que quando o Senhor escolheu um homem, Abrão, para
dele constituir uma nação, Israel, da qual descenderia o Messias, Cristo, com o propósito de redimir a
humanidade, eu e você, estamos incluídos nessa gloriosa missão! Observe também
que todas as perseguições que o povo judeu tem sofrido, confirma ainda mais a
importância dos propósitos de Deus em relação a eles!
Em terceiro
lugar, precisamos entender o que esses fatos trazem de importante para o
cristão. Haveria alguma possessão geográfica determinada por Deus, para nela
aconchegar os remidos do Senhor? Sim. Há. Veja o que está registrado em
Apocalipse 11:15-19: “O sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve no céu
grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do
seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre. E os vinte e quatro anciãos, que
estão assentados em seus tronos diante de Deus, prostraram-se sobre seus rostos,
e adoraram a Deus, dizendo: Graças te damos, Senhor Deus Todo Poderoso, que és,
e que eras, porque tomaste o teu grande poder, e reinaste. Iraram-se as nações,
então veio a tua ira, e o tempo de serem julgados os mortos, e o tempo de dares
recompensa aos profetas, teus servos, e aos santos, e aos que temem o teu nome,
a pequenos e a grandes, e o tempo de destruíres os que destroem a terra.”
Há
possessão para o povo de Cristo, porém, sem limites geográficos, pois abrange
todos os reinos do mundo! Contudo, o mais importante é perceber que a maior
alegria do cristão é estar bem perto do Senhor Jesus!
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