quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

A TORRE DE BABEL


“Ora, a terra toda tinha uma só língua, e uma só maneira de falar. Partindo eles do oriente, acharam uma planície na terra de Sinear, e habitaram ali. Disseram uns aos outros: Vinde, façamos tijolos, e queimemo-los bem. Os tijolos lhes serviram de pedra e o betume de cal. Então disseram: Vinde, edifiquemos para nós uma cidade e uma torre cujo cume toque no céu, e façamo-nos um nome, para que não sejamos espalhados sobre a face da terra. Mas desceu o Senhor para ver a cidade e a torre que os filhos dos homens edificavam. Disse o Senhor: O povo é um e todos têm uma só língua. Isto é o que começam a fazer, agora não haverá restrição para tudo o que eles intentarem fazer. Vinde desçamos, e confundamos ali a sua linguagem, para que não entenda um a linguagem do outro. Assim o Senhor os espalhou dali sobre a face de toda a terra, e cessaram de edificar a cidade. Por isso se chamou o seu nome Babel, porque ali confundiu o Senhor a linguagem de toda a terra, e dali os espalhou o Senhor sobre a face de toda a terra.” (Gn 11:1-9)
                Quando se lê este relato bíblico, temos uma visão simplista do que aconteceu ali. Vemos uma grande multidão unida num só propósito: Construir uma cidade e uma torre bem alta. Pergunta-se: O que há de errado nisso? Ver um povo unido, trabalhando, fazendo tijolos, o que seria a primeira grande olaria de que se tenha conhecimento. Ora, deveria ser até bonito de se contemplar tanta gente trabalhando, animados, quem sabe, até cantando: “Eu vou¯ , eu vou¯, construir uma torre eu vou¯! Tra-lá-lá-lá¯! Tra-lá-lá-lá¯! Tra-lá-lá-lá...¯!”
                Acontece, que o Senhor nosso Deus não aprovou aquele projeto! Deus conhecia muito bem o profundo de cada coração, e sabia quais eram os propósitos mirabolantes que fumegavam na cabeça de todos eles! Primeiro: A ordem de Deus para o povo era que se espalhassem pela terra. A terra toda deveria ser ocupada! Ora, eles queriam fazer justamente o contrário. Nada de se espalhar! Vamos ficar todos aqui! Juntinhos! Bonitinhos! Segundo: O verdadeiro propósito com aquela torre, não era simplesmente colocar um luminoso bem no topo para identificar “Torre de Babel”! Não. O objetivo era bem diferente!
                Alguns estudiosos acreditam que o povo temia um novo dilúvio! A incredulidade já era bem desenvolvida naquela época. O Senhor nosso Deus já havia feito uma aliança com Noé, dizendo que a terra não seria mais atingida com um novo dilúvio. Cada vez que eles viam um arco-íris no céu, deveriam descansar na promessa de Deus, mas, ao contrário disso, decidiram se prevenir. Uma torre bem alta, mas bem alta mesmo, poderia servir de refúgio, para alguns pelo menos.
                Isto faz sentido, porém, há outra explicação para a utilidade da torre, e esta, creio ser a mais provável! Ela deveria servir como uma espécie de observatório astronômico. Pense: Todos nós sabemos que Babel deu origem a Babilônia, que foi considerada como “berço da astrologia”. Na época, esse interesse pelos astros era mais voltado para a prática da adivinhação, previsões sobre a influência deles na vida das pessoas, enfim: astrolatria! Adoração dos astros! Propósito nefasto de ofender a Deus, desviando dEle a glória que Lhe é devida!
                O fato é que o Senhor nosso Deus interferiu naquela obra e decretou o embargo dela. E é assim  que será sempre! Sempre que o ser humano contrariar a vontade soberana de Deus, Ele se levantará para fazer a Sua vontade prevalecer! O destino final desta terra e de nossas vidas está nas mãos de Deus! Ele já declarou qual é a vontade dele! Então, não adianta  as pessoas tentarem construir suas próprias torres para chegarem ao céu! Deus chegou a nós através de Cristo! Assim, não é uma torre que levará alguém a Deus! Mas é a cruz, através da qual, o Senhor Jesus Cristo, assumiu as nossas culpas,  levou sobre Si a nossa condenação, e nos reconciliou com Deus!
                “... e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus.” (Cl 1:20)

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