Quando
nasce uma criança, é muito comum que os parentes, amigos e vizinhos dos pais do
recém-nascido, façam uma visita de cortesia, levem um presentinho ao bebê, numa
demonstração de amizade e simpatia, não é mesmo?
Surpreendentemente, quando
aconteceu o nascimento mais importante da história humana, que foi o nascimento
do Senhor Jesus Cristo, houve quem viesse de longe para conhecer o menino,
entregar-lhe alguns presentes e, principalmente, para adorá-Lo.
Alguns fatos impressionam
bastante, com respeito à visita dos magos a Jesus. Afinal, quem eram esses
magos? Generalizou-se a ideia de que eles eram reis, mas o registro bíblico
refere-se a eles apenas como magos. Os magos do oriente, provavelmente da
Pérsia ou Arábia. Outra coisa: Não se sabe quantos eram. Estamos acostumados a
imaginar três magos, mas talvez fossem mais. A descrição bíblica menciona
apenas “uns magos do oriente”.
Qual a razão desse predicativo
“mago”? O que seria um mago? Pois bem, no dicionário bíblico, encontramos a
palavra mago como sendo “adivinho astrólogo” e no dicionário da língua
portuguesa, encontramos a definição “antigo sacerdote dos medos e persas”. As
duas definições se completam, pois magos eram estudiosos dos astros e que
desempenhavam estas funções como sacerdócio, num misto de religiosidade com
ciência. Talvez não se pudesse chamá-los de astrônomos, posto que, na época, o
trabalho deles era mais voltado para a prática da adivinhação.
Seja como for, estes magos
tinham algum conhecimento dos escritos proféticos relativos ao destino de
Israel. Pois, afinal, eles pegaram de surpresa os próprios judeus, trazendo à
tona, um acontecimento profético que acabara de se cumprir e que, no entanto,
Jerusalém em peso, desconhecia.
Significativo também foi o fato
de que eles, os magos do oriente, foram bem claros em seus propósitos: “Onde
está o recém-nascido Rei dos judeus? Porque vimos a sua estrela no oriente, e
viemos para adorá-lo.” Observe: Viemos para adorá-lo. Essa expressão indica que
eles sabiam que o Messias nasceu como homem, mas sobretudo, era Deus. Afinal,
somente Deus é digno de adoração.
Outro aspecto importante era o
relacionamento deles com aquela estrela que eles viram no oriente. Era uma
estrela com características diferentes que eles tiveram oportunidade de
observar e estudar lá no oriente. Depois, rumaram para Jerusalém, a capital,
pois julgaram que aquela era cidade apropriada para o nascimento de um rei.
Essa viagem pode ter durado quase um ano. Isso explica porque Herodes sentenciou
à morte todos os meninos de dois anos para baixo.
Quando os magos chegaram a
Jerusalém, descobriram que o menino Jesus não se encontrava lá! O rei Herodes
convocou todos os principais sacerdotes e escribas do povo e indagava deles
onde o Cristo deveria nascer. Depois de consultarem os registros proféticos,
responderam: “Em Belém da Judéia.” Esta foi a razão porque a estrela apareceu
pela segunda vez aos magos. Eles não tinham a menor ideia de como encontrar o
menino Jesus.
“Depois de ouvirem o rei,
partiram; e eis que a estrela que viram no oriente os precedia, até que,
chegando, parou sobre onde estava o menino. E vendo eles a estrela,
alegraram-se com grande e intenso júbilo. Entrando na casa, viram o menino com
Maria, sua mãe. Prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros,
entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra. Sendo por divina
advertência prevenidos em sonho para não voltarem à presença de Herodes,
regressaram por outro caminho a sua terra.” (Mt 2:9-12)
Observe que o menino Jesus já
não estava na estrebaria, e sim numa casa. Então, os magos não chegaram a
conhecer a estrebaria onde Cristo nasceu, o que comprova que a viagem deles
durou cerca de um ano. Veja também, que o relacionamento deles, dos magos, com
Deus era sério, uma vez que Deus mesmo os orientou, em sonho, que não voltassem
à presença de Herodes, e eles obedeceram.
Finalmente, quando os magos
entregaram seus presentes a Jesus, tiveram a grande alegria de perceber que o
maior presente quem recebeu, foram eles: Encontraram a Cristo!
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