segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

A ÁRVORE DE NATAL


As árvores da floresta decidiram realizar um congresso para avaliar a importância de cada espécie de madeira, considerando-se a utilidade, durabilidade, resistência e também, o lado artístico da matéria.
                Nos dias que se seguiram, os debates foram se tornando acalorados, pois cada espécie queria defender o seu lado.
                O carvalho dizia: Tudo bem, eu reconheço que como árvore, na minha aparência, eu até não apresento muita simetria, mas em termos de resistência e durabilidade, quem me supera?
                O pinus se agitava todo e falava: Por isso não, eu me desenvolvo mais rápido,  cresço mais depressa  e sou o preferido na indústria do papel!
                Para a construção civil, várias espécies se manifestaram, defendendo a sua importância: Não fosse por nós, nenhuma construção estaria em pé!
                Como a variedade era muito grande, os dias se tornaram exaustivos, quase não havia tempo para dar oportunidade a cada espécie de árvore para discursar sobre as várias utilidades!
                No último dia do congresso, o pinheiro, vendo que não teria tempo para exibir-se, se sacudiu todo e chamou a atenção de toda a floresta, para si: Os senhores estão se esquecendo que a árvore mais procurada para ser ornamentada, principalmente no Natal, sou eu? Principalmente os menores. As pessoas amam encher-nos de bolinhas coloridas, fios prateados, estrelinhas e tantos enfeites, que não consigo me lembrar. Mas tenho certeza que na copa, o nosso topete lá de cima, eles gostam de colocar uma estrela. Ouvi dizer que é para comemorar o nascimento de Jesus Cristo. Só por esse motivo eu preciso ser colocado no topo da lista, não acham?
                Uma determinada árvore, de uma determinada espécie, levantou o “galho” para cima e disse: Não sei se devo falar, não sei se tenho motivos para me orgulhar, só sei que muitas de nós foram usadas para executar a condenação de seres humanos, através da crucificação. Sei de uma cruz em especial. E foi justamente essa pessoa de quem meu amigo pinheiro falou, sim, Jesus Cristo, foi para ele, que uma de nós se transformou numa cruz!
                Uma outra arvorezinha falou: Mas e a manjedoura? Usavam-nos para dar alimento aos animais, mas certa vez, um recém-nascido chamado Jesus Cristo, repousou numa de nós, como se fosse berço! Acho que foi a única vez que fomos promovidas!
                Outras árvores falaram: Já que vocês tocaram nesse assunto, devemos lembrar que esse mesmo personagem, Jesus Cristo, hospedou-se numa estrebaria, também feita de madeira bruta e, segundo ouvi, ele era o Rei dos reis, aliás, foi ele quem nos criou! Também, nessa ocasião, fomos transformadas em palácio!
                Assim, diante de todas essas exposições, o presidente do Congresso das Árvores, decidiu encerrar o encontro, dizendo: Senhores, proponho agora finalizar nossas discussões, pois já chegamos a um denominador comum: Todas as árvores foram criadas para serem úteis! Se o ser humano, responsáveis por nós, decidem nos destruir, acabam destruindo-se também, pois até para a renovação do oxigênio, como é mesmo o nome que eles dão para isso? Ah! Sim, fotossíntese! Escutem só que bonito! Então, dependem de nós até para respirar! Agora, quero dizer a vocês que gostei muito de ouvir sobre a nossa participação na vida de Jesus Cristo! E digo mais, se o ser humano nos destruir, ele, Jesus Cristo nos restaurará! Vamos aproveitar a época do Natal e cantarmos em coro aquela música natalina que ensaiamos!
                E assim, a floresta em peso cantou: Ó pinheirinho de natal, que belos são teus galhos!
“Levando ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.” (I Pedro 2:24)

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