As árvores
da floresta decidiram realizar um congresso para avaliar a importância de cada
espécie de madeira, considerando-se a utilidade, durabilidade, resistência e
também, o lado artístico da matéria.
Nos dias que se seguiram, os debates
foram se tornando acalorados, pois cada espécie queria defender o seu lado.
O carvalho dizia: Tudo bem, eu
reconheço que como árvore, na minha aparência, eu até não apresento muita
simetria, mas em termos de resistência e durabilidade, quem me supera?
O pinus se agitava todo e
falava: Por isso não, eu me desenvolvo mais rápido, cresço mais depressa e sou o preferido na indústria do papel!
Para a construção civil, várias
espécies se manifestaram, defendendo a sua importância: Não fosse por nós, nenhuma
construção estaria em pé!
Como a variedade era muito
grande, os dias se tornaram exaustivos, quase não havia tempo para dar
oportunidade a cada espécie de árvore para discursar sobre as várias
utilidades!
No último dia do congresso, o
pinheiro, vendo que não teria tempo para exibir-se, se sacudiu todo e chamou a
atenção de toda a floresta, para si: Os senhores estão se esquecendo que a
árvore mais procurada para ser ornamentada, principalmente no Natal, sou eu?
Principalmente os menores. As pessoas amam encher-nos de bolinhas coloridas,
fios prateados, estrelinhas e tantos enfeites, que não consigo me lembrar. Mas
tenho certeza que na copa, o nosso topete lá de cima, eles gostam de colocar
uma estrela. Ouvi dizer que é para comemorar o nascimento de Jesus Cristo. Só
por esse motivo eu preciso ser colocado no topo da lista, não acham?
Uma determinada árvore, de uma
determinada espécie, levantou o “galho” para cima e disse: Não sei se devo
falar, não sei se tenho motivos para me orgulhar, só sei que muitas de nós
foram usadas para executar a condenação de seres humanos, através da
crucificação. Sei de uma cruz em especial. E foi justamente essa pessoa de quem
meu amigo pinheiro falou, sim, Jesus Cristo, foi para ele, que uma de nós se
transformou numa cruz!
Uma outra arvorezinha falou: Mas
e a manjedoura? Usavam-nos para dar alimento aos animais, mas certa vez, um
recém-nascido chamado Jesus Cristo, repousou numa de nós, como se fosse berço!
Acho que foi a única vez que fomos promovidas!
Outras árvores falaram: Já que
vocês tocaram nesse assunto, devemos lembrar que esse mesmo personagem, Jesus
Cristo, hospedou-se numa estrebaria, também feita de madeira bruta e, segundo
ouvi, ele era o Rei dos reis, aliás, foi ele quem nos criou! Também, nessa
ocasião, fomos transformadas em palácio!
Assim, diante de todas essas
exposições, o presidente do Congresso das Árvores, decidiu encerrar o encontro,
dizendo: Senhores, proponho agora finalizar nossas discussões, pois já chegamos
a um denominador comum: Todas as árvores foram criadas para serem úteis! Se o
ser humano, responsáveis por nós, decidem nos destruir, acabam destruindo-se
também, pois até para a renovação do oxigênio, como é mesmo o nome que eles dão
para isso? Ah! Sim, fotossíntese! Escutem só que bonito! Então, dependem de nós
até para respirar! Agora, quero dizer a vocês que gostei muito de ouvir sobre a
nossa participação na vida de Jesus Cristo! E digo mais, se o ser humano nos
destruir, ele, Jesus Cristo nos restaurará! Vamos aproveitar a época do Natal e
cantarmos em coro aquela música natalina que ensaiamos!
E assim, a floresta em peso
cantou: Ó pinheirinho de natal, que belos são teus galhos!
“Levando
ele mesmo em seu corpo os nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para
os pecados, pudéssemos viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes
sarados.” (I Pedro 2:24)
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