“De tudo o que vive, de tudo o que é
carne, dois de cada espécie, farás entrar na arca, para os conservares vivos
contigo; macho e fêmea serão. Das aves conforme as suas espécies, de todos os
animais conforme as suas espécies, de todo réptil da terra conforme as suas
espécies, dois de cada espécie virão a ti, para os conservares em vida. Leva
contigo de tudo o que se come, e ajunta-o para ti; e te será por mantimento, a
ti e a eles. Assim fez Noé, conforme a tudo o que Deus lhe mandou.” (Gn
6:19-22)
Lendo este relato bíblico,
imaginamos o Senhor nosso Deus programando uma viagem com Noé. Uma viagem
diferente de todas as viagens conhecidas. A começar pelo veículo. Uma
embarcação que Noé mesmo construiu, seguindo orientações de Deus. Em certo
sentido, não é de se admirar que as pessoas não se inscreveram para viajar com
Noé. Era tudo diferente! -Noé, você tem certeza de que essa embarcação
funciona? -Cadê as rodas? -Noé... você esqueceu de colocar as rodas! -Rodas, pra
quê, dizia Noé. Esta embarcação é para flutuar na água! -Mas, questionava
alguém, coçando a cabeça, que rio, Noé! Não conheço nenhum rio com profundidade
e largura suficientes para conter essa arca! Noé quase perdia a paciência. -E
quem disse que vamos colocar esta arca no rio? É o dilúvio que Deus vai mandar
e haverá tanta água que todas as casas e todos os montes serão cobertos. Então,
a arca flutuará. -Dilúvio? Chuva abundante? Mas de que você está falando?
Pode parecer estranho, mas de
fato, Noé estava falando de um fenômeno meteorológico, possivelmente
desconhecido na época. Sim, porque muitos estudiosos das Escrituras entendem
que até à época do dilúvio, as pessoas não sabiam o que era chuva. Nem mesmo
uma chuva torrencial, quanto mais um dilúvio! Provavelmente, o que era comum
naquela época, restringia-se a um vapor que todas as manhãs subia da terra e
regava toda a superfície do solo. (Gn 2:4-6) Isto faz sentido, na medida em que
explica, ainda que não justifica tanta incredulidade por parte do povo. Noé
falava em nome do Senhor, e mesmo que o fenômeno da chuva fosse desconhecido,
ainda assim, é dever nosso confiar no que a palavra de Deus diz!
Incredulidade do povo à parte,
Noé prosseguiu nos preparativos. Se lá no jardim do Éden, Adão teve trabalho
para catalogar todas as espécies de animais que Deus criara, Noé, por sua vez,
teve igual trabalho para localizar os bichinhos, arranjar dois casais de cada
espécie e dizer para cada animalzinho: Você vai viajar comigo, ouviu! Os
animais, nesse caso, mais sensatos do que as pessoas, embarcavam sem titubear.
Deveria ter sido bonito de ver tantos animais reunidos num só lugar!
Obviamente, o mundo incrédulo da época, deve ter zombado e dado boas
gargalhadas!
Noé tratou de recolher na arca
bastante mantimentos para toda a família, incluindo os animais. Pois bem,
bagagens arrumadas, lanche pronto, todos lá dentro, e o Senhor nosso Deus
fechou a porta por fora. E todos os incrédulos da época, fora da arca, veem com
assombro, romperem-se todas as fontes do grande abismo, e as janelas do céu se
abrirem, e copiosa chuva cair sobre a terra durante quarenta dias e quarenta
noites. E nós, hoje, só conhecemos o desfecho dos acontecimentos, graças a Noé,
pois, dos que ficaram fora da arca, não sobrou nenhum para contar a história.
Coisa triste é a incredulidade!
Por causa dela, as pessoas deixam de usufruir das promessas maravilhosas do
Senhor nosso Deus! O mundo hoje corre o risco de ficar pra trás novamente. O
mundo não, os incrédulos! Sim, porque há outra viagem programada para os que
creem em Cristo. E desta vez, não será uma arca que levará o povo de Cristo. O
que será então? Uma nave espacial? Melhor do que isso! Os remidos por Cristo
atravessarão os espaços siderais na companhia do Senhor! Imagine que viagem
maravilhosa será! Não deixe que a incredulidade o segure aqui! Coloque a sua fé
em Cristo e esteja entre aqueles que viajarão com o Senhor!
“Não se turbe o vosso coração;
credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se
assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E quando eu
for, e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que
onde eu estou estejais vós também.” (Jo 14:1-3)
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