“As águas
se foram retirando de sobre a terra. No fim de cento e cinquenta dias as águas
haviam abaixado, e a arca repousou, no sétimo mês, no dia dezessete do mês,
sobre os montes de Ararate. E as águas foram minguando até o décimo mês, e no
décimo mês, no primeiro dia do mês, apareceram os cumes dos montes.” (Gn 8:3-5)
A maneira como o Senhor nosso
Deus age, é mesmo bem diferente da maneira como os homens agem. Na verdade, às
vezes parece que o nosso Deus faz as coisas de forma a contradizer os nossos
critérios. Por exemplo: onde já se viu fazer um porto para embarcações
marítimas, bem no cume das montanhas? Isso não parece estranho? Se Noé soubesse
disso com antecedência, ele teria preparado material para alpinismo também!
Como será que Noé fez para descer com todos aqueles animais lá de cima dos
montes de Ararate? Você sabe onde fica isso? Fica num país chamado Armênia,
mais especificamente, ao sul da Armênia, no continente asiático. Segundo
informações, a montanha mais alta da região chama-se Ararate e tem cerca de
cinco mil metros de altura. É uma região coberta por constante neblina,
portanto, de difícil visibilidade e acesso. Isso, na topografia atual. Na época
de Noé, possivelmente as condições geográficas poderiam ser diferentes.
Você acha que se houvesse um
jeito de irmos a esse local, encontraríamos lá a arca de Noé, intacta?
Pessoalmente, acredito que sim! Porém, se os próprios habitantes da Armênia
nunca conseguiram subir até lá, o que nos garante que nós outros teríamos
sucesso? Além do mais, você não acha que as autoridades armênias reservariam
para si, o direito de explorar, turisticamente, o fato? E você já pensou nas
consequências? Cada turista haveria de querer arrancar um pedacinho da arca
como lembrança! Os supersticiosos haveriam de atribuir poderes miraculosos às
lasquinhas! Haveria gente vendendo madeira falsificada, como sendo da arca!
Logo, logo, diriam que quem conseguisse tomar um “chazinho” da madeira da arca
de Noé, nunca envelheceria, não ficaria mais doente, nunca mais teria problemas
com dinheiro, a vida conjugal entraria nos eixos, as pessoas ficariam mais
bonitas também, enfim, o Senhor nosso Deus sabe muito bem do que o ser humano
seria capaz! Por isso o nosso Deus guardou a arca num local inacessível! Como
Ele fez com o jardim do Éden! São as coisas que pertencem a Deus e somente Ele
decide o que fazer com elas!
Conjecturas à parte resta ainda
o aspecto de que os cépticos ficariam muito sem graça se, de repente, não mais
que de repente, o Senhor nosso Deus abrisse como que uma cortina e, eis lá, no
topo do monte Ararate, a arca de Noé, visível para todos! Oh! Que chato não se
poder negar mais os registros bíblicos! Ficam eles estudando as camadas do
solo, e são obrigados a admitir que há evidências fortes sobre o dilúvio da época
de Noé! Mas, daí a ter o prazer de contemplar a arca... ah!...Seria tudo muito
simples demais, não acha? E o Senhor nosso Deus não vai baratear as suas obras,
só para que os incrédulos tenham provas do seu poder! Afinal, o nosso Deus não
precisa disso! Ele não está mendigando fé! O Senhor nosso Deus não tem a menor
necessidade de implorar aos homens: Oh! Por favor, acreditem em mim!
Afinal, fato muito mais
extraordinário do que a arca de Noé, foi o nascimento do Filho de Deus, Jesus
Cristo, que veio para ser o mediador entre Deus e os homens. E ainda que o
mundo tenha sido agraciado com a vinda de Deus à terra, muitos continuam
ignorando a Cristo. Ora, se a humanidade crucificou o Filho de Deus, como sinal
de rejeição, não se iluda achando que tudo seria diferente se o nosso Deus
desvendasse o segredo da arca de Noé aos homens, e a exibisse ao mundo, que
isso faria alguma diferença para o incrédulo! Não, não se iluda! Não faria
diferença nenhuma! Porque a incredulidade não se desfaz com provas! Ela se
desfaz com fé! E sem fé, diz a Palavra, é impossível agradar a Deus! (Hb
11:6-7)
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