“Ele
respondeu: Ouvi a tua voz no jardim e tive medo, porque estava nu, e
escondi-me.” (Gn 3:10)
Houve um tempo, não muito
distante que, quando uma criança fazia “arte”, a atitude natural dela era
sentir medo das palmadas, puxões de orelhas e outras coisas que podiam
acontecer como resultado da peraltice. Olhando sob este prisma, tudo parece
inocente, porém, quando se trata da cena do jardim do Éden, as coisas não são
tão simples assim! Quando o homem e a mulher se esconderam de Deus, eles
deveriam estar mesmo, apavorados!
A partir daí, o ser humano
desenvolveu uma ideia errônea de Deus. Imagina Deus como alguém extremamente
severo, impossível de se agradar, que não está disposto a desculpar ninguém, e
que mantém um chicote na mão, tinindo de vontade de distribuir umas chicotadas!
Como essa ideia é ridícula diante da cruz de Cristo! Bastaria apenas um texto
das Escrituras para desmoronar essa ideia! Como esse, por exemplo: “Porque Deus
amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele
que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu
Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse
salvo por ele.” (Jo 3:16-17)
Entretanto, uma pessoa poderá
ter motivos para ter medo de Deus, se persistir num desses dois erros:
Primeiro: achar-se tão mau, tão indigno, tão pecador, a ponto de duvidar da
graça de Deus, em ter dado o seu Filho Unigênito para salvar os pecadores!
Segundo: achar-se tão bom, tão santo, tão maravilhoso, a ponto de dispensar o
sacrifício de Cristo na cruz do calvário! Esses dois extremos condenam a pessoa
e o afastam definitivamente de Deus! Porque tanto aquele que se julga mau demais
e auto se condena, como aquele que se julga bom demais e se auto justifica,
ambos deixaram de crer em Cristo, e rejeitaram a oferta da salvação! Veja o que
diz o texto sagrado: “Quem nele crê não é condenado, mas quem não crê já está
condenado, porque não crê no nome do unigênito Filho de Deus.” (Jo 3:18)
Assim, destacamos: Não existe
termômetro de bondade e nem termômetro de maldade para designar quem pode se
aproximar de Deus! O que existe é graça abundante da parte de Deus Pai, que
enviou o seu Filho ao mundo para efetuar a nossa redenção e levar sobre si as
nossas transgressões e por isso nos convida: “... Vem. Aquele que tem sede,
venha, e quem quiser, receba de graça a água da vida.” (Ap 22:17)
Contemplando o sacrifício de
Cristo, aprendemos que o nosso Deus é tão santo que não suporta o pecado, é tão
justo e por isso condenou o pecado na cruz, mas é também tão amoroso e por isso
perdoa todo aquele que crê em seu Filho Jesus Cristo, atribuindo a nossa culpa
àquele que se fez culpado por nós! Apenas uma coisa o Senhor nosso Deus não
tolera: A falta de fé! Assim, só deve ter medo de Deus, aquele que permanece na
incredulidade!
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