“Ao tempo que destruía as cidades da campina, lembrou-se Deus
de Abraão e tirou a Ló do meio das ruínas, quando subverteu as cidades em que
Ló habitara”. (Gn 19:29)
Os cristãos têm a mania de interpretar as Escrituras olhando
através de prismas diferenciados. Aí, surgem discussões infindáveis sobre temas
e até doutrinas bíblicas, o que explica as muitas divisões em “denominações
evangélicas”. Quando isso acontece, é porque não se chegou a um denominador
comum e, para evitar atritos, cada grupo segue o seu caminho. Isso é bom?
Talvez! Mas que é complicado, isso é!
Quando o assunto refere-se às profecias bíblicas, sobretudo
àquelas que ainda não se cumpriram, daí então que o assunto pega fogo! Não é
necessário e nem edificante, brigas sobre profecias. Porém, menos edificante
ainda é ignorá-las! Quando Cristo nasceu, o fato já havia sido profetizado
séculos antes! O que justifica a ignorância do povo judeu sobre o
acontecimento? Jerusalém dormia enquanto o Messias nascia! Foi necessário uma
estrela para guiar os magos do Oriente!
Quando se trata das Escrituras, é fundamental analisar os
escritos de forma cuidadosa, olhando sempre o contexto e o que o próprio texto
revela em relação ao todo. Não podemos afirmar o que não está registrado. No
texto bíblico indicado acima, o que está nítido nele? Houve uma destruição de
duas cidades com fogo e enxofre, resultado do clamor que chegou aos ouvidos do
Deus Altíssimo, por causa das transgressões ali cometidas, e também, julgamento
e punição divina.
Mas, houve também, antes da destruição, livramento de Ló do
meio das ruínas. Aí, um cristãozinho conclui: Hahhhhh... Agora sei, antes da
destruição final, Deus vai me tirar do fogo! Verdade? Há outros registros
bíblicos que mostram isso também? Há, sim! Há o caso de Noé e sua família que
foram salvos do dilúvio. Oh! Que maravilha! Chega de preocupação!
Acontece, que há também a libertação dos hebreus do Egito, só
que, por quatrocentos anos eles permaneceram lá e, quando as dez pragas
enviadas pelo Deus Altíssimo, caíram sobre o povo, os escravos hebreus, mesmo
presentes fisicamente no País, nada sofreram, lembra-se? Isso indica que há
possibilidade do povo de Deus ficar como platéia no meio do julgamento,
confere? Nesse caso, o escape do povo de Deus se daria após o julgamento, certo?
Nessas alturas, alguns cristãos já estão torcendo o nariz e pensando: Isso não
é muito bom!
Mas há outros registros bíblicos que mostram o Deus Altíssimo
agindo para livrar os Seus, bem no meio da fogueira, lembram-se de Daniel e
seus amigos? Uns na fornalha ardente e Daniel na cova dos leões! Foram jogados
na fogueira e não se queimaram, Daniel até brincava com os leões na cova e eles
nem se lembravam que estavam famintos!
Então, a pergunta básica: O livramento do Deus Altíssimo em
relação aos cristãos será antes, durante ou depois do julgamento final? Para
quem está em Cristo, o julgamento já aconteceu lá na cruz do Calvário! Estamos
livres da condenação eterna! Para o Deus Altíssimo não há nem antes, nem
durante, nem depois! Ele é Senhor do tempo e age sempre que necessário e
segundo Seus propósitos!
Estamos aguardando a “trombeta soar”! “Porquanto o Senhor
mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a
trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão
primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados
juntamente eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim,
estaremos para sempre com o Senhor”. (I Ts 4:16-17) Quando? Ele sabe!
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