quarta-feira, 15 de julho de 2020

É AGORA?


“Ao tempo que destruía as cidades da campina, lembrou-se Deus de Abraão e tirou a Ló do meio das ruínas, quando subverteu as cidades em que Ló habitara”. (Gn 19:29)

Os cristãos têm a mania de interpretar as Escrituras olhando através de prismas diferenciados. Aí, surgem discussões infindáveis sobre temas e até doutrinas bíblicas, o que explica as muitas divisões em “denominações evangélicas”. Quando isso acontece, é porque não se chegou a um denominador comum e, para evitar atritos, cada grupo segue o seu caminho. Isso é bom? Talvez! Mas que é complicado, isso é!

Quando o assunto refere-se às profecias bíblicas, sobretudo àquelas que ainda não se cumpriram, daí então que o assunto pega fogo! Não é necessário e nem edificante, brigas sobre profecias. Porém, menos edificante ainda é ignorá-las! Quando Cristo nasceu, o fato já havia sido profetizado séculos antes! O que justifica a ignorância do povo judeu sobre o acontecimento? Jerusalém dormia enquanto o Messias nascia! Foi necessário uma estrela para guiar os magos do Oriente!

Quando se trata das Escrituras, é fundamental analisar os escritos de forma cuidadosa, olhando sempre o contexto e o que o próprio texto revela em relação ao todo. Não podemos afirmar o que não está registrado. No texto bíblico indicado acima, o que está nítido nele? Houve uma destruição de duas cidades com fogo e enxofre, resultado do clamor que chegou aos ouvidos do Deus Altíssimo, por causa das transgressões ali cometidas, e também, julgamento e punição divina.

Mas, houve também, antes da destruição, livramento de Ló do meio das ruínas. Aí, um cristãozinho conclui: Hahhhhh... Agora sei, antes da destruição final, Deus vai me tirar do fogo! Verdade? Há outros registros bíblicos que mostram isso também? Há, sim! Há o caso de Noé e sua família que foram salvos do dilúvio. Oh! Que maravilha! Chega de preocupação!

Acontece, que há também a libertação dos hebreus do Egito, só que, por quatrocentos anos eles permaneceram lá e, quando as dez pragas enviadas pelo Deus Altíssimo, caíram sobre o povo, os escravos hebreus, mesmo presentes fisicamente no País, nada sofreram, lembra-se? Isso indica que há possibilidade do povo de Deus ficar como platéia no meio do julgamento, confere? Nesse caso, o escape do povo de Deus se daria após o julgamento, certo? Nessas alturas, alguns cristãos já estão torcendo o nariz e pensando: Isso não é muito bom!

Mas há outros registros bíblicos que mostram o Deus Altíssimo agindo para livrar os Seus, bem no meio da fogueira, lembram-se de Daniel e seus amigos? Uns na fornalha ardente e Daniel na cova dos leões! Foram jogados na fogueira e não se queimaram, Daniel até brincava com os leões na cova e eles nem se lembravam que estavam famintos!

Então, a pergunta básica: O livramento do Deus Altíssimo em relação aos cristãos será antes, durante ou depois do julgamento final? Para quem está em Cristo, o julgamento já aconteceu lá na cruz do Calvário! Estamos livres da condenação eterna! Para o Deus Altíssimo não há nem antes, nem durante, nem depois! Ele é Senhor do tempo e age sempre que necessário e segundo Seus propósitos!

Estamos aguardando a “trombeta soar”! “Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor”. (I Ts 4:16-17) Quando? Ele sabe!

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