terça-feira, 29 de maio de 2018

CONQUISTADO PELO AMOR!


“Não temas, pois, servo meu Jacó, diz o Senhor, nem te espantes, ó Israel; pois eis que te livrarei das terras de longe, e a tua descendência da terra do exílio; Jacó voltará, e ficará tranquilo e em sossego; e não haverá quem o atemorize. Porque eu sou contigo, diz o Senhor, para salvar-te; por isso darei cabo de todas as nações entre as quais te espalhei; de ti, porém, não darei cabo, mas castigar-te-ei em justa medida, e de todo não te inocentarei. Naquele tempo, diz o Senhor, serei o Deus de todas as tribos de Israel, e elas serão o meu povo. Com amor eterno eu te amei; por isso com benignidade te atraí. Ouvi a palavra do Senhor, ó nações, e anunciai nas terras longínquas do mar, e dizei: Aquele que espalhou a Israel o congregará e o guardará, como o pastor, ao seu rebanho. Não é Efraim meu precioso filho? Filho das minhas delícias? Pois tantas vezes quantas falo contra ele, tantas vezes ternamente me lembro dele; comove-se por ele o meu coração, deveras me compadecerei dele, diz o Senhor”. (Jr 30:10-11; 31:1-3, 10, 20)

No texto sagrado acima, é possível identificar algumas características do caráter do Deus Altíssimo, que nos possibilitam entender situações embaraçosas, mas também, esclarecedoras. Por exemplo: o povo de Deus estava sofrendo em exílio. Eles eram inocentes? Não! Por acaso, no texto, você percebe Deus saltitante de alegria por ver Seu povo sofrendo? Não! E as nações que foram palco onde o povo de Israel foi mantido como exilados, eram santinhas? Não, não eram! O que o Senhor fala a respeito delas? Ele disse que “darei cabo” delas! E o povo de Deus? Seria inocentado? Não! Deus disse que eles seriam “castigados em justa medida, e de todo não te inocentarei”.

Porém, a principal verdade que salta aos nossos olhos, é a expressão do amor de Deus pelo seu povo! O Deus altíssimo faz uma declaração de amor, dizendo: “Com amor eterno eu te amei; por isso com benignidade te atraí”. Alguém poderia argumentar: Se é assim, por que então Deus permitiu o exílio? Não seria mais coerente ter evitado que o Seu povo padecesse em terras estranhas? Tal argumento pode ser lógico, mas é destituído de profundidade, posto que não expressa a verdadeira base do caráter de Deus.

Tal raciocínio leva alguns a colocarem a culpa em Deus por todo o mal que acontece no mundo! E colocam o ser humano isento de qualquer responsabilidade! É como se dissessem: Deus poderia muito bem ter evitado que tal coisa acontecesse. Como se o ser humano fosse um robozinho que só cumpre ordens! Destituído de vontade própria, de capacidade de pensar, sentir e agir. Como se tudo dependesse única e exclusivamente de Deus! Até poderia, porque Deus é soberano!

Porém, na Sua própria soberania, o Deus Altíssimo planejou a criação do ser humano à Sua própria imagem e semelhança! E isso nos torna responsáveis por nossas escolhas e ações. Isso não diminuiu em nada a Soberania de Deus! Apenas nos torna responsáveis, sim! Assim como um pai que prefere contar com o amor e gratidão de seus filhos, assim também, o Deus Altíssimo espera de cada um de nós um relacionamento fundamentado no amor, gratidão e fé, pois é isso que dá sentido a qualquer relacionamento afetivo.

“Finalmente, sede todos de igual ânimo, compadecidos, fraternalmente amigos, misericordiosos, humildes, não pagando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, pois para isto mesmo fostes chamados, a fim de receberdes bênção por herança. Pois quem quer amar a vida e ver dias felizes refreie a língua do mal e evite que seus lábios falem dolosamente; aparte-se do mal, pratique o que é bom, busque a paz e empenhe-se por alcançá-la. Porque os olhos do Senhor repousam sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos às suas súplicas, mas o rosto do Senhor está contra aqueles que praticam males”. (I Pe 3:8-12)

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