“Porque, quanto ao Senhor, seus olhos passam
por toda a terra, para mostrar-se forte a favor daqueles cujo coração é
totalmente dEle”. (II Cr 16:9)
Pelo texto bíblico indicado, podemos imaginar o
Deus Altíssimo assentado no Seu Trono de Glória, com uma espécie de “controle
remoto” acionando todos os acontecimentos do Planeta Terra, como se o infinito
fosse uma imensa tela, revelando todos os segredos humanos! E, a exemplo do que
fazemos quando estamos diante de uma tela de televisão, selecionando o que
vamos assistir, assim também, o Senhor tem os seus critérios e preferências.
Assim, imaginemos o Todo Poderoso, passando
rapidamente pelas cenas cinematográficas e filtrando: isso Eu gosto e isso Eu
não gosto – isso dá para assistir e isso não – isso é bom e isso não é. E o que
fazemos diante de uma cena horrorosa? Mudamos de canal! Pronto! Será que o Deus
Altíssimo muda de canal também? E isso significa que o que não presta é
ignorado? Certamente, não! O fato de Deus não apreciar grande parte do que o
ser humano faz, não quer dizer que os acontecimentos ruins e desagradáveis
acabem no esquecimento, sem censura e sem julgamento!
Houve um período da história humana – bem
curto, por sinal – em que Deus demonstrou uma satisfação imensa por todos os
atos da criação. Você percebe isso nas expressões “e viu Deus que isso era bom”
após cada realização! Podemos imaginar o Deus Altíssimo repassando várias vezes
as mesmas cenas, extasiado pelo resultado de Sua Obra! Mas, para que ela
ficasse completa, faltava a criação dos seres humanos. E assim se fez. Homem e
mulher. Adão e Eva. O Paraíso! Tudo perfeito! Tudo tão bonito que o Senhor
vinha todas as tardes “bater um papo” com eles!
Perceba que a apreciação do Senhor era feita
pessoalmente, não através de uma imensa tela de televisão! Por certo, puxava
uma cadeira (ou equivalente) e conversavam, conversavam, sorriam, cantavam e,
antes de partir, dizia: amanhã eu volto!
Um dia, Ele voltou e não os encontrou! Estavam escondidos! Fugiam da
presença de Deus! O que aconteceu? O maligno infiltrou-se no paraíso e induziu
o casal a pecar! A partir daí, as atitudes humanas passaram a ser contrárias e
desagradáveis a Deus!
Como um filme que precisa ser retirado de
circulação, a situação ficou tão inaceitável que o Deus Altíssimo decidiu
acabar com tudo, enviando o Dilúvio (de Noé). “Viu o Senhor que a maldade do
homem se havia multiplicado na terra, e que era continuamente mau todo desígnio
do seu coração; então se arrependeu o Senhor de ter feito o homem na terra, e
isso lhe pesou no coração. Disse o Senhor: Farei desaparecer da face da terra o
homem que criei, o homem e o animal, os répteis, e as aves dos céus; porque me
arrependo de os haver feito”. (Gn 6:5-7)
Tudo seria muito triste se não houvesse nenhuma
pessoa que tivesse seu coração totalmente voltado para Deus. Havia! Havia, sim!
Noé e sua família! E a história humana demonstrou isso em todas as épocas!
Sempre houve pessoas, ainda que poucas, comprometidas com o Deus Altíssimo!
Esses, reconhecem em Cristo Jesus, o Redentor, o Salvador, Aquele que
transforma o coração, a vida, perdoa, restaura a imagem de Deus na vida do ser
humano!
Os redimidos por Cristo são aqueles que
proporcionam ao Deus Altíssimo o prazer de assistir a um “bom filme”, olhar
para a terra e não somente sentir alegria, mas colocar-se ao lado de Seus
filhos e mostrar-se forte, socorro bem presente na angústia! “Porquanto a graça
de Deus se manifestou salvadora a todos os homens, educando-nos para que,
renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos no presente século,
sensata, justa e piedosamente, aguardando a bendita esperança e a manifestação
da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus, o qual a Si mesmo se
deu por nós, a fim de remir-nos de toda iniquidade, e purificar para Si mesmo
um povo exclusivamente Seu, zeloso de boas obras”. (Tt 2:11-14)
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