“Mas os céus e a terra que existem agora, pela
mesma palavra, têm sido guardados para o fogo, sendo reservados para o dia do
juízo e da perdição dos homens ímpios. Mas o dia do Senhor virá como um ladrão.
Os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a
terra e as obras que nela há, serão descobertas”. (II Pe 3:7, 10)
“O primeiro anjo tocou a sua trombeta, e houve
saraiva e fogo misturado com sangue, que foram lançados na terra. Foi queimada
a terça parte da terra, a terça parte das árvores, e toda a erva verde”. (Ap
8:7)
O estudo profético é, às vezes, bastante
complexo. E se não houver um perfeito discernimento das Escrituras Sagradas,
pode acontecer de nos depararmos com registros, aparentemente contraditórios.
Os dois textos bíblicos indicados acima, por exemplo, apresentam algumas
dificuldades para se harmonizar. O apóstolo Pedro dá a entender que a terra
toda será queimada pelo fogo. Ele diz que tanto a terra como os céus que agora
existem, estão guardados para o fogo, no dia do juízo e da perdição dos homens
ímpios, e também que haverá um grande estrondo, e os elementos, ardendo se
desfarão, e a terra e as obras que nela há, serão descobertas.
Já o apóstolo João viu nas revelações que lhe
foram dadas por Deus, o primeiro anjo, numa sequência de sete, tocando a sua
trombeta e lançando sobre a terra uma mistura de saraiva, fogo e sangue,
causando a queima da terça parte da terra, das árvores e de toda a erva verde.
Perceba que o apóstolo João nos dá, matematicamente,
a extensão da terra que será destruída pelo fogo. Estariam os dois apóstolos
falando do mesmo evento? Ou seriam eventos distintos? Será que as palavras
proféticas do apóstolo Pedro devem ser entendidas como sendo de proporção
universal? Creio que elas não foram ditas com essa intenção. Caso contrário,
por que o apóstolo completa a descrição, dizendo que a terra e as obras que
nela há, serão descobertas?
Ora, se “os elementos que, ardendo, se desfarão”
representarem toda a terra, sobraria alguma coisa para ser descoberta? Assim,
parece mais compreensível que, de fato, o mundo ficará em chamas sim, mas, pela
graça e misericórdia de Deus, apenas a terça parte da terra será atingida,
conforme indica o apóstolo João.
Entretanto, o mais importante neste fato, não é
ficarmos discutindo de que forma esta terra será mergulhada em chamas, ou qual
a extensão da terra que será cenário desta catástrofe, mas sim, entendermos que
tais acontecimentos estão profetizados e representam o juízo de Deus sobre os
homens ímpios.
Quem são esses homens Ímpios? São aqueles que
rejeitaram o Filho de Deus! Aqueles que desprezaram o sacrifício de Cristo na
cruz! Aqueles que não deram crédito às Escrituras Sagradas! Aqueles que viraram
o rosto para a oferta de Deus aos homens! Aqueles que persistiram em ofender ao
Deus Altíssimo! Aqueles que tiveram oportunidade de escapar até das chamas do
inferno, mas não quiseram!
Não é nosso propósito semearmos medo e
insegurança nas pessoas. Muito pelo contrário, nosso desejo é apontarmos para
Aquele que tem todo o poder em Suas mãos e quer, com misericórdia infinda,
estender Seus braços para receber cada pessoa que, olhando pela fé na cruz do
calvário, vê estes mesmos braços que, um dia, foram estendidos naquela cruz,
oferecendo perdão, salvação e paz na presença do Deus Altíssimo!
“Arrependei-vos, pois, e convertei-vos para
serem cancelados os vossos pecados, a fim de que da presença do Senhor venham
tempos de refrigério, e que envie ele o Cristo, que já vos foi designado,
Jesus, ao qual é necessário que o céu receba até aos tempos da restauração de
todas as coisas, de que Deus falou por boca dos seus santos profetas desde a
antiguidade”. (At 3:21)
Nenhum comentário:
Postar um comentário