“Pareceu bem a Dario constituir sobre o reino a
cento e vinte sátrapas, que estivessem por todo o reino; e sobre eles três
presidentes, dos quais Daniel era um, aos quais estes sátrapas dessem conta,
para que o rei não sofresse dano. Então o mesmo Daniel se distinguiu destes
presidentes e sátrapas, porque nele havia um espírito excelente; e o rei
pensava em estabelecê-lo sobre todo o reino. Então os presidentes e os sátrapas
procuravam ocasião para acusar a Daniel a respeito do reino; mas não puderam
achá-la, nem culpa alguma; porque ele era fiel, e não se achava nele nenhum
erro nem culpa. Disseram, pois, estes homens: Nunca acharemos ocasião alguma
para acusar a este Daniel, se não a procurarmos contra ele na lei do seu Deus”.
(Dn 6:1-5)
Antes de Daniel enfrentar os leões que estavam
dentro da cova, ele teve primeiro que enfrentar os leões mais perigosos que
estavam fora da jaula, passeando pelas ruas, livres, soltos e com as presas bem
escondidas! Quem eram esses leões? Eram os políticos do império medo-persa que
morriam de inveja, ciúmes, dor-de-cotovelo e raiva de Daniel.
Mas o que havia de errado em Daniel que
despertava tanta revolta assim? O problema era esse: Nada! Eles queriam achar
algum motivo para conseguir o “impeachment” de Daniel e por mais que
procurassem, não encontravam! Você está pensando que esta guerra que existe
entre os políticos, é coisa de hoje? Mal dos tempos modernos? Engano seu!
Nos impérios mais antigos que o mundo conheceu,
já havia esta problemática! Um procurando derrubar o outro! E, no caso do
profeta Daniel, o problema era mais sério, porque ele era estrangeiro, trazido
como prisioneiro entre os exilados de Jerusalém, isto ainda no tempo do rei
Nabucodonosor, em pleno resplendor do império babilônico.
Daniel era príncipe de Judá, da linhagem real
dos filhos de Israel. Era inteligente, preparado, culto, sábio, instruído e,
principalmente, era fiel ao Deus Altíssimo! Homem de fé e oração! Abençoado e
ungido por Deus! Profeta consagrado ao serviço do Senhor! E o Deus Altíssimo o
abençoava e coroava de êxito os seus caminhos! Recebia sabedoria de Deus e tudo
o que fazia, prosperava!
Desde os tempos de Nabucodonosor, Daniel se
destacava entre os sábios do império. Por isso, ele e seus três amigos que
vieram juntos de Jerusalém para Babilônia como cativos, acabaram ocupando
cargos políticos importantes no império, pois eram cargos de confiança absoluta
do imperador. Agora, então, com o rei Dario, o prestígio de Daniel aumentava
cada vez mais. E isso fazia os outros políticos roerem as unhas de inveja e
despeito!
O rei Dario resolveu dividir o império em cento
e vinte Estados - digamos assim - e sobre cada um, constituiu um sátrapa, ou
seja, governador. Sobre esses cento e vinte governadores, Dario instituiu três
presidentes e Daniel era um deles. Dentre esses três presidentes, Daniel se
distinguiu mais ainda, e o rei estava tão contente com ele que queria colocá-lo
sobre todo o reino, ou seja, Daniel estaria acima dos próprios presidentes! Aí,
eles não aguentaram mais tanta competência!
Reuniram-se e decidiram: - Vamos derrubar
Daniel? Vamos, disseram em coro! E com isso em mente, os leões de fora da jaula
armaram um plano para empurrar Daniel para dentro da cova dos leões, sem saber
que o Deus Altíssimo é domador de leões e se coloca em defesa daqueles que O
temem e nEle confiam!
“Pela fé ruíram as muralhas de Jericó, depois
de rodeadas por sete dias. E que mais direi ainda? Certamente me faltará o
tempo necessário para referir o que há a respeito de Gideão, de Baraque, de
Sansão, de Jefté, de Davi, de Samuel, e dos profetas, os quais, por meio da fé,
subjugaram reinos, praticaram a justiça, obtiveram promessas, fecharam bocas
de leões, extinguiram a violência do fogo, escaparam ao fio da espada, da
fraqueza tiraram força, fizeram-se poderosos em guerra, puseram em fuga
exércitos estrangeiros”. (Hb 11:30-34)
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