“No mesmo instante apareceram uns dedos de mão
de homem, e escreviam, defronte do candeeiro, na caiadura da parede do palácio
real; e o rei via os dedos que estavam escrevendo. Então se mudou o semblante
do rei, e os seus pensamentos o turbaram; as juntas dos seus lombos se
relaxaram, e os seus joelhos batiam um no outro.” (Dn 5:5-6)
O rei Belsazar achou que podia afrontar ao Deus
Altíssimo sem ter que responder por isso. E se enganou completamente. Eis o
testemunho das Escrituras: “Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo.” (Hb
10:31) O rei ainda estava com a boca cheia de leitão assado, segurando um dos
utensílios de ouro que pertenciam ao templo do Senhor, rindo, com suas mulheres
e amigos e, mais do que isso, estavam cantando louvores aos seus ídolos de
ouro, prata, bronze, ferro, madeira e pedra.
Sim, pasmem, Belsazar estava em meio a um
banquete, no qual o principal ofendido era o Deus Altíssimo! E Ele iria ficar
de braços cruzados? Vendo os utensílios consagrados ao Seu culto serem usados
para embriaguês do rei e seus convidados e, principalmente, utilizados para
glorificar aos deuses do império babilônico? Não! Mil vezes, não! Foi então que
o Senhor entrou naquele palácio e, para espanto de todos, começou a escrever na
caiadura da parede!
O registro sagrado diz que o semblante do rei
mudou! Num momento ele estava rindo, cantando! No momento seguinte ele estava
pálido, branco de susto, tonto, confuso e com os joelhos batendo um no outro,
de tanto pavor! O Deus Altíssimo escreveu na caiadura da parede do palácio real
um recado para Belsazar. Era mais do que um recado. Era uma sentença. Sentença
de morte!
Belsazar havia blasfemado contra Deus! Profanou
os utensílios consagrados ao Senhor! Ousou encostar lábios embriagados nos
objetos dedicados ao serviço do Deus Altíssimo! Fez os seus convidados beberem,
juntamente com ele, enquanto davam louvores aos seus deuses de ouro, prata,
bronze, ferro, madeira e pedra. Eram pagãos, idólatras e ofenderam a Deus,
quando utilizaram os objetos sagrados que haviam sido trazidos do templo em
Jerusalém, para se embriagarem, além de cantarem louvores aos seus deuses.
Assim, a ira do Deus Altíssimo se manifestou
imediatamente e de maneira clara e direta. Não foi sonho, nem visão! Deus
entrou no palácio e escreveu a sentença de condenação ao rei Belsazar! Bem na
frente do rei! Todos podiam ver! Apenas, não conseguiam ler e, muito menos,
entender o significado daquela mensagem! Na verdade, o banquete do rei Belsazar
acabou ali! Acabou a festa! Agora restavam apenas o medo, o pavor e a
perplexidade!
Belsazar sabia que teria que enfrentar o Deus
vivo e verdadeiro! E não tinha justificativas para apresentar! Alegar
desconhecimento? Como? Depois de todos os acontecimentos que o Deus Altíssimo
revelou a Nabucodonosor através do profeta Daniel? E o decreto que
Nabucodonosor assinou, valendo para todo o império babilônico? De que tratava
esse decreto? (Dn 3:29) Isto significa que todas as experiências de
Nabucodonosor diretamente com Deus, eram do conhecimento de Belsazar e seriam
razão suficiente para ele reconhecer que não se pode escarnecer do Deus
Altíssimo!
O que aconteceu com o rei Belsazar deve servir
de exemplo para aqueles que insistem em menosprezar a Deus. E, principalmente,
mostra que não se deve viver ignorando os preceitos do Senhor e ainda achar
que, no final, dá tudo certo. Deus vai ser bonzinho, compassivo e acabar
aceitando a todos de braços abertos, oferecendo bolo e refrigerante! Não, não é
assim! Belsazar pagou caro por ter ofendido a Deus. Perdeu o reino! Perdeu a
vida!
Assim também será com aqueles que rejeitam a
Cristo! Após o sacrifício do Senhor Jesus na cruz do calvário, o perdão e
justificação estão sendo oferecidos a todos. Muitos recebem, alguns recusam!
Qual é o resultado dessa decisão? Eis a resposta: “Porquanto Deus enviou o seu
Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo
por ele. Quem nele crê não é julgado; o que não crê já está julgado, porquanto
não crê no nome do unigênito Filho de Deus. Por isso quem crê no Filho tem a
vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida,
mas sobre ele permanece a ira de Deus.” (Jo 3:17, 18, 36)
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