Todos nós já brincamos com o famoso joguinho
conhecido como quebra-cabeça. É divertido ajustar as figuras, combinando as
peças até formar uma imagem completa. Mais divertido ainda é quando agarramos
uma peça e queremos, por todos os meios, encaixá-la no lugar errado. Um
detalhezinho que falta, uma curva que não se ajusta e, pronto - começamos a quebrar a cabeça! Já achamos que
alguém deve ter se enganado! Alguma coisa está errada! Esqueceram algumas
peças! Quando, finalmente, conseguimos formar o desenho, então sim, ficamos
satisfeitos e, é claro, o mérito é todo nosso!
Você sabia que isso acontece também com as
profecias bíblicas? O Autor delas é o Deus Altíssimo. Elas aparecem registradas
nas Escrituras Sagradas, e como peças de um quebra-cabeça elas se encontram no
Velho Testamento e também no Novo Testamento, algumas ditas através dos
profetas, outras ditas pelo próprio Cristo, e ainda outras, apresentadas pelos
Apóstolos. E tudo isto forma um maravilhoso quebra-cabeça cristão!
Alguém poderia pensar: Mas, por que Deus já não
colocou tudo na ordem certa, pra gente não fazer confusão? Seria tão bom se os
acontecimentos proféticos aparecessem em ordem cronológica e tudo muito bem “explicadinho”!
Não haveria risco de falsas interpretações. A verdade é que até mesmo os
profetas encontravam grandes dificuldades para entender o significado das
profecias e, quando o Deus Altíssimo lhes mostrava algum acontecimento em forma
de visão, símbolos ou sonhos, eles ficavam perturbados e procuravam a Deus para
descobrir qual era o sentido das revelações.
Observem como o profeta Daniel ficou perturbado
com as profecias que lhe foram reveladas. “Quanto a mim, Daniel, os meus
pensamentos muito me espantaram, e mudou-se em mim o meu semblante, mas guardei
estas coisas no meu coração. Ele veio para perto de onde eu estava; e vindo
ele, fiquei assombrado, e caí com o rosto em terra. Estando ele falando comigo,
caí com o rosto em terra, adormecido. Eu, Daniel, estive enfraquecido e enfermo
alguns dias. Então me levantei e tratei do negócio do rei. Espantava-me com a
visão, e não havia quem a entendesse.” (Dn 7:28/8:17,18 e 27)
Notem
também como Herodes ficou preocupado com a notícia do nascimento de Cristo e
assim, chamou os sacerdotes e escribas judeus para saber deles, onde deveria
nascer o Messias. É como se Herodes dissesse: Afinal, vocês não vivem estudando
o registro sagrado? Então, me falem: O que está escrito aí a respeito do rei
dos judeus?
Também, percebam como o apóstolo João, na ilha
de Patmos, ao receber a revelação apocalíptica do Senhor Jesus, ele assim
testifica: “Quando o vi, caí a seus pés como morto. E eu chorava muito, porque ninguém
fora achado digno de abrir o livro, nem de o ler, nem de olhar para ele.” (Ap
1:17/5:4)
Assim, constatamos que, para se compreender o
sentido da revelação divina, é necessário que oremos suplicando a direção e
unção do Santo Espírito de Deus e a sabedoria do alto. Contudo, a orientação e
o ensino dos apóstolos é para que saibamos manejar bem a Palavra da Verdade. As
peças do quebra-cabeça cristão estão ao nosso alcance. A tarefa de entendê-las
e ajustá-las, harmoniosamente, é nossa! Então, mãos à obra!
“Procura apresentar-te a Deus, aprovado, como
obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da
verdade.” (II Tm 2:15)
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