José estava
com muitas dívidas. O fantasma do desemprego o estava assombrando há mais de um
ano. Não queria deixar a família passar necessidades. Tinha as prestações da
casa para pagar. Faltava ainda a metade das prestações para quitar. Sabia que
se não conseguisse pagar, perderia a casa e a família ficaria sem ter onde
morar. Essa ideia maltratava o seu coração. Se não havia dinheiro para pagar as
prestações do imóvel, não haveria dinheiro para pagar aluguel.
José começou a fazer trabalhos
temporários, um serviçinho aqui, outro ali, “bicos” como dizem. Mas não era o
suficiente para pagar a casa, luz, água, comprar alimentos, manter as crianças
na escola e... roupas? Isso tem que esperar! Quem sabe eu consigo novamente um
emprego registrado! A família começou a colaborar: A esposa, Maria, foi
trabalhar de diarista. Oitenta por dia já ajuda! As crianças pararam de pedir
tênis novo. A gente dá uma coladinha na sola, manda pintar e aguenta mais uns
tempos!
Mas, a situação não melhorava, o
emprego não vinha, as dívidas aumentavam. No desespero, José se obrigou a fazer
alguns empréstimos. Em financeiras. E se afundou mais! O ano passou e José
estava aflito, angustiado, até desesperado! Sempre fora honesto, tinha caráter,
nunca gostou de pedir favores a ninguém. Agora, a situação já estava de um
jeito, que ele teria que deixar o orgulho de lado e aceitar ajuda. Se me
arranjarem uma cesta básica, eu aceito! Fico na fila, se for preciso! Roupas
também! E sapatos. Enfim, tudo!
José começou a fazer as contas
para saber de quanto dinheiro ele precisaria para saldar as dívidas. Era muito
dinheiro! Uns dez mil reais, seria o valor necessário para pagar as contas.
Mas, onde vou arranjar isso? Chegou dezembro e começaram as propagandas de
Natal! Tudo tão bonito, mas José se sentia cada vez pior! Torcia para que o
Natal não chegasse! Para quê? Ver tanta coisa bonita, sem poder comprar? Meu
presente de Natal que eu gostaria de ganhar seria um trabalho! Poder pagar
minhas dívidas!
Cansado de tanto pensar, José
adormeceu... e sonhou: Alguém chegava perto dele e lhe entregava dez mil reais!
“Seu presente de Natal, dizia o estranho. Pague suas dívidas!” Em seguida, o
estranho foi desaparecendo aos poucos e, em seu lugar, José percebeu uma cruz!
Alguém estava sendo crucificado e José ainda teve tempo de ouvir essa pessoa
dizer: “Eu paguei a sua dívida. Para Deus você não deve mais nada!”
Então, José acordou! E
compreendeu! No Natal, o melhor presente é Cristo! E a minha dívida para com
Deus, que era bem maior do que as minhas contas a pagar, sim, essa dívida
Cristo pagou por mim! E José sorriu, agradecido.
“E a vós outros, que estáveis
mortos pelas vossas transgressões... vos deu vida juntamente com ele, perdoando
todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra
nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o
inteiramente, encravando-o na cruz.” (Cl 2:13-14)
Nota: Esta mensagem foi escrita
na época em que o fantasma do desemprego assolava o nosso país. Graças a Deus,
esta situação, hoje, mudou! E devemos ser agradecidos por isso! Porém, é
importante lembrar que muitos povos, hoje, estão vivendo o mesmo pesadelo já
vivido por nós! E é dever nosso ficar alertas quanto a esse fato. Que neste
Natal, todas as lideranças governamentais sejam iluminadas por Deus e que deem
o lugar devido a Cristo em suas vidas!
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