terça-feira, 11 de dezembro de 2012

E JOSÉ SONHOU QUE...


José estava com muitas dívidas. O fantasma do desemprego o estava assombrando há mais de um ano. Não queria deixar a família passar necessidades. Tinha as prestações da casa para pagar. Faltava ainda a metade das prestações para quitar. Sabia que se não conseguisse pagar, perderia a casa e a família ficaria sem ter onde morar. Essa ideia maltratava o seu coração. Se não havia dinheiro para pagar as prestações do imóvel, não haveria dinheiro para pagar aluguel.
                José começou a fazer trabalhos temporários, um serviçinho aqui, outro ali, “bicos” como dizem. Mas não era o suficiente para pagar a casa, luz, água, comprar alimentos, manter as crianças na escola e... roupas? Isso tem que esperar! Quem sabe eu consigo novamente um emprego registrado! A família começou a colaborar: A esposa, Maria, foi trabalhar de diarista. Oitenta por dia já ajuda! As crianças pararam de pedir tênis novo. A gente dá uma coladinha na sola, manda pintar e aguenta mais uns tempos!
                Mas, a situação não melhorava, o emprego não vinha, as dívidas aumentavam. No desespero, José se obrigou a fazer alguns empréstimos. Em financeiras. E se afundou mais! O ano passou e José estava aflito, angustiado, até desesperado! Sempre fora honesto, tinha caráter, nunca gostou de pedir favores a ninguém. Agora, a situação já estava de um jeito, que ele teria que deixar o orgulho de lado e aceitar ajuda. Se me arranjarem uma cesta básica, eu aceito! Fico na fila, se for preciso! Roupas também! E sapatos. Enfim, tudo!
                José começou a fazer as contas para saber de quanto dinheiro ele precisaria para saldar as dívidas. Era muito dinheiro! Uns dez mil reais, seria o valor necessário para pagar as contas. Mas, onde vou arranjar isso? Chegou dezembro e começaram as propagandas de Natal! Tudo tão bonito, mas José se sentia cada vez pior! Torcia para que o Natal não chegasse! Para quê? Ver tanta coisa bonita, sem poder comprar? Meu presente de Natal que eu gostaria de ganhar seria um trabalho! Poder pagar minhas dívidas!
                Cansado de tanto pensar, José adormeceu... e sonhou: Alguém chegava perto dele e lhe entregava dez mil reais! “Seu presente de Natal, dizia o estranho. Pague suas dívidas!” Em seguida, o estranho foi desaparecendo aos poucos e, em seu lugar, José percebeu uma cruz! Alguém estava sendo crucificado e José ainda teve tempo de ouvir essa pessoa dizer: “Eu paguei a sua dívida. Para Deus você não deve mais nada!”
                Então, José acordou! E compreendeu! No Natal, o melhor presente é Cristo! E a minha dívida para com Deus, que era bem maior do que as minhas contas a pagar, sim, essa dívida Cristo pagou por mim! E José sorriu, agradecido.
                “E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões... vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz.” (Cl 2:13-14)
                Nota: Esta mensagem foi escrita na época em que o fantasma do desemprego assolava o nosso país. Graças a Deus, esta situação, hoje, mudou! E devemos ser agradecidos por isso! Porém, é importante lembrar que muitos povos, hoje, estão vivendo o mesmo pesadelo já vivido por nós! E é dever nosso ficar alertas quanto a esse fato. Que neste Natal, todas as lideranças governamentais sejam iluminadas por Deus e que deem o lugar devido a Cristo em suas vidas!

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