domingo, 1 de maio de 2022

DALILA E SANSÃO

 


“Depois disto, aconteceu que se afeiçoou a uma mulher do vale do Soreque, a qual se chamava Dalila. Então, os príncipes dos filisteus subiram a ela e lhe disseram: Persuade-o e vê em que consiste a sua grande força e com que poderíamos dominá-lo e amarrá-lo, para assim o subjugarmos; e te daremos cada um mil e cem siclos de prata. Disse, pois, Dalila a Sansão: Declara-me, peço-te, em que consiste a tua grande força e com que poderias ser amarrado para poderem te subjugar”. (Jz 16:4-6)

 

Sansão e Dalila é um casal muito falado até em filmes de romances! Eu, porém, não vejo nada de romance nessa história! Ao contrário, se existem até hoje relacionamentos entre homens e mulheres, que até se casam, motivados por interesses financeiros, o amor imensurável de Dalila estava fundamentado no metal precioso chamado prata! Assim que Sansão e Dalila começaram a namorar, os príncipes filisteus fizeram um acordo com ela! Descubra para nós em que consiste essa força tão grande do seu namorado Sansão, e nós, príncipes do nosso povo lhe daremos, cada um, a quantia de um mil e seiscentos siclos de prata! Se você for bom de cálculo, faça as contas: um siclo pesa doze, três gramas; um quilo pesa mil gramas, certo? Não sabemos quantos príncipes filisteus fizeram parte dessa armadilha, então, conclusão: Era muita prata! Daí, que Dalila movida não pelo amor, mas pela prata, atirou-se numa insistência infernal para descobrir a origem da força física de Sansão!

 

Agora, cá entre nós, será que Sansão representa a maioria dos homens nesse quesito? Misericórdia! Leia o texto e perceba que por três vezes Sansão deu pistas falsas a respeito de sua força física! Mas Dalila insistiu tanto, mas tanto, mas tanto que Sansão foi tomado por uma “impaciência de matar”, como se dissesse: Não agüento mais! E abriu o jogo! “Descobriu-lhe todo o coração e lhe disse: Nunca subiu navalha à minha cabeça, porque sou nazireu de Deus, desde o ventre de minha mãe; se vier a ser rapado, ir-se-á de mim a minha força, e me enfraquecerei e serei como qualquer outro homem”. (Jz 16:17)

 

Sansão deixa claro que dava mais importância à sedução e encantos de Dalila, do que à missão que o Deus Altíssimo lhe dera com respeito ao livramento de Israel! Preste atenção no comportamento carinhoso e mal intencionado de Dalila: Era como se falasse com voz adocicada: Sansãozinho, queridinho e cabeludinho da Dalilinha... venha repousar nos meus joelhos, enquanto o melhor cabeleireiro da cidade vem cortar suas sete tranças, depois de você ficar bem carequinha, os meus amigos príncipes do meu povo, vão furar-lhe os dois olhinhos, vão amarrá-lo, bem delicadamente com cadeias de bronze e levá-lo ao cárcere para trabalhar, fazendo girar o moinho, viu só que beleza? E mais: Eu vou mergulhar na minha piscina cheinha de prata, como “tia platina” em concorrência com meu futuro “tio Patinhas”!

 

Ora, faça-me o favor! O que mais precisava acontecer para Sansão abrir os olhos? Ao que parece, ele, Sansão, já era cego antes mesmo de ter seus olhos vazados! Como se deixou  manipular dessa maneira por uma mulher? Nem dá para se admirar tanto! Esta cena vem se repetindo desde o jardim do Éden! Entre tantos tropeços de Sansão, ainda assim, o Deus Altíssimo não o abandonou, pois, por ocasião de sua morte (havia umas três mil pessoas no local) e mesmo tendo Sansão rompido o voto de nazireu, o Senhor ouviu a sua oração quando suplicou “Sansão clamou ao Senhor e disse: Senhor Deus, peço-te que te lembres de mim, e dá-me força só esta vez, ó Deus, para que me vingue dos filisteus, ao menos por um dos meus olhos. Abraçou-se, pois, Sansão com as duas colunas do meio, em que se sustinha a casa, e fez força sobre elas, com a mão direita em uma e com a esquerda na outra. E disse: Morra eu com os filisteus. E inclinou-se com força, e a casa caiu sobre os príncipes e sobre todo o povo que nela estava; e foram mais os que matou na sua morte do que os que matara na sua vida”. (Jz 16:28-30)  

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