domingo, 13 de março de 2022

SÁBIO - BALAÃO OU A JUMENTA?

 


“Então, o Senhor fez falar a jumenta, a qual disse a Balaão: Que te fiz eu, que me espancaste já três vezes? Respondeu Balaão à jumenta: Porque zombaste de mim; tivera eu uma espada na mão e, agora, te mataria. Replicou a jumenta a Balaão: Porventura, não sou a tua jumenta, em que toda a tua vida cavalgaste até hoje? Acaso, tem sido o meu costume fazer assim contigo? Ele respondeu: Não. Então, o Senhor abriu os olhos a Balaão, ele viu o Anjo do Senhor, que estava no caminho, com a sua espada desembainhada na mão; pelo que inclinou a cabeça e prostrou-se com o rosto em terra. Então, o Anjo do Senhor lhe disse: Por que já três vezes espancaste a jumenta? Eis que eu saí como teu adversário, porque o teu caminho é perverso diante de mim; a jumenta me viu e já três vezes se desviou de diante de mim; na verdade, eu, agora, te haveria matado e a ela deixaria com vida”. (Nm 22:28-33)

 

Natural que tenhamos muitas dúvidas para entender o procedimento de Balaão. É muito mais fácil entender a jumenta do que entender Balaão! Esse personagem torce para dois times! Ao mesmo tempo em que ele quer “saber” (não obedecer) a vontade de Deus, ele quer ouvir e receber o tilintar das moedas de Balaque! Torce por um time, e adora “marcar gol contra”! Difícil também é compreender por que, sendo esse profeta cheio de contradições, ainda assim, o Deus Altíssimo falou com ele, deu-lhe instruções e, através dele, mostrou aos inimigos que maldições, feitiçarias, encantamentos, agouros, não “grudam” no Seu povo!

 

Porém, a estratégia que Balaão usou, ensinando Balaque a induzir Israel a praticar a idolatria e imoralidade contra o Senhor, levou o morticínio aos israelitas, pois, com a praga que Deus fez cair sobre eles, vinte e quatro mil deles morreram! Afinal, quem era esse Balaão? Haveria algum tipo de afinidade entre o Deus Altíssimo e Balaão? Temos que considerar duas questões: A primeira é que se o Senhor dependesse de “afinidades humanas” para agir, nós todos estaríamos perdidos! Quem somos nós para exigirmos coerência da parte do Deus Altíssimo? Deus é soberano e não temos, sequer, condições de avaliarmos os Seus propósitos! O Senhor usou como instrumentos para fazer valer a Sua vontade, pessoas iníquas como, Faraó no Egito, Nabucodonosor na Babilônia, todos os imperadores da antiguidade, Herodes no império Romano e a lista é imensa! E nós, cristãos, se dependêssemos das nossas afinidades com Deus, Cristo teria chegado à Cruz? O Deus Altíssimo derrubou o Império das Trevas para nos alcançar! Para a redenção da humanidade!

 

A segunda questão é reconhecer e entender que o Deus Altíssimo não pactua com o pecado! Você acha que o “profeta Balaão” escapou ileso das perversidades que cometeu? Aí está a jumenta de Balaão para provar o contrário! Balaão, ao que parece, perdeu até o juízo! Nem se deu conta de que estava dialogando com a sua jumenta? A jumenta teve o discernimento de perceber e ver o Anjo do Senhor com a espada desembainhada, a tempo de se desviar dele! Já, Balaão, não viu nada e ainda espancou três vezes a coitadinha da jumenta, no que foi censurado pelo Anjo do Senhor! Em certo sentido, a jumenta protegeu seu dono, pois o Anjo declarou que teria matado Balaão, pois o caminho dele era perverso e poupado a vida da jumenta! E tem mais: Quando o Deus Altíssimo, através de Moisés, vingou Israel dos midianitas, sabe quem morreu entre eles? Resposta: Balaão! (Nm 31:1-8) E mais ainda: Veja como o Senhor condena os que praticam a “doutrina de Balaão”. “Tenho, todavia, contra ti algumas cousas, pois tens aí os que sustentam a doutrina de Balaão, o qual ensinava a Balaque a armar ciladas diante dos filhos de Israel para comerem cousas sacrificadas aos ídolos e praticarem a prostituição”. (Ap 2:14)

 

“Portanto, arrepende-te; e, se não, venho a ti sem demora e contra eles pelejarei com a espada da minha boca. Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas: Ao vencedor, dar-lhe-ei do maná escondido, bem como lhe darei uma pedrinha branca, e sobre essa pedrinha escrito um nome novo, o qual ninguém conhece, exceto aquele que o recebe”. (Ap 2:16-17)    

  

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