segunda-feira, 7 de março de 2022

BALAÃO - QUEM?

 


“Tendo partido os filhos de Israel, acamparam-se nas campinas de Moabe, além do Jordão, na altura de Jericó. Viu, pois, Balaque, filho de Zipor, tudo o que Israel fizera aos amorreus; Moabe teve grande medo deste povo, porque era muito; e andava angustiado por causa dos filhos de Israel; pelo que Moabe disse aos anciãos dos midianitas: Agora, lamberá esta multidão tudo quanto houver ao redor de nós, como o boi lambe a erva do campo. Balaque, filho de Zipor, naquele tempo, era rei dos moabitas. Enviou ele mensageiros a Balaão, filho de Beor, a Petor, que está junto ao rio Eufrates, na terra dos filhos do seu povo, a chamá-lo, dizendo: Eis que um povo saiu do Egito, cobre a face da terra e está morando de fronte de mim. Vem, pois, agora, rogo-te, amaldiçoa-me este povo, pois é mais poderoso do que eu; para ver se o poderei ferir e lançar fora da terra, porque sei que a quem tu abençoares será abençoado, e a quem tu amaldiçoares será amaldiçoado”. (Nm 22:1-6)

 

Desvendar a pessoa de Balaão e a influência dele sobre o povo de Israel, não é tarefa fácil! O registro bíblico coloca a figura de Balaão na categoria de “profeta”, porém, outros registros o identificam como feiticeiro, encantador, mágico, alguém que, mesmo tendo algum conhecimento sobre o Deus de Israel, praticava o seu sacerdócio, com interesse financeiro! Nada diferente do que vemos acontecer hoje em nossos dias! Uma dificuldade era que grande parte dos povos que circundavam os israelitas eram meio “parentes” deles (Israel), por parte dessa ou daquela pessoa! Por exemplo: quem eram os “moabitas”? Resposta: Descendentes de Ló, sobrinho de Abraão. (Gn 19:37) E quem eram os “midianitas”? Resposta: Descendentes de Midiã, filho de Abraão e Quetura. (Gn 25:2)

 

Balaão tinha parentesco com Esaú, irmão de Jacó. (Gn 36:32, 43) A cidade onde Balaão morava, Petor, significa “Interpretação de sonhos”, perto do rio Eufrates. Note que Balaque, rei dos “moabitas”, quando enviou mensageiros a Balaão, enviou também o “preço dos encantamentos”, ou seja, pagamento, dinheiro para pagar a consulta e os trabalhos para “a maldição dos israelitas”! Naturalmente, Balaque usou de informações que recebera de muitos outros reis que consultavam o “profeta Balaão”, e todos elogiavam muito a competência dele! Então, foi dito a Balaão: “... porque sei que a quem tu abençoares será abençoado, e a quem tu amaldiçoares será amaldiçoado”.

 

Como essas práticas foram muito bem acolhidas pela humanidade! Hoje, as pessoas perguntam: Quem conhece uma boa vidente, cigana, feiticeira ou quem sabe, um profeta, ou profetisa, enfim, pode ser até pastor ou pastora, mas que seja bom (a) mesmo! Tenho raiva de fulano (a) e quero fazer uns trabalhos para que adoeça e se morrer, melhor, contanto que saia do meu caminho! Pago bem! Alguém sabe quanto estão cobrando? Fique claro que essas obras são das trevas, malignas e condenadas pelo Deus Altíssimo!

 

O que surpreende, no caso de Balaão, é que ele sabia muito bem usar o nome de Deus para fazer o mal! Inclusive para Israel! Poderia levar em consideração o fato de que tinham laços parentescos, mas não! O dinheiro falava mais alto! E ainda arranjou um jeito de botar a culpa em Balaque! Ele, Balaão, declarou de fato, que não era possível amaldiçoar o povo que era abençoado por Deus! E não é mesmo! Três vezes ele, Balaão, tentava amaldiçoar Israel e, por três vezes, acabava abençoando esse povo! Não tem jeito! Eu não posso, dizia ele, contrariado! Hummmmm... mas há uma maneira! É só induzi-los a pecar contra Deus! Eu não posso fazer isso, mas você pode, viu “Balaquinho”? E não se esqueça do meu “dinheirinho”! Então, me ensine como fazer isso, pedia Balaque! É fácil, brilhava os olhos de Balaão! Você prepara uma grande festa! Muita comida e bebida! Consagre-os aos seus deuses! Ou melhor, a Baal-Peor, ele não é uma de suas divindades? Não se esqueça de alegrar a festa com muita música e, não pode faltar, muitas moças bonitas! Com um tiro só, os israelitas cometerão duas grandes afrontas ao seu Deus: Idolatria e Imoralidade! É dessa forma que eles cairão! Não se esqueça, de jeito nenhum, de convidá-los para a festa!  Esse foi o pecado de Balaão! (Nm 31:1, 8,14-18) (Nm 25:1-18) (Ap 2:14-15)

 

“Pois contra Jacó não vale encantamento, nem adivinhação contra Israel, agora, se poderá dizer de Jacó e de Israel: Que cousas tem feito Deus! (Nm 23:23)

 

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